Vivemos
em tempos em que não há muita preocupação com o falar corretamente a nossa língua. Há o predomínio da linguagem
coloquial, que o falar descompromissado com as regras da língua, o sistema
educacional “dá de ombros”, pois não podem interferir nesse processo,
respeitando as origens dos alunos, das pessoas, importando, sim, se de fato há
uma comunicação fluente ou não.
A
comunicação via internet ajudou em muito a piorar a situação, uma vez que além de ser coloquial, há as simplificações e
abreviações, a tal ponto que dá a
impressão que estamos praticando uma nova língua. Nada contra, pois na verdade
nada o quê fazer. Eruditos, tremam na base!
Por
ora, nos interessa uma reflexão a respeito do uso do verbo no imperativo. As
regras não mudaram e a utilização desse modo verbal deveria ser restrita a
determinadas situações da vida ou em diálogos eruditos.
O modo
imperativo é usado, portanto, para uma ordem, um pedido, uma sugestão. Sim para
dar ordem, especialmente em situação em que a outra parte está em risco, em
perigo iminente. Exemplos:
- “Vamos, corram!” (Em caso de incêndio)
- “Perdoe-me, por favor!” (Em caso de
desespero)
- “Faça o que eu digo, agora!” (Em caso de
exigência urgente, ou ordem dos pais para os filhos)
Usa-se
o imperativo em obras literárias com conteúdo de incentivo, por exemplo, à cidadania,
ao civismo, ao amor à pátria, ressalvando que os ditadores gostam muito desse
modo verbal.
Mas
não... Quase que inconscientemente esse modo verbal é utilizado por pessoas com
interesses específicos nos contextos dos relacionamentos sociais.
Nesse
sentido, percebemos que em situações de lideranças legítimas, as pessoas passam
a dar ordens usando o imperativo, de forma autoritária e ditatorial, pois não
admitem recusa ou desobediência. Líderes que são solapados lenta e
silenciosamente em suas bases e, de repente, caem do pedestal.
Da
mesma forma os líderes “ad hoc”,
.guindados a essas posições momentaneamente e pensam que permanecerão nelas “ad eterno” e, por isso, passam também a
dar ordens no imperativo. Igualmente essas pessoas são solapadas corroídas em
seu pedestal. Se não caem, são odiadas e transformam os ambientes em
desagradáveis de serem frequentados.
É muito
comum isso acontecer em trabalhos voluntários...Nas igrejas, nas instituições,
nos clubes de serviço, nas escolas e em tantos outros ambientes que acolhem
grande número de pessoas. Há sempre aqueles hávidos em mostrar serviço e o
fazem da forma mais negativa possível, dando ordens de forma grosseira e
autoritária. Triste de quem os apoia, os suporta, pois não percebem o mal que
essas pessoas fazem aos projetos das instituições e às pessoas que lá estão por
amor, por vontade, pelo simples desejo de servir a uma causa justa, caridosa,
religiosa.
Falsos
líderes em todos os sentidos.
Imagem:
Google
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