terça-feira, 7 de abril de 2015

PROCRASTINAR


Já ouvimos muitas vezes alguém (geralmente com mais idade que nós) nos dizer “...não deixe para amanhã  o que pode fazer hoje!”...  Pois é, que faz isso, quem “deixa para amanhã” está procrastinando.

Procrastinar é deixar para depois atividades que devem ser feitas imediatamente. E isso não é simplesmente preguiça. Envolve todo um aparato psicológico, com conseqüências importantes para a vida humana.

Aquele procrastina está prejudicando não só a si mesmo, mas todos aqueles que estão direta ou indiretamente ligados a sua atividade.

A procrastinação está presente na relação entre pai e filho, quando um adia continuadamente o momento de conversar seriamente. O filho corre o risco de enveredar por caminhos escusos. O pai perde a oportunidade de ser luz no caminho do filho.

Um advogado inescrupuloso procrastina quando, em defesa de um réu confesso, mas rico, manipula a burocracia  jurídica para retardar o mais possível o julgamento, com vistas a abreviar o tempo de prisão de seu cliente.

Um médico procrastina quando não prorroga o prazo da cirurgia de seus pacientes, só porque vai receber o pagamento por Planos de Saúde ou pelo Sistema Único de Saúde. O paciente pode ter seu estado piorado ou mesmo perder a vida.

O que dizer dos funcionários públicos que adiam os despachos de documentos, sem se importar com aqueles que estão aguardando o andamento de seus processos? Estão procrastinando...

Nas empresas, os profissionais que boicotam atividades para prejudicar aqueles mais aptos, mais responsáveis e mais comprometidos. Perdem a noção do tamanho de sua procrastinação, pois com sua atitude prejudicam a si mesmos quando colocam em risco os resultados das empresas e, por conseguinte, a estabilidade de seus empregos.

Estudantes que procrastinam seus estudos (não os levam a sério), vão mal nas provas e comprometem sua formação, sua carreira e sua vida...

Médicos, Psicólogos, Psiquiatras, Sociólogos, se debruçam sobre o tema, que não é  muito recorrente entre as pessoas, isto é, não dão muito importância para o recado dos mais antigos e sempre “enrolam” em seus afazeres e deixam mesmo para depois tarefas e compromissos essenciais.

O que nos importa, porém, é simplesmente, chamar a atenção para este “palavrão”, que não é um “palavrão”, mas uma postura comprometedora, ainda que quase despercebida.



Imagem: Google

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