quarta-feira, 29 de abril de 2015

NA PLENITUDE DOS TEMPOS


É um tema árido e polêmico... Escatológico!

Os cristãos, e principalmente os católicos, pensam na parusia e na escatologia. Esta é o final dos tempos... Aquela a segundo volta de Cristo para o julgamento final. Mateus 25. Os tempos se completarão...

Temos insistido aqui da importância da religiosidade. Quando madura fortalece a alma e o espírito. O humano se diviniza e compreende o divino que se humaniza. Quem ganha é a sociedade, que se equilibra e encontra a paz...  E as pessoas, a felicidade...

A plenitude dos tempos, a escatologia, a parusia, a preocupação com o eterno fazem parte do ser e da prática religiosa, portanto, intrinsecamente e potencialmente boas...

Mas trazendo a idéia da plenitude dos tempos para mais próximo da nossa realidade, do nosso cotidiano, ela ganha outros sentidos. Pleno é estar cheio, completo, totalmente... No jargão popular, “passando a régua". É estar pronto...

Pronto? Para quê? Na plenitude dos tempos a vida deve estar pronta para a realização de tudo aquilo que foi planejado, estimado e ansiosamente esperado... Os sonhos!

Não podemos imaginar um Deus castigador, que se apraze com o sofrimento de suas criaturas. Pelo contrário, Deus se rejubila com sua alegria e felicidade. Pessoas felizes, completas, realizadas estão aptas a dar sua parcela de contribuição para a melhoria do mundo, a começar pelo ambiente e realidade do espaço onde estão inseridas.

Assim, na plenitude dos tempos não há espaço para infantilidades, banalidades, rancores em relação ao passado e muito menos  ansiedades quanto ao futuro.

No processo de crescimento, ao longo da vida, algumas coisas práticas precisam acontecer: a reconciliação com o passado é algo extremamente importante, pois ninguém deve viver refém de sua história, das lembranças negativas e das coisas que não foram possíveis de serem feitas. Virar a página (ou as páginas) e ter do passado apenas o aprendizado ou aquilo que solidifica o presente e alicerça o futuro.

O futuro tem de ser encarado como um projeto a ser concretizaado, com base na realidade presente. Não com ansiedade, tensão e noites indormidas. O futuro é algo que se constrói hoje. Portanto, nada de gastar energias com o futuro. Tais energias devem ser empregadas no “hoje’. Sim, viver o presente. O presente é um presente da vida... E a melhor forma de agradecê-la é viver intensamente esse “presente”... Com parcimônia, cuidado, consciência, maturidade.
  
É assim que se vive e viverá na plenitude dos tempos... E Deus assim quer! Sem polêmica, escatologia, parusia (que acontecerá no tempo certo).



Imagem: Google

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