quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

RECONHECER OS ERROS É UMA CONQUISTA



Todos nós tendemos a valorizar apenas as grandes conquistas, os grandes feitos. Fatos que nos projetam diante da sociedade, nos colocam diante dos holofotes. Sentimo-nos honrados com os cumprimentos, com os tapinhas nas costas, com as referencias elogiosas, com os convites para festas, para as reportagens, com os depoimentos, com a publicação de matérias em revistas e livros. Enfim, estamos por cima da “carne seca” e somos os reis da “cocada...”.

Porém a realidade da vida é outra... No “frigir dos ovos” da vida, a “cinderela sempre, continuamente, vira abobora”. E a vidinha continua, o tempo passa e, de repente, estamos próximos do fim e nem tempos coragem de olhar para o passado e contemplar o caminho percorrido.

Um olhar mais atento indica as tortuosidades dos caminhos da vida. A simplicidade, os erros, as vitórias, pequenas vitórias, que no somatório representam o grande feito que nos permitiu chegar até aqui.

A vida também é feita de acertos e erros. Os acertos vão diretos para o “azul” da contabilidade da vida... E os erros, também, para a conta do “vermelho” da mesma contabilidade.

A diferença, o saldo positivo dessa conta vai para o atalho de como nós lidamos com os nossos erros, de como amenizamos os seus efeitos, principalmente em relação às pessoas de nosso relacionamento e que sofreram as consequências e os impactos desses nossos erros.

Será que os reconhecemos o suficiente? Será que pedimos perdão por tê-los cometidos? Será que soubemos perdoar os outros que nos prejudicaram? Será que soubemos nos reconciliar com o passado e hoje estamos aliviados de seu peso?

Reconhecer os erros, enfrentá-los de frente, é uma grande conquista, ainda que colocado num segundo plano diante dos grandes projetos da vida. Reconhecer os erros é para os fortes, para aquele que cresceu, amadureceu e equilibrou-se mental, emocional e psicologicamente. Reconhecer os erros está na mesma medida da reconciliação com o passado. Aliás, um depende do outro.

Reconciliação com os erros, com o passado, com o presente, com as pessoas que fizeram parte de nossa vida. Vitória da humildade, esta, sim, o ponto de equilibro do amálgama da vida.

O grande pai de família, a grande mãe, o grande líder, o grande empresário, o grande técnico esportivo, o grande político (no bom sentido), o grande estadista, o grande médico, o grande advogado, o grande jurista, o grande jornalista, o melhor gari, o motorista especial, o carteiro mais alegre, a recepcionista mais simpática e acolhedora, o professor ou professora, mais mestre que professor ou professora... Enfim, todos aqueles com histórico de vencedores na verdadeira acepção do sucesso, têm em seus “históricos” episódios eloquentes de reconhecimento de erros, de humildade, de maturidade, de perdão, de acolhimento.

Basta conhecer suas biografias... E quem se interessa?



Imagem: Google

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