Comecemos
com a frase do escritor e político francês Andre Malraux
(03/11/1901-23/11/1976): “Cultura não se
herda, conquista-se”.
Bonita
frase, não é mesmo? Porém, permite-nos algumas considerações.
Cultura
é a soma dos conhecimentos acumulados pelas pessoas, pela sociedade, pelas
nações e pelas populações do mundo todo. Ela pode ser segmentada, por isso
podemos falar de cultura ocidental, cultura oriental, cultura nativa,
aborígene, popular e assim por diante.
A
tecnologia da informação possibilita a unificação da cultura, prejudicando as
manifestações locais e regionais. Bom seria que estas jamais pereçam para que
os povos não percam os vínculos com sua história.
A base
da cultura são o vínculo com as origens e o conhecimento. O vínculo com as
origens permite, sem o nacionalismo exacerbado e xenófobo, que a civilização
permaneça e mantenha vivos os seus valores, os seus heróis, a sua arte, sua
música, sua cultura, enfim. A moderação
e equilíbrio permitem a abertura para o novo e para o que está “rolando” no
mundo cultural. É importante, então, não perder o vínculo nem se desligar da atualidade
e modernidade.
O
conhecimento é algo pessoal, uma opção pessoal. Busca-se o conhecimento de
muitas formas: pela educação, pela leitura... Através de viagens (quando isso é
possível), dos meios de comunicação, incluindo-se a internet. Cada um usa o
meio que melhor lhe serve, sempre com os cuidados necessários e convenientes. Mas é sempre uma opção pessoal. Por isso tem
gente que não se liga a isso e prefere ficar no círculo vicioso da ignorância.
Para essas pessoas a cultura passa ao largo. E nem dela se da conta.
A educação
é fundamental. Precisa começar em casa e completar-se na escola. Com a educação
e possível formar o homem-político, consciente, maduro, sabedor dos direitos e
deveres como cidadão defensor da história (vínculo), da cultura, do bem comum, do
futuro de seu povo e de sua nação (Não estamos sonhando. A educação é para isso
mesmo).
Educação
também mostra os caminhos para o conhecimento, que vai se ampliando ao longo da
vida e nunca pára de crescer. Só mesmo com a morte, ou com uma dessas doenças
degenerativas da atividade cerebral.
A
cultura, reta final do conhecimento, faz sábio o homem que a ela se dedica. O
sábio vai muito além do simples acúmulo de informações, que muitas vezes se
confunde com conhecimento. O sábio não humilha, compartilha. O sábio
naturalmente forma seguidores, construtores e mantenedores de cultura. O sábio
sabe que cultura não é exatamente o que os olhos vêem nem o que os ouvidos ouvem,
mas o que dá significado o próprio e elevado ao modo de olhar e ouvir.
Portanto,
um pouco de cultura é como caldo de galinha: não faz mal a ninguém... Que tal ir à luta?
Imagem:
Google
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