domingo, 11 de setembro de 2016

QUANDO UM "ALÔ" É NECESSÁRIO


Os “alôs”, não são apenas necessários... São fundamentais!

Os animais cuidam dos filhos até que eles aprendam a se cuidar e a caminhar com as próprias patas. A partir desse momento é cada um por si, a natureza por todos e rompem-se os vínculos afetivos. De repente as fêmeas entram novamente no do cio e lá vem nova ninhada.

Com a gente, seres humanos, não funciona assim. Há um diferencial importantíssimo, um divisor de águas entre humanos e animais. Estes vivem sob o signo do instinto. Nós temos alma, coração, sentimentos, vínculos afetivos, quer de amor conjugal, de amizade, de laços de sangue, de irmãos por adoção.

Um dos mistérios da vida é que o que hoje “é”, amanhã já não “será”. Estamos vivos hoje e quem garante que estaremos vivos amanha? Pessoas estão juntas de nós agora e amanhã (ou num futuro próximo) estarão bem distante, ou apenas se esqueceram de nós, embora vivendo na mesma cidade ou na mesma região metropolitana.

E, mesmo em tempos remotos, quando a comunicação não era tão rápida como hoje, ainda assim as pessoas que não queriam perder os vínculos mantinham correspondências com frequência regular. Davam notícias, contavam as novidades do lugar onde estavam.

Hoje é tudo muito ágil e fácil. Quantos instrumentos existem para que a comunicação instantânea aconteça! Não se justifica o esquecimento, o ostracismo. Não se justifica a solidão. Porque, acima de tudo há vínculos afetivos a serem preservados. Certamente pessoas ficariam contentes com notícias sobre uma formatura (depois de tanta luta) ou um novo casamento (depois de um relacionamento sofrível e infeliz). E outros recados que deixariam felizes os corações.

Os “alôs”, por mais simples que sejam são absolutamente necessários. Não dá para entender que as pessoas hoje em dia não consigam um espaço, por menor que seja, em seu dia para acessar uma rede social e mandar um recado para alguém que está longe e que foi importante em sua vida. E que certamente está com saudade. Por certo essa pessoa distante já fez várias tentativas de comunicação e não conseguiu. A saudade só aumenta. E a tristeza também.

As escolhas, as opções de vida, frutos da liberdade são justas. Mas as do esquecimento consequências não! Pois, elas são injustas com quem deu carinho, proteção, cuidado, conselhos e agora estão relegadas a um segundo plano.

Os “alôs” são fundamentais, principalmente para aqueles que, conscientes ou não, abandonam os amigos e pessoas importantes e suas vidas. Por quê? Porque pessoas assim se tornam menos humanas e bem próximas do reino animal... Que tristeza!



Imagem: Blog

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