O amor
próprio é o sentimento de amor que as pessoas têm por si mesmas... Ninguém dá o
que não tem... Não se pode amar se o amor não é inerente à sua alma, ao
espírito ao seu caráter... E, sobretudo, ele não ama si próprio.
“Sem amor-próprio nenhuma vida é possível,
nem sequer a mais leve decisão, só desespero e rigidez”.
Hugo
Hofmannsthal
É
verdade... A falta de amor-próprio torna as pessoas ansiosas, inseguras,
precipitadas, capazes de tomar decisões sem se importarem com as consequências,
mesmo se isso implica e comprometer a vida de outras pessoas, especialmente
aquelas que dependem de delas, como filhos menores.
Sem
amor-próprio as pessoa se rebaixas à outras, arrastam-se por um amor
impossível, esquecem-se da máxima que diz que “quem entra por baixo numa relação, por baixo fica até o fim”.
Quem
entra por baixo numa relação amorosa, e não se impõem, não recuperaram sua
posição de igualdade, serão permanentemente infelizes, dependentes, carentes,
necessitados, inseguros, medrosos, tímidos, objetos de consumo das pessoas que amam. Não se entra numa relação amorosa pela
metade... Entra-se inteiro, em igualdade. Só nessa condição será possível construir
uma felicidade verdadeira e duradoura
E, essa
relação pode ser amorosa, social ou profissional. Quem pede pouco numa
negociação comercial ou emprego, por insegurança ou timidez, corre o risco de
perder a oportunidade (talvez a única) de se realizar pessoal e
profissionalmente.
A falta
de amor-próprio é um veneno que contamina todas as relações humanas.
Quem
não tem amor-próprio está sempre vinculado ao que os outros pensam de si.
Permanece o tempo todo preocupado com a imagem que fazem si e com o que as
pessoas estão falando a seu respeito. Vive se comparando com as outras pessoas
e nunca está satisfeito com o que tem. Não
consegue olhar para si mesmo, valorizar-se, produzir-se e ficar bonito e ficar
bem consigo mesmo.
Não
consegue refletir sobre esta grande verdade: só se consegue superar as
carências quem distribui amor, alegria, felicidade. O amor é um sentimento que,
incrivelmente, se multiplica quando dividido. Mas o amor só pode ser
distribuído por quem está pleno dele. Quem está vazio, nada pode dar, a não ser
negatividade, pessimismo, chatice, arrogância, antipatias... Estas são as
características de pessoas vazias de amor-próprio.
O
antídoto é compreender o amor em todas as suas dimensões. Isso leva tempo, pois
depende da habitualidade, do desprendimento, da doação, da vontade, do querer
mudar.
Por
fim, um recado importante de Oscar Wilde:
“Amar a si mesmo é começo de um romance para
a toda a vida”.
Imagem:
Google
Nenhum comentário:
Postar um comentário