Os
grandes estrategistas, quer militares ou não, sempre consideraram a possibilidade
de um recuo, de uma parada para reorganizar as forças, repensar as táticas,
realinhar as fileiras, enfim, pensar no futuro, com base na situação presente.
Vale muito uma perda provisória para garantir a vitória final.
Nos
esportes isso tem tudo a ver. Os técnicos mudam as táticas. No futebol, de
acordo com as circunstâncias da partida, alteram a forma de marcação da defesa,
a estrutura do meio do campo ou a conformação dos atacantes.
Um
corredor maratonista sabe que em determinados momentos precisa dosar um pouco a
marcha, pois sabe que à frente tem uma subida que lhe exigirá esforço extra ou
uma decida que lhe demandará esforços físicos específicos, bem como
precisará de energia suficiente para o sprinter final.
No
vôlei os técnicos pedem tempo para mexerem nos jogadores de rede, quando
precisam bloquear os ataques do adversário, ou no levantador, quando a intenção
é melhorar a recepção e distribu9ção das jogadas. No basquete alternam marcação
por zona ou individual, sempre com o mesmo objetivo: a vitória final.
Se tudo
isso vai dar certo ou não, vai depender da reação dos atores desses palcos,
pois, humanos que são, estão sujeitos a outros fatores, como emoção, ansiedade,
expectativa acima do normal, nervos à flor da pele e tudo o mais, que
certamente vão interferir nos seus desempenhos.
Em
tantas outras situações na vida acontecerão momentos e situações que
necessitarão de recuo, parada e replanejamento. Vida pessoal e profissional.
Na vida
pessoal, os momentos de tristeza, de frustração, de desalento, de desânimo, que
podem ser considerados como de derrotas (E muitas vezes são mesmo!), de
dificuldades, são, na verdade, grandes oportunidades para que se precisa a
reavaliação das estratégias de vida.
É a
força na tristeza. Só olhar para as portas que foram fechadas, os amores e
empregos perdidos, as oportunidades que escaparam por entre os dedos, é um grande
desperdício de energia... É chorar o leite derramado. Depois de passado o
impacto inicial, o bom mesmo é voltar-se para as janelas que estão abertas ou que
poderão se abrir.
Porém,
esta revisão de estratégias e metas, precisa ser feita de forma madura,
consciente, paciente, segura, sabendo o que se quer, onde se quer chegar e que
caminhos percorrer. Um novo curso profissionalizante... A mudança de bairro ou
de cidade... Outro emprego... Novos ambientes... Novos livros para ler... Nova
rede de relacionamento.... Nova
atividade física... Novo visual, mais modesto, mais recatado...
Tudo no
tempo certo, medido e um passo de cada vez... E, xô tristeza...
Imagem:
Google
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