quarta-feira, 22 de abril de 2015

APARÊNCIA E CARÁTER (OU O CONFLITO ENTRE O “SER” E O “TER”)


Querem queira ou não, consciente ou não, vivemos um tempo de grandes conflitos. Há conflitos na sociedade com a violência, cada vez maior... Conflitos entre as nações, não grandes guerras, mas conflitos localizados e constantes, para tristeza de comunidades inteiras e alegria ds fabricantes de armas... Conflitos entre comprar ou não comprar, para ansiedade de capitalismo consumista... E conflitos pessoais, destacando-se aquele que se dá entre o “ser’ e o “ter”, ou melhor, entre a aparência e o caráter.

O que é mais importante, “ser’ ou “ter”? Um tem a ver com o caráter, outro com a aparência.

Já é sabido, discutido, debatido, “n” vezes que o mundo de hoje é apelativo, hedonista, narcisista, consumista, posto que dominado pelo capitalismo, este precisa vender, a indústria precisa produzir, os novos lançamentos precisam acontecer, a concorrência é forte, Briga de cachorro grande.

A grande arma do capitalismo é o marketing. A TV, a principal mídia, nada mais é do que um programa de anúncios comerciais, recheado de alguns conteúdos (contrariando o que a maioria pensa).

A massificação, um dos instrumentos utilizados pelo marketing em conluio com as mídias sociais, faz nascer nas pessoas o sentimento de que se não seguir a moda, está fora do contexto, excluídas do sistema. No fundo, fala mais alto o sentimento do ter. É isso mesmo, para o capitalismo consumista quem não “tem” está fora... Xõ!  

A aparência é a porta de entrada da moda, do consumo... Roupas, cosméticos, carros, celulares, TVs de tela grande, sapatos, jóias, vagens, fotos maravilhosas, navios, trens-bala, balões... Restaurantes, vinhos de primeira linha... Torre Eiffel... Acapulco... Parthenon... Muralhas da China... Gôndolas de Veneza... Central Park... Disneylândia... Epcot Center... Calçada da Fama de Bervely Hils...  Aparência, pura aparência... Que atrai admiração por alguns minutos!

Louros para quem merece...

Bom mesmo é cultivar o caráter, a firmeza no pensar e no agir, a parcimônia, com base na cultura familiar, na educação genérica e especialista, a capacidade de seguir os próprios princípios e premissas e jamais ser influenciado por mensagem alguma, mesmo que seja da mídia massacrante.

Bom mesmo é primeiro “ser”...  Ser alguém que é responsável pela própria história, que constrói o seu futuro com base em suas forças intrínsecas, forjadas nas experiovivências pessoais e coletivas... Depois “ter” de acordo com suas preferências e possibilidades,  independente da vontade de quem quer que seja. O caráter surpreende e emociona pela vida inteira.

Quem vive de aparências exala banalidades... E é um sério candidato solidão no final da vida...



Imagem: Google

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