quarta-feira, 9 de outubro de 2013

ÉTICA


São muitas as definições Ética. Gosto daquela que diz que não devo fazer para os outros aquilo que não quero para mim.

São muitas, também, as opiniões a respeito. A coisa pega quando se refere aos políticos. Questiona-se muito a ética empresarial, de desrespeito aos consumidores. Vejam-se os índices de reclamações contra as grandes empresas prestadoras de serviços de telefonia móvel, de energia, etc., etc..

E o trânsito e suas multas? Verdadeiras fábricas de dinheiro para as Prefeituras e Estados. A lista é enorme.

Interessa-me, por ora, emitir minhas considerações a respeito da Ética nas relações humanas, principalmente entre amigos.

Nesse sentido, deve prevalecer mesmo aquela idéia inicial de não fazer para os outros aquilo que não quero p’ra mim. E não é muito difícil compreender isso. Não é necessário ser um “doutor” em filosofia, para ser ético. Basta ter maturidade. Ter crescido e deixado a infantilidade lá atrás, na infância.

Agora, essa Ética não prescinde da verdade. Eu tenho que ser verdadeira e usar a verdade em todos os sentidos. Assim minha Ética é apenas uma conseqüência. Eu não consigo ser uma pessoa ética, desenvolver um relacionamento maduro com as pessoas, em especial com os que estão mais próximos de mim, simplesmente querendo ser, isto é, desempenhando um “papel de Ética”. Não, eu não consigo! A Ética é um todo e surge de dentro para fora,  naturalmente, a partir daquilo que eu desenvolvi e cresci como pessoa.

A Ética não pode ser praticada de forma estanque, com posturas isoladas, por “departamentos”... do tipo:
“Sou ética com os amigos”;
“Não muito com as pessoas estranhas”;
”Sou empresário e não estou nem aí com os meus clientes. Comprando os meus produtos já é o suficiente”;
“Não me preocupo com a sujeira, pois pago impostos e com esse dinheiro o poder público paga os lixeiros”;
“Não me comovo com a poluição dos rios, com o desmatamento, com o som alto e com a fumaça dos carros, pois para isso já existem os órgãos competentes.

Não dá para ser meio ético ou ético em partes. O que eu faço com o ambiente, mais cedo ou mais tarde farei com as pessoas. É a teoria do “ato falho”. Se esse “papel” não faz parte da minha essência, em não consigo desempenhá-lo por muito tempo. O espetáculo termina, as cortinas se fecham e eu caio na real. As máscaras caem literalmente.

Aprendi que os gregos antigos consideravam a Ética sob dois aspectos conjugados entre si. A palavra original “ethos”, quando expressa em letras minúsculas, significava a “toca do coelho”, isto é a casa, a nossa casa, o nosso ambiente. Quando ETHOS expresso em letras maiúsculas remetia à forma como o coelho habitava a sua toca. Ou melhor, trazendo para a nossa realidade, o “como” habitamos a nossa casa, se de forma “simbólica”, positiva; ou de forma “diabólica” negativa.

Então é isso: uma pessoa ética é verdadeira, íntegra, inteira...

Não posso dizer simplesmente que sou uma pessoa ética. Minhas atitudes é que vão falar por mim. Da mesma forma que não posso dizer que sou “humilde”, pois quando digo que sou já não sou mais.

É o que eu penso.




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