quinta-feira, 10 de julho de 2014

SUA EXCELÊNCIA, O SÁBIO!


“O medíocre discute pessoas. O comum discute fatos. O sábio discute idéias”.

Um grande desafio: discutir idéias!

Pessoas sábias são solitárias. É como atingir o topo da montanha. Lá se tem a visão do todo. É o que os filósofos chamam de visão holística (holos=todo). Mas segue uma pergunta: existe lugar mais solitário do que o pico de uma montanha? Só mesmo um deserto, embora haja vida em ambos. Estranhas vidas, ora trazidas pelo vento, ora elas despontando das entranhas da terra.

O sábio é um deserto. E tem vida, ora trazida pelos ventos da imaginação, da criatividade, sustentada pelo diálogo entre o sentimento ( mundo interior) e a razão e a visão (mundo exterior); ora oriunda do âmago da alma, movida por perguntas que geram respostas que geram novas perguntas e novas respostas e novas perguntas. É um mundo em desconstrução e reconstrução, um vulcão pronto para entrar em erupção, erupção esta que não destrói. O que pode acontecer é a desestruturação das pessoas que estão ao seu redor. Calma! A reestruturação vem em bases hodiernas.  O sábio é sempre novo, ainda que solitário, ainda que um vulcão pronto a eclodir.

O sábio é um louco... Como loucos são aqueles que estão séculos à frente de seus contemporâneos. Estes são mortais, pois nascem anônimos, crescem anônimos, vivem anônimos, envelhecem anônimos e morrem anônimos... Meros desperdícios de energias vitais.

No alto da montanha tem sempre uma árvore (bendita, pela sombra que gera) e o vento faz a alegria da relva. Nos galhos da árvore os pássaros cantam, se amam, constroem seus ninhos, gerando vida. À sua sombra e deitado na relva o sábio se deita e seus pensamentos transcendem os mundos inalcançáveis pelos medíocres e comuns. Como a águia que ao romper do dia se lança no espaço rumo às alturas insondáveis.

Sábios e idéias, quem gerou quem?

Medíocres e comuns são mortais. Sábios são eternos. Vejam-se os manuais de qualquer coisa, cadernos, agendas e sites que fornecem ilustrações para as redes sociais... Lá estão eles... Vivos, atuantes, desestruturantes... Loucos, mas procurados, respeitados, transformadores.

Lógica, contrastes, dicotomia... No processo construtivo de suas idéias são solitários. O tempo, porém, se encarrega de torná-los queridos e respeitados...

... E necessários!



Imagem: Facebook

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