Muito se
fala (e pouco se age) em relação ao futuro da humanidade, levando-se em conta
que a humanidade hoje está extrapolando
os limites da exploração do planeta, comprometendo sua sustentabilidade e o
bem-estar das gerações vindouras.
São
tantas reuniões promovidas pela ONU (organização das Nações) que já se perdeu a
conta e (pasmem) da foi resolvido. E o Planeta continua a ser devastado!
Há quem
diga que em 60 anos a capacidade de produção de alimentos estará zerada... 60
anos é um tempo incluso na geração que está crescendo agora. E o que dizer da
água? Das endemias? Das doenças insurgentes, ressurgentes e recorrentes?
E as
doenças do cotidiano, como as diabetes, o colesterol, a hipertensão? Vale
lembrar que média de vida da população que
aumenta, como resultado melhoria da qualidade(?!) de vida, trazendo em
seu bojo doenças em ritmo crescente como a Demência Senil, Mal de Parkinson e
Mal de Alzheimer?
Não
podemos esquecer da diminuição das famílias e do vácuo numérico existente entre
a população idosa e a população jovem, .tendo como consequência a fala de filhos
para cuidar dos idosos, gerando uma nova classe profissional especializada: a
dos “cuidadores”. Nada de mal, tudo de bom, mas aumentando em muito as despesas
familiares.
Não
podemos esquecer, ainda, da terrível praga da corrupção política que detona o
dinheiro público, desviando-o do financiamento do bem-estar da população, principalmente
da saúde, educação, saneamento, infraestrutura e mecanismos para vigiar e
coibir a destruição da natureza, exatamente o bem maior das gerações futuras.
Disse
alguém: “Quem não cuida da natureza hoje
comete o pecado de Caim, ou seja, é assassino de Abel, pois não se importa com
toda a geração futura”. Romantismo? Apelação religiosa? Nem tanto...
Como é
sabido, a história de Abel e Caim é simbólica e pode ter sido a primeira revolução
social registrada na Bíblia Cristã. Caim, possivelmente representando uma
classe social excluída, eliminou Abel, tido como membro ou sinal de uma elite
dominante. Mas essa revolta “comprometeu” o futuro da humanidade.
Portanto,
quem não cuida, quem não protege, quem faz vistas grossas, quem não se
interessa, quem “dá de ombros”, quem literalmente destrói o ambiente, pelo sim
ou pelo não, está sendo criminoso por menosprezar os seus descendentes.
Há quem
diga que aqueles que saem às ruas hoje em para reivindicar melhorias para a
população, são desqualificados, pois são filhos abastados, recebem ajuda
oficial de transporte, por isso não precisam protestar contra os aumentos
abusivos das passagens. Acontece que essas pessoas têm a coragem e a
consciência política para dar voz aos que, tímidos ou temerosos, não conseguem
fazê-lo.
A
imprensa, formadora de opinião, muitas vezes não cosegue enxergar esse lado da
questão e correm o risco de serem porta-vozes dos interesses que estão sendo
colocados em xeque.
É
preciso gritar sim... Gritar com a bandeira dos excluídos, não de partidos,
independentemente da cor, mas em nome dos excluídos, excluídos da educação, da saúde,
da dignidade, do emprego, do transporte e dos que percebem os direitos das
gerações futuras.
Imagem:
Google
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