Em
tempo de marasmo, de desânimo, de falta de perspectiva, de credibilidade em
baixa... Quando não há luz no fim do túnel... Quando as notícias são negativas
e há um mal-estar pairando no ar... É preciso realçar a capacidade do ser humano
de motivar-se para além dos seus
limites.
Estamos
nos referindo à situação política no nosso país. As autoridades máximas do pais,
dos três poderes, consagrados pelo Liberalismo Histórico (Executivo,
Legislativo e Judiciário), brigam entre si, como se estivessem numa esquina
qualquer de uma cidade abandonada, por nacos de poder político, econômico ou de
influência, tudo com o intuído de lhes continuar garantindo o fluxo de dinheiro
para seus cofres. Com essas brigas de esquina, nos templos da democracia, sofre
o país todo, desde aqueles que produzem, aqueles que consomem e aqueles que
precisam de empregos para a garantia da dignidade mínima de vida.
O país
está parado, ainda que calçadões e shoppings estejam lotados. Parece o ultimo
suspiro de um sistema perverso que massacra o ser humano...
É tempo
de não baixar a guarda. É tempo de buscar no fundo da essência, a força da
dignidade humana. É tempo do fortalecimento para uma “revolição”, senão
coletiva, pelo menos pessoal.
Revolição
vem de volição, que vem da vontade, que vem da motivação. Mas, é muito mais que
um simples ato de querer... É ir além, para realmente transformar de forma
livre, consciente, racional, a realidade que cerca as pessoas, a sociedade, o
país e o mundo.
Volição
tem seus aspectos médicos, psicológicos, emocionais. Focamos, neste momento,
neste texto, o aspecto filosófico e sociológico. A transformação simbólica da
pessoa. Simbólico aqui com o significado de evoluir positivamente, para frente,
num processo de ascensão, de crescimento.
O
desenvolver o processo interno da volição, mais do que o simples querer,
fatalmente desemboca na “revolição”, que é a revolução transformadora. Não há
revolução sem transformação... Não há revolição sem a transformação.
Como
seria bom se nesse marasmo de fundo de poço, acontecesse uma revolição
política, isto é, a união da sociedade a partir da volição, para a
transformação do país! A transformação desde a base, educacional... A revolição
do conhecimento, da cultura, do saber fazer e do saber o quê está realmente
acontecendo nos bastidores da política, da economia, da justiça, dos tribunais,
dos poderes constituídos da democracia.
Seria
uma revolição silenciosa, sem violência, tranquila, célere, madura, através do
voto, ou mesmo das ruas, sem asas à baderna e aos interesses menores. Ele
sempre começa no indivíduo e poderia se projetar ao outro, ao outro, ao outro,
ao outro... De repente a sociedade inteira está em movimento.
Então,
sobrevém a pergunta fatal: quando, onde e com quem começar? É a tão necessária
utopia para sacudir (e curar) a sociedade doente...
Imagem:
Google
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