terça-feira, 1 de julho de 2014

SÓ QUEM ESTEVE LÁ SABE...

Frase que circula por aí: “Ao subir na vida não pise nas pessoas, pois na descida você vai encontrar com elas”.

A vida é um ciclo, o mundo gira, há idas e vindas e até as “pedras se encontram...”

Assim é a vida. Quem nasce, cresce, é educado nos padrões da riqueza, não consegue valorizar as pessoas que tiveram um processo de ida diferente. Pobreza não é sinônimo de maldade ou de criminalidade... De muito menos sujeito ao preconceito. Ninguém é culpado pro ter nascido nas condições em que nasceu. O preconceito é abominável em todos os seus sentidos e formas.

Mas que têm suas origens na pobreza tem lá suas vantagens... E das grandes. A questão aqui não é fazer apologia, quer da pobreza ou da ignorância. A questão é “saber” da vida.

Nascer pobre, vivenciar as necessidades humanas básicas, correr atrás das, vencer os obstáculos, sobrepujá-los, crescer, adquirir conhecimento, cultura, trabalho na profissão que goste, obter uma condição financeira inerente à dignidade humana, é uma grande vitória e representa uma “senhora” vantagem em relação àquele que nasceu em condomínio fechado, por exemplo.

Pessoas simples se reconhecem mutuamente. Pessoas arrogantes, autoritárias, sofisticadas, cheias de frescuras, “de não me toque nem me rele”, apesar de terem seus grupos de convivência, são fortemente tendentes a artificialismos.

James C. Hunter, autor do livro ”O Monge e o Executivo”, afirma neste mesmo livro, que os arrogantes e autoritários são lentamente corridos em sua base de sustentação e o tempo se encarrega de fazê-las ruir.

Quantos exemplos a História registra de executivos que se arrogam insubstituíveis e absolutamente necessários à empresa, são autoritários, arrogantes e lideram pelo método do medo. São workaholics, isto é fanáticos pelo trabalho, são os primeiros a chegar e os últimos a sair (isto de domingo a domingo). Num dado momento, simplesmente são impedidos de adentrar a empresa e encaminhados ao Setor de Recursos Humanos para assinar sua demissão, pois a empresa já não se interessa mais pelos de seus “serviços”. Queda retumbante! O todo poderoso reduzido a nada!

Pessoas simples são de fácil convivência. Valorizam outras pessoas, não fazem pré-julgamentos, sabem ser amigos, levam em consideração a sua, história de vida, suas superações, suas vitórias, e oferecem a parte mais importante de seu corpo num relacionamento saudável: o ombro amigo.

Pessoas simples sabem amar no verdadeiro sentido do amor-amizade (philos, em grego), o amor desinteressado e desapaixonado. E são extremamente necessários neste mundo endoidecido pelo egoísmo, pela indiferença, pela banalidade.

Só quem esteve lá, sabe!



Imagem: Google

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