quarta-feira, 21 de maio de 2014

DESAPEGAR-SE


Este assunto já foi tratado aqui. Vamos complementá-lo.

Desapegar-se das coisas materiais é um belo caminho para uma vida mais simples, mais leve e, o que é mais importante, feliz.

A vida ensina constantemente. E com o tempo vamos aprendendo que acumular coisas, sonhar de forma grandiosa, muito além da realidade é no mínimo desnecessário.

Chega um momento na vida que não dá mais para sonhar, por exemplo, em adquirir um imóvel financiado, sendo que os prazos de financiamento vão muito além da nossa expectativa de vida. E ainda deixar como a dívida herança. É um desperdício de energia, de dinheiro, de preocupações e de paz.

Outro exemplo é comprar um carro. Este significa despesas equivalentes a uma nova família. Há uma gama enorme de itens que são complementares ao veículo (e absolutamente necessários): seguro, manutenção periódica, eventuais multas, pneus, IPVA, Seguro obrigatório... E gente para dirigi-lo...

Mais um: viagem ao exterior. Basta um orçamento preliminar. Na ponta do lápis os valores são para assustar e fazer desistir de imediato. A viagem não pode ser planejada para poucos dias, pois, de fato, há muito o que ver e fazer lá. É preciso dinheiro para as passagens, para hospedagens, traslados, alimentação e as tradicionais lembrancinhas do tipo “estive lá e lembrei-me de você”. Além disso, ficam as despesas normais de casa para as quais deve haver as reservas financeiras.

Ainda a respeito da viagem ao exterior: o nosso país é grande, continental, e com certeza numa vida inteira não será possível conhecê-lo inteiramente. Então, a opção mais sensata, caso haja realmente possibilidade, é fazer o turismo interno, que apresenta todas as chances de ser mais barato, pois poderá ser realizado em períodos menores.

Desapegar-se dessas coisas não é desistir da vida. É simplesmente colocar os pés no chão. No entardecer da vida, na terceira idade ou na “melhor idade”, novas situações vão surgindo na vida, entre elas, a diminuição da renda, o aumento das despesas com planos de saúde, com medicamentos, com auxiliares domésticos.

Com o tempo, os valores da vida vão se alterando e até invertendo. Passam a ser mais importantes coisas simples, como um cantinho tranquilo para morar, o sossego de uma casa ou apartamento seguros, a possibilidade de viver fazendo aquilo que gosta, como leitura, TV, internet, pratica da religiosidade, enfim, coisas mais simples, mais cultural,  mais espiritual, menos material.

Assim será viver em desapego... E sem sobressaltos!


Imagem: Google


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