quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

VOLIÇÃO E REVOLIÇÃO


Em tempo de marasmo, de desânimo, de falta de perspectiva, de credibilidade em baixa... Quando não há luz no fim do túnel... Quando as notícias são negativas e há um mal-estar pairando no ar... É preciso realçar a capacidade do ser humano de motivar-se para além dos seus  limites.

Estamos nos referindo à situação política no nosso país. As autoridades máximas do pais, dos três poderes, consagrados pelo Liberalismo Histórico (Executivo, Legislativo e Judiciário), brigam entre si, como se estivessem numa esquina qualquer de uma cidade abandonada, por nacos de poder político, econômico ou de influência, tudo com o intuído de lhes continuar garantindo o fluxo de dinheiro para seus cofres. Com essas brigas de esquina, nos templos da democracia, sofre o país todo, desde aqueles que produzem, aqueles que consomem e aqueles que precisam de empregos para a garantia da dignidade mínima de vida.

O país está parado, ainda que calçadões e shoppings estejam lotados. Parece o ultimo suspiro de um sistema perverso que massacra o ser humano...

É tempo de não baixar a guarda. É tempo de buscar no fundo da essência, a força da dignidade humana. É tempo do fortalecimento para uma “revolição”, senão coletiva, pelo menos pessoal.

Revolição vem de volição, que vem da vontade, que vem da motivação. Mas, é muito mais que um simples ato de querer... É ir além, para realmente transformar de forma livre, consciente, racional, a realidade que cerca as pessoas, a sociedade, o país e o mundo.

Volição tem seus aspectos médicos, psicológicos, emocionais. Focamos, neste momento, neste texto, o aspecto filosófico e sociológico. A transformação simbólica da pessoa. Simbólico aqui com o significado de evoluir positivamente, para frente, num processo de ascensão, de crescimento.

O desenvolver o processo interno da volição, mais do que o simples querer, fatalmente desemboca na “revolição”, que é a revolução transformadora. Não há revolução sem transformação... Não há revolição sem a transformação.

Como seria bom se nesse marasmo de fundo de poço, acontecesse uma revolição política, isto é, a união da sociedade a partir da volição, para a transformação do país! A transformação desde a base, educacional... A revolição do conhecimento, da cultura, do saber fazer e do saber o quê está realmente acontecendo nos bastidores da política, da economia, da justiça, dos tribunais, dos poderes constituídos da democracia.

Seria uma revolição silenciosa, sem violência, tranquila, célere, madura, através do voto, ou mesmo das ruas, sem asas à baderna e aos interesses menores. Ele sempre começa no indivíduo e poderia se projetar ao outro, ao outro, ao outro, ao outro... De repente a sociedade inteira está em movimento.

Então, sobrevém a pergunta fatal: quando, onde e com quem começar? É a tão necessária utopia para sacudir (e curar) a sociedade doente...



Imagem: Google

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