sexta-feira, 30 de maio de 2014

O INTERESSE ACIMA DA AMIZADE


O encontro de uma amizade verdadeira é um grande mistério, um desafio. Não tem como prever, muito menos planejar. É absolutamente incerto.

Só mesmo o tempo que a tudo responde, que tudo resolve, que tudo conserta, pode revelar quem é quem em nossas amizades.

A amizade verdadeira permanece, nos acompanha a vida inteira, mesmo que em determinadas situações e circunstâncias as pessoas se afastam fisicamente e vão, por exemplo, morar longe. Mas hoje há infinitos meios de comunicação para aproximar ou reaproximar os amigos. Os amigos verdadeiros são como sol: mesmo em dia nublado, sabemos que ele está lá.

A amizade verdadeira faz com que as pessoas apareçam nos momentos bons e principalmente nos ruins, quando o ombro amigo fala mais alto. O abraço amigo é mais eloqüente que um conjunto de palavras feitas de jargões repetitivos.

Por outro lado, a amizade circunstancial é de conveniência, pois permanece enquanto for útil e houver o interesse. Esse tipo de amizade morre na primeira dificuldade. Amizade que acabou é amizade que nunca foi.

Três frases (estão na internet):

“As amizades que se fundam a partir do interesse, por interesse terminam” - Antonio Guevara
“O interesse forma as amizades, o interesse dissolve-as” - Marquês Maricá
“Amizade falsa é aquela apenas por interesse; quando consegue o que quer se afasta, como se nada houvesse” – Isaías Barbosa

Infelizmente é muito difícil detectar logo de cara se uma amizade é falsa ou verdadeira. Como foi dito só o tempo dirá. A menos que a pessoa que está se aproximando tenha o seu histórico conhecido. Geralmente as pessoas arrogantes e autoritárias são solitárias ou tem poucos amigos. Estas são descartáveis de pronto (...Ou de cara!)

E quando percebemos que uma amizade atual não é verdadeira é movida apenas por interesse? Se tal pessoa nos é importante, e realmente gostamos dela, o jeito é a transparência. Abrir o jogo e através do diálogo tentar mudá-la. Se ela se mostrar irredutível e reticente, o negócio é o afastamento... Antes que uma decepção maior aconteça.

O interesse acima da amizade é para os mesquinhos, para os pobres de espírito.

Hoje, as coisas devem ser mais ou menos assim: pé atrás com as novas amizades, dar tempo a elas, sem confiar demais e ficar atento aos gestos.

As atuais devem ser verdadeiras (tomara...), pois permanecem. E as falsas já se foram, pois nos livramos delas...

E bola p’ra frente! Antes só que mal acompanhado...



Imagem: Google

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