quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

CUIDAR DAS GERAÇÕES FUTURAS


Muito se fala (e pouco se age) em relação ao futuro da humanidade, levando-se em conta que a humanidade hoje está  extrapolando os limites da exploração do planeta, comprometendo sua sustentabilidade e o bem-estar das gerações vindouras.

São tantas reuniões promovidas pela ONU (organização das Nações) que já se perdeu a conta e (pasmem) da foi resolvido. E o Planeta continua a ser devastado!

Há quem diga que em 60 anos a capacidade de produção de alimentos estará zerada... 60 anos é um tempo incluso na geração que está crescendo agora. E o que dizer da água? Das endemias? Das doenças insurgentes, ressurgentes e recorrentes?

E as doenças do cotidiano, como as diabetes, o colesterol, a hipertensão? Vale lembrar que média de vida da população que  aumenta, como resultado melhoria da qualidade(?!) de vida, trazendo em seu bojo doenças em ritmo crescente como a Demência Senil, Mal de Parkinson e Mal de Alzheimer?

Não podemos esquecer da diminuição das famílias e do vácuo numérico existente entre a população idosa e a população jovem, .tendo como consequência a fala de filhos para cuidar dos idosos, gerando uma nova classe profissional especializada: a dos “cuidadores”. Nada de mal, tudo de bom, mas aumentando em muito as despesas familiares.

Não podemos esquecer, ainda, da terrível praga da corrupção política que detona o dinheiro público, desviando-o do financiamento do bem-estar da população, principalmente da saúde, educação, saneamento, infraestrutura e mecanismos para vigiar e coibir a destruição da natureza, exatamente o bem maior das gerações futuras.

Disse alguém: “Quem não cuida da natureza hoje comete o pecado de Caim, ou seja, é assassino de Abel, pois não se importa com toda a geração futura”. Romantismo? Apelação religiosa? Nem tanto...

Como é sabido, a história de Abel e Caim é simbólica e pode ter sido a primeira revolução social registrada na Bíblia Cristã. Caim, possivelmente representando uma classe social excluída, eliminou Abel, tido como membro ou sinal de uma elite dominante. Mas essa revolta “comprometeu” o futuro da humanidade.

Portanto, quem não cuida, quem não protege, quem faz vistas grossas, quem não se interessa, quem “dá de ombros”, quem literalmente destrói o ambiente, pelo sim ou pelo não, está sendo criminoso por menosprezar os seus descendentes.

Há quem diga que aqueles que saem às ruas hoje em para reivindicar melhorias para a população, são desqualificados, pois são filhos abastados, recebem ajuda oficial de transporte, por isso não precisam protestar contra os aumentos abusivos das passagens. Acontece que essas pessoas têm a coragem e a consciência política para dar voz aos que, tímidos ou temerosos, não conseguem fazê-lo.

A imprensa, formadora de opinião, muitas vezes não cosegue enxergar esse lado da questão e correm o risco de serem porta-vozes dos interesses que estão sendo colocados em xeque.

É preciso gritar sim... Gritar com a bandeira dos excluídos, não de partidos, independentemente da cor, mas em nome dos excluídos, excluídos da educação, da saúde, da dignidade, do emprego, do transporte e dos que percebem os direitos das gerações futuras.



Imagem: Google

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