quarta-feira, 2 de julho de 2014

EMPREGABILIDADE

Quem não pensa em ter um emprego compensador? Um emprego que lhe dê status, autoestima elevada, rendimentos à altura, que permita aplicar os conhecimentos técnicos adquiridos, conhecer o mundo, obter um patrimônio sólido e uma aposentadoria decente?

Pois é, seria o ideal, mas nem sempre é assim. Primeiro que há no país um índice de desemprego grande, o que, aliás, as autoridades relutam em admitir e muito menos comentar. Isso quer dizer que as dificuldades para se conseguir um emprego são enormes, aumentando em muito a concorrência. Emprego é trabalhar naquilo para o qual se formou. E quem não consegue esse emprego, aceita um “serviço”, que é fazer qualquer coisa, desde que garanta um salário, o mínimo que seja.

Situações como essas ficam longe da idéia da empregabilidade. Esta é a capacidade da pessoa em se manter empregada, fazendo o que gosta, ser feliz na empresa onde está, e pronto para mudar de empresa, desde que a outra melhore suas condições de trabalho. É uma inversão de valores.

No inicio da vida ativa a pessoa sonha em conseguir um emprego. No auge da empregabilidade, são as empresas que procuram o empregado, oferecendo uma negociação à semelhança do que acontece com um jogador de futebol, por exemplo. Há até uma especialização no ramo de busca de profissionais com as características da empregabilidade, que são os “headhunters” (caçadores de cabeça), que intermedeiam as negociações. Nessas negociações entram em jogo não só os salários, mas benefícios exclusivos, como moradia, estagio do exterior, escola para os filhos, apoio para esposas, planos de saúde, previdência complementar e outras específicas.

Mas, como atingir a empregabilidade?

Ela começa bem cedo, ainda na infância, na escola. Esta precisa ser rigorosa, tanto na disciplina, como nas disciplinas. Falar muito em estudo, em leitura, em dedicação, em vontade de estudar, em “ralar a bunda no chão”, em renúncias, principalmente em renúncias... Na verdade, ser um “nerd”...

Para quem desejar chegar lá terá de se dedicar, enxergar o futuro, ser um profissional moderno, antenado ao que está acontecendo no mundo, escolher uma ou mais atividades e delas tornar-se um especialista. Manter-se constantemente atualizado e ao falar do assunto, seus olhos devem brilhar de entusiasmo e encantar o seu interlocutor.

O profissional dotado da empregabilidade tem arraigado em sua essência os valores universais da pessoa humana, é ético, resiliente (capaz de suportar as tempestades da vida), é comprometido com sua equipe, sua família, seu círculo de amizade. É fluente em segunda e terceira línguas (inglês, espanhol, alemão, japonês, mandarim) e tem uma reserva financeira suficiente para períodos de transição de um emprego para outro, ou para um período sabático, no qual poderá se especializar ainda mais os seus conhecimentos, quer no país num centro de excelência ou no exterior, numa universidade de ponta.

Empregabilidade: metas, desafios, sonhos, renúncias, sacrifícios, estudos, dedicação, disciplina, conhecimento, valores, conquista... Fazer a diferença, num mundo competitivo e cruel, onde sobrevivem os obstinados e, ao mesmo tempo, éticos.



Imagem: Google

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