Que
batalhas duríssimas percebemos diuturnamente entre medíocres e competentes!
É
lógico que, como água e olé medíocres e competentes não combinam, não dão
ligas, muito menos diálogos esperados como naturais entre simples seres
humanos. Eles se rejeitam... Como polos magnéticos iguais.
Em
física, é impossível dois corpos ocuparem o mesmo espaço. Nó mesmo em ficção
científica. Nas relações sociais medíocres, também não ocupam espaços entre os
competentes, bem como os competentes não coupam espaços juntos aos medíocres.
Quer dizer, para ficar bem claro: onde estão uns, outros não estão.
Há
casos que os competentes, se não tiverem uma boa dose de humildade, são chatos
e, portanto, difíceis de serem suportados. É como prega o filósofo e educador
contemporâneo, de grande competência: “O conhecimento deve servir para encantar
as pessoas, não para humilhá-las”. Frase sensacional. Pois, num mar de
mediocridade, quem tem conhecimento, habilidade e competência, “nada de
braçada”.
E não
resta dúvida que dialogar com pessoas dotadas de grande sabedoria e que são,
antes de tudo, humildes, é uma maravilha... As pessoas se enchem de novos
conhecimentos, se encantam e ficam melhores. Todos ganham!
Agora
vejamos os medíocres, não aqueles incultos por natureza, que não tiveram
oportunidades na vida, mas são igualmente dotados de sabedoria e conhecimento
empíricos. Referimo-nos aos medíocres contumazes, aqueles que fazem questão de assim
sê-lo.
Chatos,
arrogantes, esnobes, centralizadores, brutalizados, inconsequentes, matam
qualquer boa ou promissora conversação de diálogo. A conversa morre no ninho e
o grupo rapidamente se desfaz. Perdem os bons.
Sim,
perdem os bons, pois os medíocres, pela simples opção de vida, nada tem a
perder, muito menos a ganhar. Sua vida é cinzenta, sem perspectiva, a não ser
aquela próxima de seu umbigo.
Medíocres
são como os analfabetos políticos que Bertolt Brecht definiu muito bem e que já
usamos neste espaço muitas vezes. São no mínimo alienados de nada sabem, muito
menos o quanto custa o quilo de feijão (referimo-nos ao real custo, não o
estampado nas gôndolas dos supermercados).
A
competência vence... Ainda que demore... Os competentes avançam...
Os
medíocres param no tempo. E quando acordam percebem que a estrada a percorrer é
longa: estudos, leituras, reflexão, introspecção, diálogos, debates e ouvidos
atentos...
Será
que dá?
Imagem:
Google
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