São muitas as definições Ética. Gosto daquela
que diz que não devo fazer para os outros aquilo que não quero para mim.
São muitas, também, as opiniões a respeito. A
coisa pega quando se refere aos políticos. Questiona-se muito a ética
empresarial, de desrespeito aos consumidores. Vejam-se os índices de
reclamações contra as grandes empresas prestadoras de serviços de telefonia
móvel, de energia, etc., etc..
E o trânsito e suas multas? Verdadeiras
fábricas de dinheiro para as Prefeituras e Estados. A lista é enorme.
Interessa-me, por ora, emitir minhas
considerações a respeito da Ética nas relações humanas, principalmente entre
amigos.
Nesse sentido, deve prevalecer mesmo aquela
idéia inicial de não fazer para os outros aquilo que não quero p’ra mim. E não
é muito difícil compreender isso. Não é necessário ser um “doutor” em
filosofia, para ser ético. Basta ter maturidade. Ter crescido e deixado a
infantilidade lá atrás, na infância.
Agora, essa Ética não prescinde da verdade.
Eu tenho que ser verdadeira e usar a verdade em todos os sentidos. Assim minha
Ética é apenas uma conseqüência. Eu não consigo ser uma pessoa ética,
desenvolver um relacionamento maduro com as pessoas, em especial com os que
estão mais próximos de mim, simplesmente querendo ser, isto é, desempenhando um
“papel de Ética”. Não, eu não consigo! A Ética é um todo e surge de dentro para
fora, naturalmente, a partir daquilo que
eu desenvolvi e cresci como pessoa.
A Ética não pode ser praticada de forma
estanque, com posturas isoladas, por “departamentos”... do tipo:
“Sou ética com os amigos”;
“Não muito com as pessoas estranhas”;
”Sou empresário e não estou nem aí com os
meus clientes. Comprando os meus produtos já é o suficiente”;
“Não me preocupo com a sujeira, pois pago
impostos e com esse dinheiro o poder público paga os lixeiros”;
“Não me comovo com a poluição dos rios, com o
desmatamento, com o som alto e com a fumaça dos carros, pois para isso já
existem os órgãos competentes.
Não dá para ser meio ético ou ético em partes.
O que eu faço com o ambiente, mais cedo ou mais tarde farei com as pessoas. É a
teoria do “ato falho”. Se esse “papel” não faz parte da minha essência, em não
consigo desempenhá-lo por muito tempo. O espetáculo termina, as cortinas se
fecham e eu caio na real. As máscaras caem literalmente.
Aprendi que os gregos antigos consideravam a
Ética sob dois aspectos conjugados entre si. A palavra original “ethos”, quando
expressa em letras minúsculas, significava a “toca do coelho”, isto é a casa, a
nossa casa, o nosso ambiente. Quando ETHOS expresso em letras maiúsculas
remetia à forma como o coelho habitava a sua toca. Ou melhor, trazendo para a
nossa realidade, o “como” habitamos a nossa casa, se de forma “simbólica”,
positiva; ou de forma “diabólica” negativa.
Então é isso: uma pessoa ética é verdadeira,
íntegra, inteira...
Não posso dizer simplesmente que sou uma
pessoa ética. Minhas atitudes é que vão falar por mim. Da mesma forma que não
posso dizer que sou “humilde”, pois quando digo que sou já não sou mais.
É o que eu penso.
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