Muito
se falou até há algum tempo sobre a questão de administrar o tempo: livros, cursos, palestras, whokshops... Todos
numa tentativa quase desesperada no sentido de fornecer instrumentos para as
pessoas aprenderem a organizar sua vida, de acordo com as horas do dia e da
noite, com o objetivo maior delas obterem melhor rendimento, exercer as
atividades profissionais, de estudo, sem descurar do lazer e dos necessários
períodos de dedicação á família.
Hoje,
pouco se fala nisso. Talvez sucumbindo às novas realidades trazidas pela
tecnologia da informação que, de fato, absorveu todo o tempo disponível das
pessoas, que hoje, se pudessem, viveriam 110% de seu tempo nas redes sociais,
nos jogos eletrônicos, nas selfies e tudo o mais.
Lê-se
muito pouco. Vejam-se as estatísticas de produção e vendas de livros: muito
aquém do limite mínimo numa sociedade que se diz normal. Esperar o quê desse
país sem tempo para as coisas essenciais da vida, da cultura, da
espiritualidade, enfim.
Porém,
não vamos tentar resgatar quem está morto, enterrado e decomposto. Apenas uma
reflexão ou uma inferência sobre algo que não deveria faltar na sociedade e que
as redes sociais poderiam ajudar e em muito. É a questão da vivência do amor no
seu sentido mais humano e ao mesmo tempo divino, o amor de doação, ágape.
Já há
críticas severas às pessoas que estão numa rodas de amigos, não conversam entre
si, pois estão ocupados com amigos à distância, via celular. Por que será?
Talvez por ser mais chic, mais esnobe, mais relevante. Mais “démodé”...
Termina-se o encontro e pouco ou quase nada se falou e sentimento é de vazio,
de tempo perdido.
Quem
sabe se a gene não poderia retomar um pouco essa preocupação com a
administração do tempo para uma “dedicaçãozinha” ao próximo mais próximo. Ao
encontrar um amigo, desligar o celular. Ou servir-se do celular para uma
ligação para o um amigo doente ou que está passando por uma dificuldade, uma
doença grave, um câncer, por exemplo, e só dizer que está sabendo do seu
problema e que está com ele, pelo menos em oração.
Se
administrar o tempo está difícil, até por falta d tempo, que tal uma força para
o carinho, o acolhimento, a amizade e não desperdiçar o restinho do tempo com
ódio, maledicência, fofoca, dissimulações, rasteiras, maldades mil,
indiferença...
Já
perceberam que quando alguém está concentrado no seu celular, esse alguém fica
indiferente e imune a tudo? Está solitário na multidão? Pois é, infelizmente a
indiferença é exatamente o contrário, o antídoto do amor. Quem é ou está
indiferente não está amando, não está participando da vida dos que estão por
perto, está filosoficamente morto.
Que tal
refletir o que é e o que não é “vida” nos dias atribulados e destruidores de
tempos, como os de hoje?
Imagem:
Google
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