Militância
é a atuação na defesa de uma causa, uma ideia, uma classe profissional. Há um
pretenso equilíbrio social nesse sentido, pois se há sindicatos de defesa do
trabalhador, há associações de empresários que os defendem num eventual embate
jurídico, ou mesmo no diálogo trabalhista, por exemplo.
Há a
militância política, a militância religiosa, a militância social... Da
militância originam-se milícia, militar, militante... Em suma, aquele que atua
no seio da sociedade.
Porém,
a militância, ainda que fundamentada no ideário sociopolítico humanista, carece
de um algo mais que lhe dá o sentido profundo, o amálgama, ló ponto de
equilíbrio: a mística!
Há
muitas definições de “mística”, em todos os sentidos, com ênfase no religioso.
E é isso mesmo... A mística, para cumprir o seu papel na militância, funciona
como se fosse uma religião... Como se fosse... Pois não é impositivo que seja
meramente religião. A mística, como a utopia, é o móvel da militância, sua
causa maior.
A
mística é aquilo que dá sentido, é o fator motivador, é a essência da
“revolição”, isto é, aquilo que vai além da vontade.
É uma
delícia dialogar com pessoas dotadas de mística. Junto delas o tempo não passa
(ou passa muito rápido), pois suas falas nos tiram do chão e nos fazem flutuar
em direção ao sonho, à uma realidade para além do tempo presente. O místico é
alguém que tem o corpo, o físico no presente, mas as ideias, a mentalidade, a
cabeça, no futuro.
No
horizonte da utopia está a transformação da sociedade. A mística dá o brilho, é
a luz que atrai.
O
militante sem mística fica no meio do caminho... Ou descamba para a violência,
para o vandalismo, para o sem sentido. A mística é o “Fio de Ariadne”, o fio
condutor que não deixa se perder no meio do caminho...
Como já
temos comentado ao longo de nossas postagens, todas as transformações maiores
com as quais se sonha para a sociedade e para o país, começa em cada um. Começa
em cada pessoa madura, consciente, culta...
Gente
imatura jamais entenderá a utopia, os grandes sonhos, a mística. Isso explica
os grupos de vândalos que deturpam movimentos sérios, honestos e cheios de
mística que tentam romper o marasmo que tem tomado conta da nossa sociedade.
Ser militante não significa automaticamente ter mística ou ser dotado de
mística. É preciso crescer .
E
começar pela educação, principalmente a educação da vontade.
Imagem:
Google
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