Hoje,
praticamente o mundo inteiro, algum momento do dia, reflete sobre um
acontecimento marcante da história da humanidade: a morte na cruz de Jesus
Cristo, o inspirador e fundador do cristianismo.
Especial
para os cristãos, mas importante para a civilização ocidental, que quer queira
quer não tem toda sua cultura, sua história fundamentada nos valores clássicos
(Greco-romanos) e cristãos.
Lembremo-nos
no calendário que usamos atualmente. Ele é estruturando tendo como referência o
nascimento de Jesus, cuja data está inserida no Ano 1 da Era Cristã ou Depois
de Cristo. Como Cristo morreu aos 33 anos, esse fato se deu, portanto, no ano
33 d.C.
Mas, o
que importa mesmo são as reflexões que podemos fazer a partir desse episódio,
registrado nos anais do Império Romano e pelo historiador leigo de origem
judaica Flavio José (ou Josepho), sem contarmos com as Escrituras consideradas
sagradas pelo cristianismo.
A
missão de Jesus Cristo foi resgatar a humanidade dos seus erros históricos e implantar
um reino de paz, baseada no amor, na compreensão e na ajuda mútua. Esse resgate
impacta ainda hoje, pois sua pregação não foi totalmente compreendida, seu
projeto e seu mundo de paz ainda não foram
implantados integralmente.
O mundo
não precisa ser totalmente cristão. É necessário que se compreenda e se
respeite as liberdades religiosas. Mas as desigualdades persistem. Um
continente inteiro, a África, passa fome
e ainda não tem perspectiva de oferecer às suas populações um mínimo de
dignidade humana.
Por todos
os lados graça a corrupção, a centralização do poder e da economia, a
escravização adulta e infantil, a exploração de mulheres, a destruição da
natureza. A crise hídrica, os grandes desastres naturais, são sintomas
eloquentes de que a natureza sofre e pede socorro.
E as
guerras, as intermináveis guerras... Bem a gosto das indústrias de armas. As
intolerâncias... O terrorismo... A vitimização de crianças e idosos... A
violência... As drogas... As exclusões sociais...
Sinais
de que a morte, os exemplos e ensinamentos de Jesus Cristo precisam ser melhor
estudados, divulgados, espalhados e inculturados nos processos sociais,
culturais, econômicos... Não como imposição de uma religião única, mas como
modelo de vida em comunidade, de compreensão, de solidariedade, de ajuda mútua,
de cultura da paz.
Jesus
não queria mudar a humanidade, mas aperfeiçoá-la, começando pela conversão das
pessoas ao perdão, ao amor, à paz...
Não
importam as religiões, todas são válidas, desde que coloquem as pessoas em
primeiro plano... Pessoas em igualdade, sem diferenças, sem exclusões... Sem
guerras... Sem sofrimentos...
Quando
isso acontecer, a Sexta-Feira da Paixão não terá sido em vão.
Imagem:
Google
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