quinta-feira, 29 de maio de 2014

PESSOAS QUE SE ACHAM...


Certamente você já esteve com alguém e a conversa foi mais ou menos assim:
O outro
- Seu carro é de que ano?
Você
- Meu carro é 2010, versão 2011
O outro
- Deve ter pago por uns 30 mil... O meu é 2014, custou 150 mil e tem todos os acessórios que estão em uso dos Estados Unidos e na Europa.
E continua...
- Há! Tenho amigos que só andam de carro do ano e os deles custam em média 200 mil. E a gente se encontra pelo menos uma vez por mês para trocarmos idéias a respeito dos últimos lançamentos e as tendências para os próximos anos. Aliás, o seu tem “Seguro”, não é? Sabe como são as coisas hoje em dia... Um perigo! Eu não tenho problema... Se roubarem, compro outro. Depois o “Seguro” me paga.

E a conversa termina, pois você não tem “cacife” para suportá-la. (Quis dizer “saco”!)

Pessoas assim aparecem em todos os lugares. São aquelas que se “acham”.  São os que têm dinheiro... Os que são donos da verdade... Os que têm amigos ricos, políticos e influentes. Possuem casas nas praias e nas montanhas. Entendem e se arrogam de gostos específicos (geralmente o contrário do seu) em relação a comida, música, teatro, cinema... Quer dizer, de tudo.

Pessoas com essas características... Sem chance, não dá para dialogar com elas. E muitas delas não são nada daquilo que demonstram, são frustradas e querem chamar a atenção de qualquer jeito.

As pessoas precisam perceber o momento em se tornam chatas e indesejáveis. Na linguagem popular, as pessoas precisam “se tocarem”...

Como deve ser um bom diálogo requer algumas qualidades importantes, como tranquilidade, saber ouvir, boa argumentação, conhecimento, humildade... O diálogo precisa cooperativo. Você fala e depois ouve. Se não concordar, discorde, sem ofender, nem impor suas idéias... Se você não tem essas virtudes, corre um grande risco de ser classificado na categoria daquelas que “se acham” e precisam ser evitadas.

Palavras de Carl Jung: “O maior problema de um terço de meus pacientes não é clinicamente diagnosticado como neurose, mas resulta da falta de sentido de suas vidas vazias. Isto é a neurose geral de nossa época”(*).

Pois é, a falta de sentido na vida tem sérias conseqüências, tornado as pessoas infantilizadas e despreparadas para viver em sociedade. A solução? Comece a prestar a atenção nas suas relações sociais. Se você fica mais tempo só, ou só você fala e depois fica um silêncio e as pessoas tentam disfarçar o “mal-estar”... Está na hora de você mudar...

Para concluir, um excerto do texto “Um bom diálogo como se faz?” (Abraham Shapiro – www.profissaoatitude.blogspot.com.br):

“...Um homem saiu para uma caminhada na floresta e se perdeu. Andou horas e horas tentando vários caminhos, porém nenhum o levava à saída. De repente, encontrou um outro homem: ‘Graças a Deus – disse ele, ansioso. Você pode me mostrar o caminho de volta à cidade?’ O outro homem respondeu: 'Infelizmente não posso. Eu também estou perdido. Mas podemos nos ajudar. Cada um pode dizer ao outro os rumos que já tentou e não deram certo. Isto nos ajudará a encontrar o caminho de saída’.

É exatamente assim que se constrói uma boa conversa”.

E então, você que “se acha o rei da cocada”... Está na hora de acordar. O caminho é longo, tem de começar a mudar já... Talvez ainda dê tempo.




Imagem: Google 

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