segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

MÌSTICA E MILITÂNCIA

Militância é a atuação na defesa de uma causa, uma ideia, uma classe profissional. Há um pretenso equilíbrio social nesse sentido, pois se há sindicatos de defesa do trabalhador, há associações de empresários que os defendem num eventual embate jurídico, ou mesmo no diálogo trabalhista, por exemplo.

Há a militância política, a militância religiosa, a militância social... Da militância originam-se milícia, militar, militante... Em suma, aquele que atua no seio da sociedade.

Porém, a militância, ainda que fundamentada no ideário sociopolítico humanista, carece de um algo mais que lhe dá o sentido profundo, o amálgama, ló ponto de equilíbrio: a mística!

Há muitas definições de “mística”, em todos os sentidos, com ênfase no religioso. E é isso mesmo... A mística, para cumprir o seu papel na militância, funciona como se fosse uma religião... Como se fosse... Pois não é impositivo que seja meramente religião. A mística, como a utopia, é o móvel da militância, sua causa maior.

A mística é aquilo que dá sentido, é o fator motivador, é a essência da “revolição”, isto é, aquilo que vai além da vontade.

É uma delícia dialogar com pessoas dotadas de mística. Junto delas o tempo não passa (ou passa muito rápido), pois suas falas nos tiram do chão e nos fazem flutuar em direção ao sonho, à uma realidade para além do tempo presente. O místico é alguém que tem o corpo, o físico no presente, mas as ideias, a mentalidade, a cabeça, no futuro.

No horizonte da utopia está a transformação da sociedade. A mística dá o brilho, é a luz que atrai.

O militante sem mística fica no meio do caminho... Ou descamba para a violência, para o vandalismo, para o sem sentido. A mística é o “Fio de Ariadne”, o fio condutor que não deixa se perder no meio do caminho...

Como já temos comentado ao longo de nossas postagens, todas as transformações maiores com as quais se sonha para a sociedade e para o país, começa em cada um. Começa em cada pessoa madura, consciente, culta...

Gente imatura jamais entenderá a utopia, os grandes sonhos, a mística. Isso explica os grupos de vândalos que deturpam movimentos sérios, honestos e cheios de mística que tentam romper o marasmo que tem tomado conta da nossa sociedade. Ser militante não significa automaticamente ter mística ou ser dotado de mística. É preciso crescer .

E começar pela educação, principalmente a educação da vontade.



Imagem: Google

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