segunda-feira, 14 de julho de 2014

O FUTURO DA SELEÇÃO BRASILEIRA


Todos aqueles que se interessam por futebol têm uma opinião formada a respeito de qualquer assunto relacionado a esta prática esportiva. Cada um tem, por exemplo, uma escalação preferida, que raramente confere com a de outros.

Vamos contribuir com uma reflexão, já que da seleção atual vai sobrar muito pouco. Aqueles que têm potencial para continuar sendo convocados, certamente entrarão em baixa e levarão consigo o estigma não só da derrota para a Alemanha, mas das más apresentações e da pseuda organização da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), responsável pela Seleção.

Há muito que aprender com seleções como a Alemanha, a campeã que mereceu o título. O aprendizado precisa ser rápido e as mudanças implantadas imediatamente. Algo impensável, dada a bagunça generalizada que reina no futebol brasileiro como um todo.

Em primeiro lugar não repetir os erros cometidos na preparação para esta Copa, com jogos medíocres, com convocações de afogadilho, sem prazo para treinamentos, convocações que visavam apenas atender aos interesses de empresários que desejaram valorizar ainda mais os seus jogadores empresariados.

Em segundo, fazer planejamentos a médio e a longo prazos, incluindo a valorização dos clubes pequenos do interior, historicamente os celeiros de grandes jogadores. É lógico que esses clubes precisam se modernizar, também estabelecer metas, enfim, profissionalizar suas administrações. Tais clubes, de uma maneira geral, estão sucateados e muitos deles não passam de um “nome” e de um “jogo de camisa”,

Por outro lado é preciso criar mecanismos contra a ação dos empresários que fazem a cabeça de jovens promessas e de suas famílias. Eles prejudicam demais os clubes pequenos. Os empresários são a verdadeira fonte de corrosão do futebol e dos jogadores, pois começam por aliciar os próprios pais. Os meninos se tornam arrogantes e não aceitam as disciplinas implantadas pelas categorias de base dos clubes.

Logo começarão as eliminatórias para a Copa da Rússia, em 1918. Se a CBF não se cuidar corremos o risco de não termos a nossa seleção classificada. Vexame maior ainda. Até o final do ano a seleção tem mais seis jogos (daqueles...). Porém, sem fugir ao que já está combinado, é necessário iniciar agora um trabalho paralelo de desconstrução e reconstrução do futebol brasileiro.

Desconstruir tudo, desmontar tudo, sair de campo todos os dirigentes e patrocinadores responsáveis pela má apresentação da Seleção Brasileira.

Reconstruir, com idéias novas, cabeças novas, estruturas novas, até com leis federais, tribunais de contas, Ministério do Esporte envolvidos. Mas, a longo prazo, sem pressa, com os pés no chão. Tudo deve começar com uma visita de trabalho para conhecer a organização do futebol em países vencedores, a Alemanha, por exemplo.

Não se deve copiar tudo pura e simplesmente. Deve-se conhecer o  trabalho e adaptá-lo à nossa realidade.

Importante: em tudo que se fizer jamais se deverá matar a criatividade nata do jogador brasileiro. Deve-se, isto sim, discipliná-lo, prepará-lo fisicamente e educá-lo no melhor sentido da palavra, isto é, fazê-lo estudar, ler muito.

O tema é vasto e pequeno o espaço. Repetindo o aviso: logo, logo começarão as eliminatórias para a Copa da Rússia. Cuidado, podemos ficar de fora se as coisas não mudarem.



Imagem: Google

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