Falamos recentemente, quando nos referimos à
Ética, no que é simbólico e no que é diabólico. Isso nada tem a ver com
princípios religiosos. Tem, sim, com a conduta ética na sociedade.
O “sim-bólico” significa um movimento
em sentido positivo, caminhar para frente. E o que junta agrega, faz convergir.
O “dia-bólico”
é o contrário, isto é, o que sataniza, tem um sentido negativo, segura o
movimento, caminha para a trás, separa, desagrega, causa ruptura.
Em resumo: simbólico é agir
positivamente e diabólico é agir negativamente.
Voltando ao “ethos”, que é a “toca do coelho”
e a forma com que o coelho cuida da sua toca. Ou melhor, trazendo para a nossa
vida social, hoje em dia, a “ethos-ética”, se relaciona a tudo que tem a ver
com a conduta das pessoas em sua vida social: a maneira como cuida do ambiente
e a relação interpessoal.
Juntando as idéias. Cuido bem da minha casa e
trato bem as pessoas? Então estou agindo simbolicamente. Se não estou nem aí
com o ambiente e maltrato as pessoas, estou agindo diabolicamente.
Outras idéias para ilustrar...
Estou caminhando pela rua e atiro um papel ao
chão, estou sendo diabólico. Se alguém vem atrás de mim e recolhe esse papel,
esse alguém age simbolicamente.
Usar celular em sala de aula, nas missas, nos
cultos, em reuniões com os amigos, falar alto em ônibus, ligar o som do carro
acima de 82 decibéis, furar filas em bancos, lotéricas, paradas de ônibus, usar
palavras chulas e palavrões em locais públicos e em presenças de idosos,
mulheres e crianças, fazer a apologia do sexo, das drogas, do adultério, do
roubo, da desobediência civil... Tudo isso é diabólico.
Se alguém me trata com deseducação é diabólico.
Mas se eu o compreendo, perdôo-o, estou sendo simbólico.
A política, como a ciência do bem comum, na
sua essência é simbólica. Mas a política como carreira profissional e canal
para a corrupção, sem dúvida alguma, é diabólica.
Quem não sabe votar e escolhe maus políticos
(ou vota conscientemente neles), também é diabólico.
O diálogo é simbólico; a ofensa é diabólica...
E assim por diante. Tudo que é bom, tudo que é positivo, e tem a idéia da
construção é simbólico.
A paz é simbólica; a guerra é diabólica.
O amor é simbólico; a indiferença (a verdadeira oposição ao amor) é diabólica,
como também o ódio (a exacerbação do amor) é diabólico.
Ser simbólico é ser ÉTICO (com letras
maiúsculas). Ser diabólico é ser antiético, portanto, desprezível. Ao diabólico
resta um consolo: ninguém é totalmente inútil, pois, ao menos serve de mau
exemplo.
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