Falar
de Deus é polêmico. Há os que gostam de ficar sobre o muro, pois não querem
entrar em confusão... E se entram dela não saem e vão até o circo pegar fogo.
São as pessoas do tipo que não perdem as paradas. “...Dão um boi para não
entrar”. Se entram pagam uma boiada para não sair”.
Pois
bem, há os que são moderados e que de quando em vez levantam o assunto para o
mesmo não caia no esquecimento, especialmente nesse mundo conturbado,
materialista, hedonista, capitalista, consumista, existencialista e muito pouco
espiritualista.
Sim,
muito pouco espiritualista, gerando um vazio inexplicável na alma, uma falta de
sentido para as coisas, uma desorientação, uma insegurança (física e mental),
uma angustia, uma correria, um medo de tudo que se confunde com medo de chuva,
de tempestades, de tragédias. Sentimentos válidos, desde que na dose certa, em
equilíbrio com essa “tal” realidade.
O
Capitalismo sempre acusou o Comunismo de combater e de ser “contra” religião (o
que de fato foi verdade, ou é verdade). Basta uma olhada na História do
Comunismo nas regiões em que ele foi governado por esse sistema político
governante.
Porém,
o Capitalismo também sempre combateu a religião (ou a religiosidade). A
História da Revolução Francesa, grande ícone do Liberalismo/Capitalismo, mostra
o que seus líderes fizeram na Catedral de Notre Dame, transformando-a em templo
para o culto da deusa “razão” (capitalista).
E,
hoje, sem ser piegas demais, o Capitalismo transformou os Shopping Centers em
grandes catedrais dedicadas ao consumo. É religião moderna. E desde então tem
sido mais chic, mais na moda e moderno ir ao shopping do frequentar centros
religiosos, locais de silêncio, meditação e onde as pessoas nem podem consultar
as redes sociais nos “eletrônicos com baterias carregadas”...
Por
isso as religiões, para boa parte da humanidade estão fora de moda, a não
aquelas fundamentalistas. Mas no geral, os templos religiosos estão diminuindo
de frequência, especialmente dos mais jovens, justamente a faixa mais
vulneráveis ao consumismo. Na esteira de tal fato, as vocações religiosas
também estão em declínio.
As
consequências são muitas, entre elas o sentimento de vazio que se instala na
alma das pessoas. Falta sentido para a existência, criando um vácuo, não raras
vezes preenchido por posturas inadequadas e uso de drogas lícitas e ilícitas.
Qual o tamanho desse vazio? Difícil responder, pois só a pessoa e Deus sabem.
Aliás, filosoficamente, umas das provas da existência de Deus, independente da
crença religiosa que se tem, é essa: há um cadinho no coração de cada um que só
Deus e a pessoa conhecem, ninguém mais.
Imagina-se
esse tamanho a partir da distância que se está de Deus, do grau de grandeza de
sua incredulidade, ou do tamanho da influência que o consumismo, as
inadequações e os apelos do mundo, exercem sobre cada um dessas pessoas. E
também do seu nível de amadurecimento em contraste com sua infantilização.
A
discussão vai longe... Essa é apenas uma “palhinha”.
Imagem:
Google
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