terça-feira, 8 de dezembro de 2015

ADMINISTRAR O TEMPO, UMA QUESTÃO DE TEMPO


Muito se falou até há algum tempo sobre a questão de administrar o tempo:  livros, cursos, palestras, whokshops... Todos numa tentativa quase desesperada no sentido de fornecer instrumentos para as pessoas aprenderem a organizar sua vida, de acordo com as horas do dia e da noite, com o objetivo maior delas obterem melhor rendimento, exercer as atividades profissionais, de estudo, sem descurar do lazer e dos necessários períodos de dedicação á família.

Hoje, pouco se fala nisso. Talvez sucumbindo às novas realidades trazidas pela tecnologia da informação que, de fato, absorveu todo o tempo disponível das pessoas, que hoje, se pudessem, viveriam 110% de seu tempo nas redes sociais, nos jogos eletrônicos, nas selfies e tudo o mais.

Lê-se muito pouco. Vejam-se as estatísticas de produção e vendas de livros: muito aquém do limite mínimo numa sociedade que se diz normal. Esperar o quê desse país sem tempo para as coisas essenciais da vida, da cultura, da espiritualidade, enfim.

Porém, não vamos tentar resgatar quem está morto, enterrado e decomposto. Apenas uma reflexão ou uma inferência sobre algo que não deveria faltar na sociedade e que as redes sociais poderiam ajudar e em muito. É a questão da vivência do amor no seu sentido mais humano e ao mesmo tempo divino, o amor de doação, ágape.

Já há críticas severas às pessoas que estão numa rodas de amigos, não conversam entre si, pois estão ocupados com amigos à distância, via celular. Por que será? Talvez por ser mais chic, mais esnobe, mais relevante. Mais “démodé”... Termina-se o encontro e pouco ou quase nada se falou e sentimento é de vazio, de tempo perdido.

Quem sabe se a gene não poderia retomar um pouco essa preocupação com a administração do tempo para uma “dedicaçãozinha” ao próximo mais próximo. Ao encontrar um amigo, desligar o celular. Ou servir-se do celular para uma ligação para o um amigo doente ou que está passando por uma dificuldade, uma doença grave, um câncer, por exemplo, e só dizer que está sabendo do seu problema e que está com ele, pelo menos em oração.

Se administrar o tempo está difícil, até por falta d tempo, que tal uma força para o carinho, o acolhimento, a amizade e não desperdiçar o restinho do tempo com ódio, maledicência, fofoca, dissimulações, rasteiras, maldades mil, indiferença...

Já perceberam que quando alguém está concentrado no seu celular, esse alguém fica indiferente e imune a tudo? Está solitário na multidão? Pois é, infelizmente a indiferença é exatamente o contrário, o antídoto do amor. Quem é ou está indiferente não está amando, não está participando da vida dos que estão por perto, está filosoficamente morto.

Que tal refletir o que é e o que não é “vida” nos dias atribulados e destruidores de tempos, como os de hoje?



Imagem: Google

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