segunda-feira, 6 de abril de 2015

A FALTA DE AMOR PRÓPRIO


O amor próprio é o sentimento de amor que as pessoas têm por si mesmas... Ninguém dá o que não tem... Não se pode amar se o amor não é inerente à sua alma, ao espírito ao seu caráter... E, sobretudo, ele não ama si próprio.

“Sem amor-próprio nenhuma vida é possível, nem sequer a mais leve decisão, só desespero e rigidez”.
Hugo Hofmannsthal

É verdade... A falta de amor-próprio torna as pessoas ansiosas, inseguras, precipitadas, capazes de tomar decisões sem se importarem com as consequências, mesmo se isso implica e comprometer a vida de outras pessoas, especialmente aquelas que dependem de delas, como filhos menores.

Sem amor-próprio as pessoa se rebaixas à outras, arrastam-se por um amor impossível, esquecem-se da máxima que diz que “quem entra por baixo numa relação, por baixo fica até o fim”.

Quem entra por baixo numa relação amorosa, e não se impõem, não recuperaram sua posição de igualdade, serão permanentemente infelizes, dependentes, carentes, necessitados, inseguros, medrosos, tímidos,  objetos de consumo das pessoas que amam.  Não se entra numa relação amorosa pela metade... Entra-se inteiro, em igualdade. Só nessa condição será possível construir uma felicidade verdadeira e duradoura

E, essa relação pode ser amorosa, social ou profissional. Quem pede pouco numa negociação comercial ou emprego, por insegurança ou timidez, corre o risco de perder a oportunidade (talvez a única) de se realizar pessoal e profissionalmente.

A falta de amor-próprio é um veneno que contamina todas as relações humanas.

Quem não tem amor-próprio está sempre vinculado ao que os outros pensam de si. Permanece o tempo todo preocupado com a imagem que fazem si e com o que as pessoas estão falando a seu respeito. Vive se comparando com as outras pessoas e nunca está satisfeito com o que tem.  Não consegue olhar para si mesmo, valorizar-se, produzir-se e ficar bonito e ficar bem consigo mesmo.

Não consegue refletir sobre esta grande verdade: só se consegue superar as carências quem distribui amor, alegria, felicidade. O amor é um sentimento que, incrivelmente, se multiplica quando dividido. Mas o amor só pode ser distribuído por quem está pleno dele. Quem está vazio, nada pode dar, a não ser negatividade, pessimismo, chatice, arrogância, antipatias... Estas são as características de pessoas vazias de amor-próprio.

O antídoto é compreender o amor em todas as suas dimensões. Isso leva tempo, pois depende da habitualidade, do desprendimento, da doação, da vontade, do querer mudar.

Por fim, um recado importante de Oscar Wilde:

“Amar a si mesmo é começo de um romance para a toda a vida”.



Imagem: Google

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