quinta-feira, 31 de julho de 2014

O VIRTUAL E O HUMANO


Ah! As maravilhas tecnológicas! Um dedilhar, um simples apertar de botão e o mundo cai de joelhos diante de nós. O universo, os “buracos negros”, os confins siderais cabem na palma da nossa mão...

HD... Hight Definition... Na Era da Informação tudo enche os olhos... Comunicação instantânea, ninguém mais se perde, motoristas controlados, câmeras inteligentes, “drones” bombardeando aldeias, e levando drogas nos presídios... Controles e monitoramentos remotos... Cirurgias intrauterinas e à distância, microcâmeras, deduragem de veículos irregulares... Maravilhas modernas...

Empresas que se orgulham de seus “SACs” – Serviços de atendimento aos clientes...

Maravilhas modernas e virtuais. Estamos vivendo também a “Era da Virtualidade”... Até que você precise conversar com alguém inserido nessa rede maldita. O humano fica tão apequenado que parece menor que uma ervilha! Duvida? Por isso!

Um caso: uma pessoa acostumada a pagar suas contas em dia, precisou efetuar pagamentos numa cidade fora de seu domicilio. Jê fez isso tantas vezes... Maravilhas modernas. Mas desta vez não deu certo. O pagamento não chegou onde deveria chegar. Aliás, dois pagamentos: um da conta de energia e outro da cona da TV por assinatura. Estava tranqüila até que passou a receber aquelas mensagens desagradáveis da inadimplência. A energia não foi cortada, mas a TV sim. E agora, como fazer para falar com alguém? Algo extremamente difícil, para não dizer impossível.  Só o “call center”. O sinal está cortado. Ela está sem TV. E aquelas promessas: “Estamos encaminhando. Favor aguardar 24, 48 ou 72 horas. E lá se vão mais de 20 dias, ou 480 horas e nada!

Maravilhas modernas... Maldição humana... E não aparece aquela pessoa realmente responsável, líder, macho, capaz de dar um murro mesa e ter “aquilo roxo” para mandar ligar o sinal e depois ver onde está o dinheiro, pois o pagamento está devidamente comprovado.

Pobre ser humano, escravo e vítima da tecnologia e vítima, também, da não só da mecanização tecnológica, mas da mecanização humana. As pessoas são condicionadas a expressar exatamente aquilo, sem fugir uma linha.

Imaginemos o que vem por aí. Os catastrofistas de plantão têm razão. Vai falar humanidade nessa nova realidade das coisas. Uns são felizes, muito felizes, pois a tecnologia lhes faz bem... Outros sentem na pele a escravidão de depender de alguém que lhe resolva os problemas surgidos.

Procons... Juizados de pequenas causas... Barracos... Redes Sociais... Televisão... Eles não nem aí com essas coisas... Estão acima do bem e do mal... Estão, sim, interessados em que a pessoa prejudicada pague novamente. Assim o lucro é um pouco maior. A menos que...

A menos que você encontre, como nosso personagem encontrou, nesse emaranhado de códigos e falas mecânicas, alguém, um ser humano, que se interesse pelo seu problema e interfira pessoalmente para a sua solução. O sinal de sua TV por assinatura voltou...

Maravilhas modernas.



Imagem: Google

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