domingo, 19 de abril de 2015

O LIVRO, A LEITURA E A ARROGÂNCIA

Não há como não repetir alguns chavões quando o assunto são: leitura e   livros.

Todos sabem da importância do livro e da leitura. Importância para o saber, para o conhecimento, para a formação espiritual, para o cabedal de vocabulário, enfim para a construção do ser humano inteiro, íntegro de corpo e alma.

Com os livros e sua leitura o conhecimento é constantemente novo ou renovado. Jack Welsh disse certa vez que “... É uma questão de honra aprender alguma coisa,  não importa de onde venha”.

Os livros nos ensinam... Os livros nos fazem viajar sem sairmos do lugar de onde estamos... Os livros nos fazem construir e sonhar um mundo novo... É certo que utopias são sonhos impossíveis, mas elas nos permitem caminhar...

Mas, onde entra a arrogância neste assunto? Ah! Sim... A arrogância... Essa abominável postura humana que detona todo e qualquer relacionamento social.

 Muitos arrogantes fazem questão de ler muito para depois se “arrogarem” ao direito de saberem tudo e de tudo e de serem os reais donos da verdade. Ledo engano, pois a leitura constante humaniza a pessoa, tornando-a humilde e aberta a aprender sempre mais. Não é o caso. esse tipo de leitor arrogante é uma grande perda de tempo.

Outros arrogantes são seletivos e só aceitam os grandes autores, desprezando os pequenos, a cultura popular e regional, as historias de gente simples que superam todas as dificuldades da vida e trazem consigo a sabedoria simples, empírica, mas profunda no processo de construção da sabedoria e da manutenção da verdadeira cultura do país. Aliás, esse tipo de leitor arrogante é combatido por Jack Welsh, que o considera um retrocesso e sua presença perniciosa para o sucesso das empresas. Postura importante também para a vida.

Os grandes autores, históricos, são essenciais para a formação humana. Entretanto para lê-los são essenciais conhecimentos básicos de história, geografia, sociologia, política, antropologia, filosofia. Aliás, conhecimentos essenciais para a vida.

O grande segredo para a leitura é a mente aberta, a consciência de que nada sabe e é preciso trilhar o longo caminho do conhecimento holístico. Portanto, ao se abrir um livro para iniciar uma nova leitura, é necessário ter a humildade suficiente para o “nada sei”. O “tudo sei” é a utopia que nos faz caminhar ao seu encontro.

A vida é o eterno aprendizado, processo no qual não deve faltar os livros. Sobre a sua qualidade, ao longo do tempo vai-se conhecendo o que é bom e o que não é bom... E que isso nada tem a ver com a essência de quem escreve e não com a técnica, a prática do escrever, o que também vai se adquirindo à medida que se escreve. A grande verdade é que quem escreve também lê muito, mas muito mesmo! Humildemente...

E isso faz a diferença! Arrogantes, prestem a atenção...



Imagem: do blog

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