quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

ANO NOVO... VIDA NOVA? NEM TANTO!


Chegou a hora da virada... Não! Não esmos nos referindo à Mega da Virada. Esta premiará um ou alguns, deixando milhões literalmente “chupando o dedo”.

Referimo-nos aos votos de “Feliz Ano Novo!”... E aos desejos de que as mudanças aconteçam para melhor... Outra ilusão... As mudanças não acontecem por acaso ou sorte e muito menos como nas loterias.

As mudanças são processos, lentos (ou acelerados), mas contínuos, frutos do conhecimento, da maturidade, do estar antenado aos movimentos do mundo e da vida. Tem barreiras, como a infantilidade, a arrogância, a teimosia, a “Síndrome de Gabriela” (Eu nasci assim...).

Na verdade o primeiro dia de janeiro do Ano Novo só não será igual aos demais dias do ano que passou ou do ano que começa. Devido à ressaca, aos bancos fechados, às férias coletivas, ao feriado prolongado. As estradas entupidas, para a ida e para a volta.

Tudo vai continuar como está. A vida e o mundo evoluirão naturalmente. Não acontecerá uma revolução. Esta depende de “trocentos” fatores que não estão em pauta neste momento. As pessoas não vão mudar. Nada vai mudar.

Os arrogantes continuarão arrogantes... Os machistas animalescos continuarão batendo nas mulheres e nas crianças... Os estupradores e pedófilos continuarão agindo... O consumo de drogas e o tráfico continuarão crescendo... A polícia a enxugar gelo... A justiça alheia... Os políticos a enganar... E a negar a corrupção.

Os alunos, em 2016, continuação a usar celulares nas salas de aulas e a mandar às favas o aprendizado escolar. Os professores continuarão com seus míseros, congelados há anos.

A verdadeira revolução da cidadania deve começar já com a mudança da educação das crianças no primeiro ano escolar... No ano seguinte no segundo, depois no terceiro, no quarto, até a pós-graduação. Se houver clima, esse processo se espalhará pela sociedade. Levará anos. Até lá muita coisa acontecerá de errado. Quem viver verá.

Por hora as pessoas vão tilintar taças, abraçarem-se e se maravilharem com as velhas e modorrentas queimas de fogos. Vão comer e beber muito. E Deixar uma imensa sujeira pelas ruas, praças e praias. E depois curtirem uma brava e inesquecível ressaca. E dizer que tudo foi maravilhoso.

Na verdade tudo é um grande circo semelhante àqueles que destruíram o Império Romano há 2.000 anos.

Há sim uma esperança: a firmeza de propósito. Mas isso só vai se consolidar, com a não desistência, no final de 2016, 2017, 2019 ou mais tarde ainda.

Bom mesmo é a paz do nosso canto, e o aconchego da pessoa amada. Que mais podemos querer?

Enfim, Feliz 2016 para todos nossos amigos, principalmente àqueles nos visitam regularmente.


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quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

DEUS E A VIDA APAIXONANTE


Dizem os teólogos que Deus ama apaixonadamente suas criaturas que lhes permite e lhes garante suas liberdades, tanto para o bem quanto para o mal. Claro que julga depois.

“... De tal modo Deus amor o mundo, que lhe deu Filho único, par que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3-16). E Ele permitiu a nós humanos a paixão... Definimos a paixão de diferentes maneiras e formas. Não é nosso propósito elencá-las.

A paixão é mais que o amor... É a excelência (ou a exorbitância) do amor... É a mola propulsora da vida. Vida sem paixão é normal, rotineira, plena de cotidiano. A paixão tempera a vida. Assim é necessária.

Viver uma paixão é viver intensamente. A paixão pode ser efêmera. Como diz Pe. Zezinho: “...Parece laranja lima, doce no começo, amarga no fim”.
São muitas as consequências de uma paixão, inclusive filhos indesejáveis. Injustiças.

Viver apaixonadamente é diferente. É amar intensamente, mantendo o ímpeto inicial que gerou a aproximação e os “sins”. Inclusive abraçar uma profissão, um trabalho, uma missão. Por isso paixão e vida, sinônimos de vocação.

Assim, para que a vida tenha sentido, seja apaixonante, é preciso reconhecer as vocações com as quais fomos agraciados. São varias essas vocações.

Vocação é chamado. Somos chamados para o casamento, para uma profissão (ou várias profissões). Não raras vezes demora-se a descobrir qual vocação a seguir, depende do amadurecimento, do crescimento emocional e educacional.

Portanto, ao se descobrir as vocações básicas, do tipo casamento e profissão, e também as vocações paralelas, de serviço, é preciso abraçá-las com paixão. É aí que Deus se manifest4a. Deus não se manifesta de forma visível, palpável, concreta. Deus se manifesta na alegria, na felicidade, na sensação do dever cumprido, na paz inquieta, na paz do recolhimento, na paz da solidão necessária, na religiosidade.

A felicidade não chega quando se pede... De repente ela chega, de mansinho, como a noite sucede o dia. É Deus agindo à sua maneira. É uma questão de fé. E já dissemos aqui que é é questão fé, pois para quem acredita nenhuma explicação é necessária e, para quem não acredita, nenhuma explicação é possível.

Deus age, basta simplesmente crer, conforme a religiosidade cada um... E vivermos as vocações para as quais fomos chamados, mas vivermos apaixonadamente.



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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

A DOENÇA NO BRASIL, ENTRE O CUIDADO E DISCIPLINA


A saúde o Brasil está na UTI, como na UTI estão a educação, as finanças, a política, a credibilidade, a justiça, o emprego, o poder, o país como um todo.

O que “era doce se acabou”... Acabou o sonho e o pão doce... O Brasil, com as recentes notas de rebaixamento pelas agencias internacionais de risco, parece um barco à deriva.

Mas nem tudo está perdido. Parcela da população ainda tem um pouco de assistência, especialmente assistência médica, quer pelos planos de saúde, ou pelo Sistema único de Saúde. Como se sabe, apesar de alguns planos estarem mal das pernas, outros sendo cancelados, muitos funcionam e oferecem aos seus “pagantes’ uma razoável assistência.

Já o SUS assiste aqueles que já estão no sistema, portadores de doenças graves como câncer cardiopatias, e outras. Doenças não eletivas são um problema, pois a lista de espera por atendimento é longa, e “coloque-se demora nisso”. Injustiça e ofensa grave à dignidade humana esse abandono de grande parcela da população ao “Deus dará!”

O que queremos enfatizar hoje é que aqueles que estão tendo acesso à assistência médica não devem se descuidar. Não devem menosprezar os sinais que o corpo emite. Muito menos devem se automedicar, isto é, tomar medicamentos por conta própria.

Se há uma porta aberta, não se deve desperdiçar a oportunidade. É necessário, porem, conhecimento, cultura, amadurecimento... Um pouco de leitura não faz mal a ninguém... A leitura traz informações básicas sobre as novidades da medicina e do mundo dos medicamentos.

Há muitos programas televisivos e radiofônicos que tratam da saúde. Jornais e revistas também. A cultura e o amadurecimento permitem separar o que é verdade e o que é exagero nas informações.

Diabetes, cânceres, problemas renais e cardíacos, são doenças muitas vezes silenciosas ou que emitem sinais periódicos de alterações funcionais, biológicos ou endócrinos. Saber ler e interpretar as mensagens do corpo são situações chaves que indicam o melhor momento de procurar o médico. Não se pode negligenciar os sinais do corpo.

Uma vez detectado o problema e estabelecido o tratamento, é muito importante levar a sério a ordem médica. Tomar os remédios nos intervalos corretos e voltar ao médico nos períodos indicados são fundamentais.

Muita gente abandona o tratamento no meio do caminho só porque se sentiu melhora na sua saúde. Isso é errado!

Tomar remédio de forma errada... Ah! Isso mata! Se matar de súbito pode ser até ser bom. Pior é ficar na cama, exigindo cuidados e impactando a vida de uma família inteira.

Entre o cuidado, o exagero e a teimosia, melhor a prudência e o equilíbrio. É bom pensar no assunto. Disciplina sempre!



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segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

A MAÇÃ MORDIDA

Uma historieta, dessas que circulam pelas redes sociais...

Uma menina segurava m suas mãos duas maçãs. Sua mãe entrou e lhe pediu com uma voz doce:
- Querida, você poderia dar uma de suas maçãs para a mãe?”

A menina levantou os olhos para sua mãe e a olha durante alguns segundos. Depois, morde subitamente uma das maçãs e logo em seguida a outra. A mãe sente seu rosto se esfriar e perde o sorriso. Ela tenta não mostrar sua decepção, quando de repente, sua filha lhe da um de suas maçãs mordidas. A pequena olha para sua mãe e com um sorriso de anjo, lhe diz:
- Mamãe, essa é a maçã mais doce!

Esse relato nos remete prontamente ao ato de rebeldia da criança. Ela foi mal educada, arrogante, egoísta, pois demonstrara a princípio nenhum interesse em repartir as maçãs com sua mãe.

A mãe já viajou fundo no processo educativo que adotara em relação a filha: “Não foi isso que lhe ensinei ou tenho lhe ensinado”, pensou com seus ‘botões”...

Mas a historieta, verídica ou não, traz em seu bojo alguns ensinamentos.

Não podemos jamais subestimar a capacidade criativa das crianças. Elas são observadoras, imitam tanto os bons como os maus exemplos dos adultos. Portanto, senhoras e senhores adultos, cuidado com o que fazem diante das crianças. Sejam absolutamente verdadeiros parra com elas.

Em relação a atitude da criança e as maçãs... É preciso esperar, dar um tempo, antes de emitir qualquer julgamento que possa ser precipitado. E isso ser, também, em todos os tipos de relacionamentos que se possa ter. As pessoas precisam de oportunidade para dar uma explicação coerente, de acordo com suas características pessoais, a respeito de suas atitudes, de suas posturas, de seu comportamento. Muitas surpresas poderão advir.

Reagir no impulso, no ímpeto, sem a necessária avaliação no nos colocar em situação de vulnerabilidade, isto é, de “mico”, no jargão popular... E, também, criar uma situação que não tenha volta... Situação de aborrecimento, de tristeza, de constrangimento, de infelicidade. Situação que nos confronta com nossa arrogância, com nosso autoritarismo, com nossa “Síndrome de Gabriela”.

Prudência e caldo de galinha não dão diarreia. Verdade nua e crua.



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quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

"SILENT NIGHT", COM OS CARPENTERS - OBRA-PRIMA EM TODOS OS SENTIDOS!

Vídeo: YouTube

MENSAGEM DE NATAL DO PAPA FRANCISCO


O Natal costuma ser sempre uma barulhenta festa; entretanto, se faz necessário o silêncio para que se consiga ouvir a voz do Amor.

O Natal é você, quando se dispõe, todos os dias, o renascer e deixar que Deus penetre em sua alma.

O pinheiro de Natal é você, quando com sua força, resiste aos ventos e dificuldades da vida.

Você é a decoração de Natal, quando suas virtudes são cores que enfeitam sua vida.

Você é sino de Natal, quando chama, congrega, reúne.

A luz de Natal é você, quando com sua vida de bondade, paciência, alegria e generosidade, consegue ser luz e iluminar o caminho dos outros.

Você é o anjo do Natal, quando consegue entoar e cantar sua mensagem de paz, justiça e de amor.

A estrela-guia do Natal é você, quando consegue levar alguém ao encontro do Senhor.

Você será os Reis Magos, quando conseguir dar de presente o melhor de si, indistintamente a todos.

A música de Natal é você, quando consegue, também, sua harrmonia interior.

O presente de Natal é você, quando consegue comportar-se como verdadeiro amigo e irmão de qualquer ser humano.

O cartão de Natal é você, quando a bondade está escrita no gesto de amor de suas mãos.

Você será os votos de “Feliz Natal”, quando perdoar, restabelecendo de novo a paz, mesmo a custo de seu próprio sacrifício.

A ceia de Natal é você, quando sacia de pão e esperança, qualquer cafente ao seu lado.

Você é a noite de Natal, quando consciente, humilde, longe dos ruídos e de grandes celebrações, em silêncio, recebe o Salvador do Mundo.

Feliz Natal a todos que procuram assemelhar-se com esse Natal.

Papa Francisco


Imagem: Google

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

ORAÇÃO DE NATAL


Uma frase do Mahatma Gandhi: “Seja a mudança que você quer ver no mundo”... Permita-me, Mahatma, uma oração de Natal, inspirado em suas palavras...

Senhor,
Que seja em mim a paz que espero para o mundo...
Que seja em mim a que amizade que anseio das pessoas...
Que seja em mim o acolhimento, o ombro amigo...
Que seja em mim a verdade, que mais liberta que machuca...

Senhor,
Que seja em mim a paz na família...
Que seja em mim a liberdade do sorriso...
Que seja em mim o fim da arrogância...
Que seja em mim a música que enleva e tranquiliza...

Senhor,
Que seja em mim a simplicidade do Natal...
Que seja em mim o Natal perene, não de um só dia...
Que seja em mim a eternidade da alegria...
Que seja em mim a sinceridade do abraço...

Senhor,
Que seja em mim a honestidade de propósitos...
Que seja em mim a honestidade política...
Que seja em mim a honestidade do olho no olho...
Que seja em mim a honestidade do sorriso...

Senhor,
Que seja em mim a conciliação dos conflitos...
Que seja em mim o perdão e a reconciliação com o passado...
Que seja em mim a substituição da mágoa pelo afago...
Que seja em mim o cuidado que levanta e motiva...

Senhor,
Que seja em mim a vida sem mistérios...
Que seja em mim a superação da dor...
Que seja em mim, a aceitação da vontade Sua...
Que seja em mim a paz inquieta...

Senhor,
Que seja em mim a oração mais alegre que triste...
Que seja em mim o agradecimento antes do pedido...
Que seja em mim a mão estendida mais que fechada...
Que seja em mim o “Menino” nos corações mais que nos banquetes...



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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

O CONFLITO COMO PONTE PARA O DÁLOGO


É melhor a discussão, o conflito, do que a indiferença. Esta é o grande mote para o desabamento das relações humanas. Aliás, esta quando se instala é porque tudo está praticamente perdido.

A indiferença é o sinal que um casamento já acabou, que a família está no fundo do poço, a equipe de trabalho ou de voluntários já não existe e não cumprirá missão alguma. Culpa maior da arrogância das pessoas e a indiferença dos líderes.

Há quem considere o conflito um mal... Outros dizem que é um mal necessário... Mas, a maioria concorda que é um bem e um bem absolutamente necessário.

O conflito é característica da natureza humana. Os humanos, apesar de “homo” não são homogêneos. Há as diferenças, que devem ser respeitadas.  As diferenças geram conflitos, controvérsias, contradições.

Há quem defenda que numa família é importante o conflito, pois este é sinal de apelo para o diálogo, um chamado... Nesse apelo esconde-se o amor, a consideração, a saudade. Enfim, a possibilidade do reatamento, do acordo, da reconciliação. Já a indiferença cria uma barreira intransponível, pois nela se embute a determinação de não querer. É morte mesmo das relações humanas.

Relações humanas igualitárias, homogêneas, são monótonas, fadas ao fracasso, o mesmo acontece com famílias e equipes. Equipes monótonas não são criativas e simples caixas de ressonância de seus líderes.

O conflito movimenta todos, torna as pessoas atentas e prontas para agir, quer para defenderem suas ideias, quer para questionarem as ideias dos outros. Nesse caso é importante a presença do líder mediador, aquele que pondera e que leva as pessoas a dialogarem para o encontro do ponto em comum, exatamente aquele que interessa para o grupo. Assim, o conflite estabelece uma cabeça de ponte que leva ao entendimento.

O diálogo é um poderoso antídoto para a indiferença... A pessoa indiferente é fechada, instalada em sua zona de conforto e, protegida como uma tartaruga por sua carapaça chamada arrogância, em nada contribui para o desenvolvimento das equipes, para a harmonia das famílias, para permanência dos relacionamentos conjugais e sociais.

O conflito é, portanto, fundamental para o equilíbrio de qualquer segmento social, onde as pessoas são livres, maduras, são criativas, apresentam ideias e são abertas ao outro. 

É um modo moderno e atual de viver a vida.



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segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

LIBERTAR-SE DE SI MESMO

O pior e mais terrível inimigo a ser enfrentado é a si mesmo. Se é muito complicado o diálogo com uma pessoa teimosa, o mais teimoso, ou a mais teimosa é a gente mesma.

O grande dilema da vida (aliás, muito pouco discutido e dele tomado consciência) é a incoerência entre a teoria e a prática. Não há compatibilidade entre o que se prega, o que se divulga que é a realidade que se vive. A não ser aquele que tem consciência que é chato na teoria e chato na prática. Mas tem muita gente que não tem essa consciência. É chato na teoria e pensa que não é na prática. É pior ainda. São pessoas detidas em prisões do “eu” e execráveis socialmente.

O grande desafio é, portanto, vencer a si mesmo. Isto é, amadurecer e reconhecer os erros e lutar para superá-los. Libertar-se si mesmo é exatamente isso: reconhecer as falhas, corrigi-las, reconciliar-se com o seu passado e melhorar continuamente. A vida é dinâmica, veloz e tem a característica fundamental de mudar, também, continuamente.

Permanecer na ortodoxia é parar no tempo, é ficar preso em si mesmo.

Muito interessante a fala de Nelson Mandela quando deixou a prisão, na qual ficou injustamente por mais de 25 anos. Disse ele mais ou menos isso: “Enquanto caminhava em direção ao portão que me daria a liberdade, percebi que deveria deixar para trás todo o rancor, toda a mágoa. Pois do contrário continuaria preso”. Mandela, literalmente, libertou-se de si mesmo. E continuou sendo o grande ícone da liberdade de seu povo na África do Sul.

Há muitos aspectos a serem considerados nesse processo. O espaço é pequeno.

Hoje o hedonismo e as autoajudas, pregam viver intensamente a vida, como se a vida fosse acabar amanhã de manhã. Não há, assim, preocupação com o futuro. As pessoas caem de cabeça nos prazeres momentâneos. Gasta-se a saúde. A vida não acaba e as pessoas não têm forças suficientes no futuro para vivê-la de forma minimante digna. E. pior, envolvem outras pessoas no seu cuidado.

Libertar-se de si mesmo é saber até onde pode caminhar sem comprometer o seu futuro saudável. É lógico que a doença e a decrepitude, vão chegar um dia. A dor e o sofrimento serão companhias inevitáveis no entardecer da vida.

Uma das caracterizas mais fortes e da liberdade é o poder de dizer “sim” e também “não”. A liberdade de decidir aé onde se deve ir, principalmente quando se compromete a saúde e a duração da vida. Liberdade para ir e vir, ver e fazer, com base no equilíbrio da moralidade, de prejudicar segundos e terceiros.

Liberar-se de si mesmo é, portanto, encontrar o equilíbrio da razoabilidade e ser feliz assim... E ter vida longa.



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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

MÌSTICA E MILITÂNCIA

Militância é a atuação na defesa de uma causa, uma ideia, uma classe profissional. Há um pretenso equilíbrio social nesse sentido, pois se há sindicatos de defesa do trabalhador, há associações de empresários que os defendem num eventual embate jurídico, ou mesmo no diálogo trabalhista, por exemplo.

Há a militância política, a militância religiosa, a militância social... Da militância originam-se milícia, militar, militante... Em suma, aquele que atua no seio da sociedade.

Porém, a militância, ainda que fundamentada no ideário sociopolítico humanista, carece de um algo mais que lhe dá o sentido profundo, o amálgama, ló ponto de equilíbrio: a mística!

Há muitas definições de “mística”, em todos os sentidos, com ênfase no religioso. E é isso mesmo... A mística, para cumprir o seu papel na militância, funciona como se fosse uma religião... Como se fosse... Pois não é impositivo que seja meramente religião. A mística, como a utopia, é o móvel da militância, sua causa maior.

A mística é aquilo que dá sentido, é o fator motivador, é a essência da “revolição”, isto é, aquilo que vai além da vontade.

É uma delícia dialogar com pessoas dotadas de mística. Junto delas o tempo não passa (ou passa muito rápido), pois suas falas nos tiram do chão e nos fazem flutuar em direção ao sonho, à uma realidade para além do tempo presente. O místico é alguém que tem o corpo, o físico no presente, mas as ideias, a mentalidade, a cabeça, no futuro.

No horizonte da utopia está a transformação da sociedade. A mística dá o brilho, é a luz que atrai.

O militante sem mística fica no meio do caminho... Ou descamba para a violência, para o vandalismo, para o sem sentido. A mística é o “Fio de Ariadne”, o fio condutor que não deixa se perder no meio do caminho...

Como já temos comentado ao longo de nossas postagens, todas as transformações maiores com as quais se sonha para a sociedade e para o país, começa em cada um. Começa em cada pessoa madura, consciente, culta...

Gente imatura jamais entenderá a utopia, os grandes sonhos, a mística. Isso explica os grupos de vândalos que deturpam movimentos sérios, honestos e cheios de mística que tentam romper o marasmo que tem tomado conta da nossa sociedade. Ser militante não significa automaticamente ter mística ou ser dotado de mística. É preciso crescer .

E começar pela educação, principalmente a educação da vontade.



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sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

PENA DE MORTE EM PETROLINA


Uma menina de 7 anos foi morta cruelmente, a facadas, na noite de quinta-feira, dia 10 de Dezembro, no interior de uma escola, em Petrolina, PE, durante a festa de formatura do Segundo Grau. Beatriz era filha de Sandro Romildo, professor de inglês da Escola Nossa Senhora Auxiliadora. Ela era, também, aluna do mesmo colégio.

A menina havia desaparecido e os pais a procuravam desesperadamente, chegando o pai a chamá-la ao microfone por duas vezes. A festa foi suspensa e todos se mobilizaram para encontrá-la. Ela estava no interior de um depósito desativado de material esportivo com muitos ferimentos e a faca ainda cravada em seu corpo...

Um horror... A consternação, a estupefação é geral. Crime inexplicável. Não há pistas, mas a polícia está trabalhando e vai logo, logo, elucidar o caso e prender o assassino ou os assassinos...

Muitas perguntas, para as quais só o tempo indicará as respostas:

Por que uma criança? Uma flor em botão... Um projeto feliz de amor, de sonho... Um anjo inocente...

Por que uma criança tirada sorrateiramente de perto dos pais, julgada, condenada e executada, sem a melhor chance de defesa?

Por que uma família, seus parentes, seus amigos, julgados, condenados e “justiçados” a uma perda irreparável pelo resto da vida?

Se o assassino, ou assassinos, carrascos insanos, forem menores de idade, ficarão presos por três anos e depois estarão livres, prontos para novos crimes?

Se eles forem adultos cumprirão 30 anos de reclusão e se tiverem bom comportamento terão redução de pena e muito antes do prazo estarão de volta para o seio da sociedade que macularam?

Se eles alegarem legítima defesa, os juízes examinando os autos, não encontrarem indícios ou provas contundentes que eles de fato são os assassinos, eles estarão em liberdade?

Se os advogados provarem que os assassinos possuem insanidade mental, apesar de terem tido a capacidade de planejar, raptar, julgar, condenar e matar uma criança inocente de 7 anos, os juízes, sob a frieza da lei, os soltarão?

Ah! Sim... Há a jurisprudência...  Famílias inteiras são condenadas à morte, sem que a pena de morte não exista na forma da lei...

Os pais de Beatriz estão recebendo toda a solidariedade, todo o apoio, todo o carinho. A comoção é geral... A imprensa local e regional está dando ênfase ao caso. A sociedade está se mobilizando...

Mas o tempo vai passar... Beatriz, o anjo da esperança está morta, como morta está a família que terá de conviver com essa perda irreparável. E estará só...  Como tantas outras famílias estão só, chorando perdas queridas que até hoje não compreendem.

Os assassinos serão presos e cumprirão suas penas previstas em a lei ou de acordo com a caneta dos juízes...

Deus é grande... Infinitamente grande para a pequenez da capacidade humana de entendimento. Resta a fé.




quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

VOLIÇÃO E REVOLIÇÃO


Em tempo de marasmo, de desânimo, de falta de perspectiva, de credibilidade em baixa... Quando não há luz no fim do túnel... Quando as notícias são negativas e há um mal-estar pairando no ar... É preciso realçar a capacidade do ser humano de motivar-se para além dos seus  limites.

Estamos nos referindo à situação política no nosso país. As autoridades máximas do pais, dos três poderes, consagrados pelo Liberalismo Histórico (Executivo, Legislativo e Judiciário), brigam entre si, como se estivessem numa esquina qualquer de uma cidade abandonada, por nacos de poder político, econômico ou de influência, tudo com o intuído de lhes continuar garantindo o fluxo de dinheiro para seus cofres. Com essas brigas de esquina, nos templos da democracia, sofre o país todo, desde aqueles que produzem, aqueles que consomem e aqueles que precisam de empregos para a garantia da dignidade mínima de vida.

O país está parado, ainda que calçadões e shoppings estejam lotados. Parece o ultimo suspiro de um sistema perverso que massacra o ser humano...

É tempo de não baixar a guarda. É tempo de buscar no fundo da essência, a força da dignidade humana. É tempo do fortalecimento para uma “revolição”, senão coletiva, pelo menos pessoal.

Revolição vem de volição, que vem da vontade, que vem da motivação. Mas, é muito mais que um simples ato de querer... É ir além, para realmente transformar de forma livre, consciente, racional, a realidade que cerca as pessoas, a sociedade, o país e o mundo.

Volição tem seus aspectos médicos, psicológicos, emocionais. Focamos, neste momento, neste texto, o aspecto filosófico e sociológico. A transformação simbólica da pessoa. Simbólico aqui com o significado de evoluir positivamente, para frente, num processo de ascensão, de crescimento.

O desenvolver o processo interno da volição, mais do que o simples querer, fatalmente desemboca na “revolição”, que é a revolução transformadora. Não há revolução sem transformação... Não há revolição sem a transformação.

Como seria bom se nesse marasmo de fundo de poço, acontecesse uma revolição política, isto é, a união da sociedade a partir da volição, para a transformação do país! A transformação desde a base, educacional... A revolição do conhecimento, da cultura, do saber fazer e do saber o quê está realmente acontecendo nos bastidores da política, da economia, da justiça, dos tribunais, dos poderes constituídos da democracia.

Seria uma revolição silenciosa, sem violência, tranquila, célere, madura, através do voto, ou mesmo das ruas, sem asas à baderna e aos interesses menores. Ele sempre começa no indivíduo e poderia se projetar ao outro, ao outro, ao outro, ao outro... De repente a sociedade inteira está em movimento.

Então, sobrevém a pergunta fatal: quando, onde e com quem começar? É a tão necessária utopia para sacudir (e curar) a sociedade doente...



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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

ROSINHA* (UMA LENDA QUASE URBANA)

Ela sempre se destacou no bairro onde nasceu, cresceu, estudou e concluiu o Ensino Médio. O comentário, para orgulho dos pais e irmãos e namorados (teve vários), era de que “...essa menina vai longe, por sua beleza, simpatia e talento”.

Rosinha tinha carisma. Era alegre, simpática e estudiosa, apesar de sua origem humilde e de não tem grandes ambições na vida. Na verdade queria trabalhar no Shopping, pois “...Achava lindo suas amigas indo e voltando do trabalho, sempre bem vestidas e com sacolas, muitas sacolas nas mãos, sacolas das roupas de marca...”.

Quando Rosinha, que era também conhecida por Ro, concluiu o Ensino Médio, tratou de se aperfeiçoar profissionalmente, fazendo os cursos que eram possíveis, por serem pertos de casa e não muito caros. Assim, procurou Igrejas, Sindicatos, ONGs, Sociedade Amigos de Bairro, entidades sem fins lucrativos que lhe proporcionaram cursos de Telemarketing, Administração, Relações Humanas, Vendas, Administração de Pessoal, Digitação, Conhecimentos Básicos de Informática, Iniciação em Logística, além de Técnicas de Redação, de Escrita alguns outros.

Todos esses cursos lhe forneceram Curriculum Vitae os quais Ro saía, às vezes só, as vezes com amigos e amigas, para percorrer lojas nos calçadões e Shoppings da cidade e entregá-los na esperança de ser chamada para seu primeiro emprego “fichado”, ainda que por tempo determinado. Pesava-lhe a condição de não ter tido experiência.

E foi com a colaboração de uma amiga que já trabalhada numa loja do Shopping que ela conseguiu uma entrevista, um teste e a contratação por um período de experiência. Era tudo o que Rosinha queria: trabalhar no Shopping. Todo o seu esforço nos cursos profissionalizantes valeu a pena. Agora, quando fichada definitivamente, poderia planejar a Faculdade (Gostou muito da área de Logística e Comercio Exterior).

Sua mãe lhe preparou a melhor roupa, o melhor penteado, a maquiagem sóbria, os sapatos limpos engraxados e saltos não extravagantes e lá foi Rosinha para o seu primeiro dia de trabalho. Tremia e suava muito, nervos á flor da pele. Mas até eu foi bem. Nada vendeu, pois foi escalada para acompanhar uma vendedora experiente e arrumar as roupas não escolhidas pelos clientes. Não desanimou.

A rotina se repetiu nos demais dias. Chegou a angustiar-se... Mas manteve a calma, a paciência, até que conseguiu a primeira e boa venda. E outras mais. Entrou no eixo a prendeu a vender, começou a acumular comissões de vendas. Teve sua Carteira Profissional assinada e, então, conquistou aquele poder maravilhoso de “comprar”. Agora. Ro já está inserida no contexto do capitalismo consumista.

Ro visitou lojas, fez novos amigos... E comprou bastante, especialmente aquelas roupas que tanto tinha admirado nas suas amigas. Continuou vendendo bem e comprando melhor ainda...

Ao vencer o primeiro mês de trabalho, recebeu o primeiro pagamento. Primeiras emoções das quais nunca se esquece.

O primeiro salário e as primeiras contas a pagar. Rosinha, emocionada, revisitou as lojas e com o seu rico dinheirinho pagou todas as contas, todas as compras feitas.  Até comeu aquele camarão à milanesa que namorou o mês inteiro. Foi para casa mais tarde, causando preocupações para sua mãe que a esperava ansiosa.

Ao chegar o sorriso, o abraço, as histórias, o desabafo... “Mãe, estou muito feliz! Recebi meu primeiro salário e paguei todas as minhas contas.... Pena que não sobrou muito...
- Mas, filha, você tinha prometido me ajudar... Estamos com água e luz atrasadas e o gás está acabando...
- Mãe, estou muito feliz... Paguei tudo!

Pois é, os capitalistas não se preocupam muito em pagar salários, pois o dinheiro que sai, volta de alguma maneira. Rosinha é mais um exemplo. Deixou todo o seu dinheiro no mesmo lugar onde o ganhou.

É para pensar...



*Nome fictício. Texto de ficção. Qualquer semelhança com a realidade será mera coincidência.


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terça-feira, 8 de dezembro de 2015

ADMINISTRAR O TEMPO, UMA QUESTÃO DE TEMPO


Muito se falou até há algum tempo sobre a questão de administrar o tempo:  livros, cursos, palestras, whokshops... Todos numa tentativa quase desesperada no sentido de fornecer instrumentos para as pessoas aprenderem a organizar sua vida, de acordo com as horas do dia e da noite, com o objetivo maior delas obterem melhor rendimento, exercer as atividades profissionais, de estudo, sem descurar do lazer e dos necessários períodos de dedicação á família.

Hoje, pouco se fala nisso. Talvez sucumbindo às novas realidades trazidas pela tecnologia da informação que, de fato, absorveu todo o tempo disponível das pessoas, que hoje, se pudessem, viveriam 110% de seu tempo nas redes sociais, nos jogos eletrônicos, nas selfies e tudo o mais.

Lê-se muito pouco. Vejam-se as estatísticas de produção e vendas de livros: muito aquém do limite mínimo numa sociedade que se diz normal. Esperar o quê desse país sem tempo para as coisas essenciais da vida, da cultura, da espiritualidade, enfim.

Porém, não vamos tentar resgatar quem está morto, enterrado e decomposto. Apenas uma reflexão ou uma inferência sobre algo que não deveria faltar na sociedade e que as redes sociais poderiam ajudar e em muito. É a questão da vivência do amor no seu sentido mais humano e ao mesmo tempo divino, o amor de doação, ágape.

Já há críticas severas às pessoas que estão numa rodas de amigos, não conversam entre si, pois estão ocupados com amigos à distância, via celular. Por que será? Talvez por ser mais chic, mais esnobe, mais relevante. Mais “démodé”... Termina-se o encontro e pouco ou quase nada se falou e sentimento é de vazio, de tempo perdido.

Quem sabe se a gene não poderia retomar um pouco essa preocupação com a administração do tempo para uma “dedicaçãozinha” ao próximo mais próximo. Ao encontrar um amigo, desligar o celular. Ou servir-se do celular para uma ligação para o um amigo doente ou que está passando por uma dificuldade, uma doença grave, um câncer, por exemplo, e só dizer que está sabendo do seu problema e que está com ele, pelo menos em oração.

Se administrar o tempo está difícil, até por falta d tempo, que tal uma força para o carinho, o acolhimento, a amizade e não desperdiçar o restinho do tempo com ódio, maledicência, fofoca, dissimulações, rasteiras, maldades mil, indiferença...

Já perceberam que quando alguém está concentrado no seu celular, esse alguém fica indiferente e imune a tudo? Está solitário na multidão? Pois é, infelizmente a indiferença é exatamente o contrário, o antídoto do amor. Quem é ou está indiferente não está amando, não está participando da vida dos que estão por perto, está filosoficamente morto.

Que tal refletir o que é e o que não é “vida” nos dias atribulados e destruidores de tempos, como os de hoje?



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segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

FOFOCA E CIZÂNIA, DOIS TERRÍVEIS VENENOS HUMANOS


Está na Bíblia, em Provérbios 16:28: “...O homem perversos instiga a contenda, e o intrigante separa os maiores amigos”. Isto é “cizânia”, o ato de provocar a desavença, a discórdia, a separação, a confusão, as divisões, as lutas, as guerras, a violência, a vingança. É, também, um ato deliberado, portanto, consciente, racional, com esses objetivos específicos. Um terrível veneno que mata o bom relacionamento social.

Ainda na Bíblia, também em Provérbios, mas no capítulo 20, versículo 19, está escrito: “...O que anda tagarelando revela o segredo; não te intrometas com o que lisonjeia com seus lábios”. Agora já se trata de fofoca, outro terrível veneno, com as mesmas consequências da cizânia.

Caminham juntas, fofoca e cizânia, só causando males, de boca em boca.

A cizânia tem um parentesco muito forte com o joio, planta que se mist ura ao trigo para destruí-lo. É preciso separar logo, cortar na raiz, assim como a fofoca, que deve ser morta em seu nascedouro.

A fofoca é a pratica de divulgar informações sobre pessoas, muitas vezes sem a autorização, muito menos sem a confirmação da sua veracidade. Tem o objetivo de prejudicá-las, realçando seus erros, seus defeitos, suas falhas, infelicidades e tropeços. Outras vezes, serve para colocar o ‘fofoqueiro” numa posição acima, de vantagem, de superioridade, colocando, portanto, a outra pessoa no limbo da exclusão.

A cizânia também é utilizada para desestruturar um clube, uma equipe, um partido político, um sindicato, uma ONG. Lança-se um “balão de ensaio”, uma notícia inverídica e até a sua correção ou desmascaramento, o estrago já foi feito. Maldade e dissimulação puras.

Embora alguns tentem colocar algumas formas de fofoca como inocentes e fruto da inabilidade das pessoas, não é possível aceitar essa posição. As fofocas são desumanas e desumanizant4es, tanto para o seu agente como para que é sua vítima. Deve ser evitada a qualquer custo. Nesse sentido a pessoa que está recebendo a informação tem um papel fundamental para barrar a sua retransmissão. Aja vista o dito popular: “Quem conta um conto, aumenta um ponto”. A informação nunca será a mesma ao passar de uma pessoa a outra. Que coisa, não?!

No oceano de cizânia e de fofoca é preciso ser uma ilha de paz, habitada pela maturidade, pela responsabilidade, pelo senso de humanismo.

O conhecimento é fundamental... Fundamental para discernir se a informação, aquela que corre de boca a boca, aquela que circula pela imprensa tendenciosa, pelos carros de sons, não é plataforma de lançamento de cizânia ou de fofoca.

Uma informação precisa ser conferida na fonte... E se envolver mais de uma pessoa, todas elas devem ser ouvidas suas versões dos fatos. Cabem aos interlocutores a capacidade e a habilidade para separar o “joio do trigo” e só então passá-las adiante de forma justa, correta e responsável.

De outra forma a convivência social continuará difícil ou quase insustentável.



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sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

O VAZIO DE DEUS EM CADA UM... QUAL O TAMANHO?


Falar de Deus é polêmico. Há os que gostam de ficar sobre o muro, pois não querem entrar em confusão... E se entram dela não saem e vão até o circo pegar fogo. São as pessoas do tipo que não perdem as paradas. “...Dão um boi para não entrar”. Se entram pagam uma boiada para não sair”.

Pois bem, há os que são moderados e que de quando em vez levantam o assunto para o mesmo não caia no esquecimento, especialmente nesse mundo conturbado, materialista, hedonista, capitalista, consumista, existencialista e muito pouco espiritualista.

Sim, muito pouco espiritualista, gerando um vazio inexplicável na alma, uma falta de sentido para as coisas, uma desorientação, uma insegurança (física e mental), uma angustia, uma correria, um medo de tudo que se confunde com medo de chuva, de tempestades, de tragédias. Sentimentos válidos, desde que na dose certa, em equilíbrio com essa “tal” realidade.

O Capitalismo sempre acusou o Comunismo de combater e de ser “contra” religião (o que de fato foi verdade, ou é verdade). Basta uma olhada na História do Comunismo nas regiões em que ele foi governado por esse sistema político governante.

Porém, o Capitalismo também sempre combateu a religião (ou a religiosidade). A História da Revolução Francesa, grande ícone do Liberalismo/Capitalismo, mostra o que seus líderes fizeram na Catedral de Notre Dame, transformando-a em templo para o culto da deusa “razão” (capitalista).

E, hoje, sem ser piegas demais, o Capitalismo transformou os Shopping Centers em grandes catedrais dedicadas ao consumo. É religião moderna. E desde então tem sido mais chic, mais na moda e moderno ir ao shopping do frequentar centros religiosos, locais de silêncio, meditação e onde as pessoas nem podem consultar as redes sociais nos “eletrônicos com baterias carregadas”...

Por isso as religiões, para boa parte da humanidade estão fora de moda, a não aquelas fundamentalistas. Mas no geral, os templos religiosos estão diminuindo de frequência, especialmente dos mais jovens, justamente a faixa mais vulneráveis ao consumismo. Na esteira de tal fato, as vocações religiosas também estão em declínio.

As consequências são muitas, entre elas o sentimento de vazio que se instala na alma das pessoas. Falta sentido para a existência, criando um vácuo, não raras vezes preenchido por posturas inadequadas e uso de drogas lícitas e ilícitas. Qual o tamanho desse vazio? Difícil responder, pois só a pessoa e Deus sabem. Aliás, filosoficamente, umas das provas da existência de Deus, independente da crença religiosa que se tem, é essa: há um cadinho no coração de cada um que só Deus e a pessoa conhecem, ninguém mais.

Imagina-se esse tamanho a partir da distância que se está de Deus, do grau de grandeza de sua incredulidade, ou do tamanho da influência que o consumismo, as inadequações e os apelos do mundo, exercem sobre cada um dessas pessoas. E também do seu nível de amadurecimento em contraste com sua infantilização.

A discussão vai longe... Essa é apenas uma “palhinha”.



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