segunda-feira, 14 de outubro de 2013

O SIMBÓLICO E O DIABÓLICO


Falamos recentemente, quando nos referimos à Ética, no que é simbólico e no que é diabólico. Isso nada tem a ver com princípios religiosos. Tem, sim, com a conduta ética na sociedade.

O “sim-bólico” significa um movimento em sentido positivo, caminhar para frente. E o que junta agrega, faz convergir. O “dia-bólico” é o contrário, isto é, o que sataniza, tem um sentido negativo, segura o movimento, caminha para a trás, separa, desagrega, causa ruptura.

Em resumo: simbólico é agir positivamente e diabólico é agir negativamente.

Voltando ao “ethos”, que é a “toca do coelho” e a forma com que o coelho cuida da sua toca. Ou melhor, trazendo para a nossa vida social, hoje em dia, a “ethos-ética”, se relaciona a tudo que tem a ver com a conduta das pessoas em sua vida social: a maneira como cuida do ambiente e a relação interpessoal.

Juntando as idéias. Cuido bem da minha casa e trato bem as pessoas? Então estou agindo simbolicamente. Se não estou nem aí com o ambiente e maltrato as pessoas, estou agindo diabolicamente.

Outras idéias para ilustrar...

Estou caminhando pela rua e atiro um papel ao chão, estou sendo diabólico. Se alguém vem atrás de mim e recolhe esse papel, esse alguém age simbolicamente.

Usar celular em sala de aula, nas missas, nos cultos, em reuniões com os amigos, falar alto em ônibus, ligar o som do carro acima de 82 decibéis, furar filas em bancos, lotéricas, paradas de ônibus, usar palavras chulas e palavrões em locais públicos e em presenças de idosos, mulheres e crianças, fazer a apologia do sexo, das drogas, do adultério, do roubo, da desobediência civil... Tudo isso é diabólico.

Se alguém me trata com deseducação é diabólico. Mas se eu o compreendo, perdôo-o, estou sendo simbólico.

A política, como a ciência do bem comum, na sua essência é simbólica. Mas a política como carreira profissional e canal para a corrupção, sem dúvida alguma, é diabólica.

Quem não sabe votar e escolhe maus políticos (ou vota conscientemente neles), também é diabólico.

O diálogo é simbólico; a ofensa é diabólica... E assim por diante. Tudo que é bom, tudo que é positivo, e tem a idéia da construção é simbólico.

A paz é simbólica; a guerra é diabólica. O amor é simbólico; a indiferença (a verdadeira oposição ao amor) é diabólica, como também o ódio (a exacerbação do amor) é diabólico.

Ser simbólico é ser ÉTICO (com letras maiúsculas). Ser diabólico é ser antiético, portanto, desprezível. Ao diabólico resta um consolo: ninguém é totalmente inútil, pois, ao menos serve de mau exemplo.



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