Refiro-me à pessoa normal, aquela que não tem
sua saúde mental e física prejudicada. Quem não se comunica morre lentamente...
Uma grande verdade (Se é que existem graus de verdades. Acho que não. É verdade
ou não é...).
Vivemos num mundo louco, em tempos de
comunicação plena e instantânea, “aldeia global”. Os meios estão à nossa mão.
São reais! Maravilhas tecnológicas, às vezes indescritíveis e inimagináveis.
Mas a solidão parece tomar parece tomar conta
das pessoas. É cada um por si, com seus aparelhos nas mãos, uns grandes outros
pequenos, os fones no ouvido, isolados do mundo.
Medo!... Tensão!... Pressa!...
Compromisso!... Trânsito!... Mensagens!... Busca!... Estresse!... Pronto,
passou o dia!... Fez-se poeira!... E o quê agregou-se de valor à vida? Quantas
oportunidades perdidas!
E os psicólogos chegam à mídia e clamam por
por uma comunicação de alto nível, verdadeira, aberta, superando os “papeis
sociais” que as pessoas desempenham para mascarar as suas fraquezas no sentido
de revelar como uma pessoa inteira, com suas qualidades e seus defeitos, a
esperar que o outro proceda da mesma maneira.
Falam da pessoa inteira. “É aquela que estabelece um contato profundo e significativo com o
mundo à sua volta” (Terapeuta e Pe. John Powell, SJ). E continua “...A pessoa inteira não só escuta a si
mesma, como também as vozes de seu mundo. A extensão de sua própria experiência
é definitivamente multiplicada pela empatia que
sente em relação aos outros. Ela sofre com os infelizes e se alegra com
os bem-aventurados. Ela nasce a cada primavera e sente os impactos dos
mistérios da vida: o nascimento, o crescimento, o amor, o sofrimento e a morte.
Seu coração bate com os enamorados,
reconhece a alegria que está com eles. Ela conhece também o desespero, a
solidão dos que sofrem sem alívio e os sons belos e suaves da boa música,
quando tocam, ressoam de maneira singular para ela”.
Bem, aí vem o medo. A sociedade atual,
tecnológica, dotada das maravilhas da comunicação é discrepante. As pessoas
cada vez mais solitárias, também. Há os perigos... Aí estão: a violência
desmedida, os crimes, as mortes, a banalização dos valores essenciais do ser
humano. Fica, então, difícil a abertura de coração, dificuldade que aumenta
muito em razão da não inteireza como ser humano. Doidice total!
Os psicólogos fazem eco: emoções reprimidas,
verdades camufladas, “papéis”, “papéis”, “papéis”, nos palcos da vida. É o
“palhaço”, o “sempre certo”, o “coitado”, o “valentão”, o “conformista”, o
“ranzinza”, o “cético”, o “sonhador”, o “dominador”, o “viciado”, o “enxerido”,
o frágil, o “fofoqueiro”, o “egoísta”, o ”indeciso”, o “intelectual” e tantos
outros, conforme John Powell, SJ, autor do livro “Por que tenho medo de lhe dizer quem sou?” que li recentemente. E
ele mesmo responde: “Tenho medo (...)
porque se eu lhe disser quem sou você pode não gostar, e isso é tudo o que
tenho”.
Imaturidade pura! E assim vai caminhando a
humanidade. Para onde? Não sei. Mas quem viver verá...
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