quinta-feira, 2 de abril de 2015

SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO

Hoje, praticamente o mundo inteiro, algum momento do dia, reflete sobre um acontecimento marcante da história da humanidade: a morte na cruz de Jesus Cristo, o inspirador e fundador do cristianismo.

Especial para os cristãos, mas importante para a civilização ocidental, que quer queira quer não tem toda sua cultura, sua história fundamentada nos valores clássicos (Greco-romanos) e cristãos.

Lembremo-nos no calendário que usamos atualmente. Ele é estruturando tendo como referência o nascimento de Jesus, cuja data está inserida no Ano 1 da Era Cristã ou Depois de Cristo. Como Cristo morreu aos 33 anos, esse fato se deu, portanto, no ano 33 d.C.

Mas, o que importa mesmo são as reflexões que podemos fazer a partir desse episódio, registrado nos anais do Império Romano e pelo historiador leigo de origem judaica Flavio José (ou Josepho), sem contarmos com as Escrituras consideradas sagradas pelo cristianismo.

A missão de Jesus Cristo foi resgatar a humanidade dos seus erros históricos e implantar um reino de paz, baseada no amor, na compreensão e na ajuda mútua. Esse resgate impacta ainda hoje, pois sua pregação não foi totalmente compreendida, seu projeto e seu mundo de paz ainda não foram  implantados integralmente.

O mundo não precisa ser totalmente cristão. É necessário que se compreenda e se respeite as liberdades religiosas. Mas as desigualdades persistem. Um continente inteiro, a África,  passa fome e ainda não tem perspectiva de oferecer às suas populações um mínimo de dignidade humana.

Por todos os lados graça a corrupção, a centralização do poder e da economia, a escravização adulta e infantil, a exploração de mulheres, a destruição da natureza. A crise hídrica, os grandes desastres naturais, são sintomas eloquentes de que a natureza sofre e pede socorro.

E as guerras, as intermináveis guerras... Bem a gosto das indústrias de armas. As intolerâncias... O terrorismo... A vitimização de crianças e idosos... A violência... As drogas... As exclusões sociais...

Sinais de que a morte, os exemplos e ensinamentos de Jesus Cristo precisam ser melhor estudados, divulgados, espalhados e inculturados nos processos sociais, culturais, econômicos... Não como imposição de uma religião única, mas como modelo de vida em comunidade, de compreensão, de solidariedade, de ajuda mútua, de cultura da paz.

Jesus não queria mudar a humanidade, mas aperfeiçoá-la, começando pela conversão das pessoas ao perdão, ao amor, à paz...

Não importam as religiões, todas são válidas, desde que coloquem as pessoas em primeiro plano... Pessoas em igualdade, sem diferenças, sem exclusões... Sem guerras... Sem sofrimentos...

Quando isso acontecer, a Sexta-Feira da Paixão não terá sido em vão.


Imagem: Google


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