terça-feira, 6 de maio de 2014

O HUMANO E O MATERIALISMO


“...A vida do ser humano não se reduz ao bem material (...)”.
Carlos Alberto Contieri, sj (Portal Paulinas).

É uma afirmação, não uma possibilidade. Faz pensar no verdadeiro sentido da vida. Qual seria realmente a grande motivação para viver? Por que se nasce? E, se nasce, porque se morre? E depois? Então, qual a razão dos bens materiais?

Mas o que é materialismo? Para que serve? Bem, materialismo tem seus aspectos filosóficos, ideológicos e políticos... Isso interessa aos acadêmicos, isto é, aqueles que atuam nos meios acadêmicos, as universidades. Interessa-nos a definição prática.

Materialismo é a postura de alguém se interessa unicamente pelos prazeres gerados pela posse dos bens materiais. As pessoas materialistas entendem que no universo existe apenas matéria, sem nada de espiritual e pautam sua vida por esse caminho. Aí é que mora o perigo.

Os materialistas não consideram as pessoas... E se não as consideram, também não lhes valorizam os seus valores, os seus sentimentos, seus sonhos, suas esperanças, a sua cultura, a sua religiosidade...

São vazios, arrogantes, rudes, consumistas, não entendem de arte, de história, de música, a não ser como objetos de negociação, de geração de lucros que, por sua vez permite acesso a mais bens materiais.

Não há diálogo entre espírito (síntese de todas as culturas, fonte de todos os sentimentos) e matéria. O espírito valoriza a matéria. Deveria ser sempre assim... Mas não é!

O materialismo também não conversa com humanismo. Este eleva, busca as coisas superiores, dá à vida um sentido maior, uma qualidade superior. Aquele mantém o ser humano no chão, incapaz de levantar a cabeça e perceber que existe vida para além do simples TER.

Os bens materiais móveis são efêmeros, duram pouco, logo precisam ser substituídos. Ninguém está contente com o que tem ou consegue ter. É um ciclo vicioso, que faz muito mal a todos.

Lógico que ninguém vive (ou sobrevive) sem o material. É preciso alimentar-se, morar, ter segurança, saúde, estudos, e “gozar” dos benefícios da modernidade. Mas nunca o TER deve ser prevalente entre as prioridades.

O SER é mais importante. Ser humano... Ser pessoa (que é indivisível)... Ser gente que ama, que sabe apreciar uma obra de arte, que compreende cada pessoa é um universo único, dotada de sentimentos e valores únicos, diferentes...

Portanto, o ser humano é muito mais que os simples bens materiais.


Imagem: Google

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