Serenidade
rima com muitas coisas: suavidade brandura doçura, quietude, mansidão, fleuma,
calma, tranqüilidade, equilíbrio emocional, mente não perturbada, sangue frio,
domínio de si... Mas, o seu principal significado é a paz... Paz em todos os
sentidos... Paz de Espírito... Paz de um sorriso... Paz de palavras amenas...
Paz de uma música suave e consoladora da alma.
Serenidade não combina com agitação. Um espírito agitado só confunde o ambiente e precipita
as falas e decisões, que causam mais tarde tristezas, frustrações e
arrependimentos.
Serenidade
é fonte, de maturidade, de passos, ainda que lentos, firmes e seguros. Lembra o
sereno, que à noite, mansamente molha a terra e alimenta as folhas e flores,
fortalecendo a vida da natureza, que tranquilamente espera o brilhar do sol... Assim
é a vida de quem é maduramente sereno: fortalece-se espiritualmente para as
duras batalhas da vida.
A cólera,
a intempestividade, a fúria, a precipitação, o agir como estivesse com o “sangue
no olho” (falsa coragem) passam longe de quem tem serenidade. Quantas situações
constrangedoras são vividas nos relacionamentos pela falta de serenidade!
Não
poderíamos deixar de citar a importante “Oração da Serenidade”, composta pelo
teólogo Reinhold Niebuhr:
“Concedei-nos Senhor, a serenidade necessária
para aceitar as coisas que não podemos modificar, coragem para modificar
aquelas que podemos e sabedoria para distinguir um das outras”.
Esta
não é uma oração que leva à passividade, à indiferença ou à zona de conforto. É
uma oração que remete aos ensinamentos do Pe. Zezinho, quando ele insiste na “paz
inquieta”, a paz que impulsiona, a paz que rompe barreiras. Nada de comodismo...
Sim
modificar as coisas que são possíveis modificá-las, e aceitar a irreversibilidade
daquelas impossíveis, sem que essa aceitação seja imobilizadora. A vida segue
apesar dos defeitos que se tem ou das dificuldades criadas pela vida e suas
circunstâncias.
Quantas
pessoas que sofreram revezes, com acidentes, perdas de entes queridos, de emprego,
e tantas outras histórias, que munidas da serenidade e aceitação, puderam
encontrar novas janelas, pelas quais vislumbraram novas maneiras de viver e de
superar as dificuldades. Nada disso é possível sem serenidade, sem aceitação, sem
discernimento, sem “paz inquieta”...
Por fim
o depoimento de São Paulo, Apóstolo, que no final de sua vida de tantas lutas,
reviravoltas, guinadas de 180 graus, sofrimentos, angustias, abandonos, mas de
firmeza e fidelidade ao seu propósito maior, do qual se saiu muito bem, pode
dizer para todos os credos, serenamente: “...Combati
o bom combate...”
Combater
o bom combate, só com serenidade e sabedoria para separar as coisas possíveis
das impossíveis.
Imagem:
Google
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