Comunhão é o ato ou efeito de comungar, isto é, realizar ou desenvolver algo em conjunto, com harmonia no sentimento, no modo de pensar, na identificação, no compartilhamento.
Para a Religião
Católica, a comunhão é o centro da fé, da religiosidade, da ação social. O
católico verdadeiro, maduro na fé, consciente, não fica sem comungar, isto é,
sem tomar semanalmente e nos dias Santos, a Eucaristia, que é o Corpo de
Cristo, conforme o próprio Cristo ensinou às vésperas de sua entrega aos
soldados romanos, a Última Ceia.
Nos
tempos atuais, nova conformação familiar aprovada pela lei civil, ainda não
aceita pela Religião Católica, faz nascer novas realidades, como por exemplo, os
casais de segunda união. As pessoas nessas condições não estão alijadas da
comunhão da fé católica, pois são acolhidas, impedidas apenas de receber a
Eucaristia.
A comunhão
verdadeira, real, material, a Hóstia Consagrada, ou a “espiritual”, em que o
desejo íntimo de participar fala mais alto, só tem sentido se há uma projeção
social, sintetizada na coerência entre fé e vida.
Essa
coerência se traduz pelo igual comportamento nos diversos ambientes frequentados
pelas pessoas. Essa coerência é bem visível
no meio social, onde também a comunhão deve e pode ser vivenciada.
Os
valores inerentes à comunhão cristã advém de uma relação vertical com Deus. Mas
tais valores só se consolidam quando projetados horizontalmente entre os
membros da sociedade, a começar pela família. Verticalidade e Horizontalidade
da fé.
A lei
civil prevê diversos tipos de comunhão: comunhão de bens para os casamentos;
comunhão de propriedades; comunhão societária para o compartilhamento de ações
empresariais. Há, ainda, comunhão de idéias filosóficas, políticas, teorias
sociais e econômicas.
Entretanto,
para quem comunga na Igreja, o importante mesmo, é a comunhão da paz, da
solidariedade, da utopia, da construção de um mundo cada vez melhor.
Para o
fundador do Cristianismo, Jesus Cristo, aquele mesmo que disse na Última Ceia, “...Tomai
e comei, isto é o meu corpo (referindo-se ao pão). “...Tomai e bebei, isso é o meu sangre” (referindo-se ao vinho). “...Fazei
isso em memória de mim”... Que pregou a paz o perdão e a ajuda mútua, enquanto
houver gente passando fome, abandono, exclusão, e de diversas formas das novas e
modernas necessidades, oriundas da tecnicidade e da novas realidades sociais,
políticas... Das guerras, da violência, da corrupção, do desprezo pela política,
a comunhão na Igreja ainda não está completa.
Portanto,
comungar de mãos postas, terço entre s dedos e cabeça contritamente baixa, não
é tão simples assim...
Por fim,
eis a reflexão do pastor batista Alessandro Mendonça, excerto extraído da
internet: “...Se há comunhão entre as
partes, não há espaço para suspeita, pois quem está junto não suspeita, sabe. E
quem sabe não teme, nem julga ou age precipitadamente”.
Coerência
entre fé e vida. É para pensar...
Imagem:
Google
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