domingo, 31 de maio de 2015

ONDE ESTÁ O SUPLEMENTO DO JORNAL?


Depoimento de um Professor de História...

O Caderno Cultural do Jornal O Estado de São Paulo, no seu formato antigo, tablóide, encartado nas edições de Sábado. Muito bom... Excelente como fonte de consulta, pois publica artigos científicos, culturais e filosóficos. Hoje não é mais o mesmo, inserido em uma ou duas páginas do chamado caderno 2.

E então, o Caderno Cultural publicou uma ótima matéria sobre as novas descobertas no campo da origem e evolução do homem, ensejando, também, novas teorias a respeito. Eu estava me deliciando com o assunto e, um dia, no ônibus que conduzia ao trabalho, quando um companheiro de viagem, ao meu lado, interessou-se pelo assunto.
- Desculpe, que assunto é esse?
- Origem e evolução o homem, disse...
- Que bacana, cara! Gosto muito disso também... Posso dar uma olhada?
- Pois não...

O rapaz, com o Caderno nas mãos, folheou, arregalou os olhos e pediu para que eu lhe emprestasse.

Com um frio na barriga  e o coração apertado, consenti. Era uma quinta-feira...
- Leio hoje... Amanhã eu lhe devolvo.
- Tudo bem... Não tinha muito que dizer...

Passaram-se a Sexta-Feira, o fim de semana, o início da outra... e o rapaz e o meu Caderno Cultural desapareceram... Nem no trabalho eu conseguia encontrá-lo.

E eis que depois algumas semanas, intensa e angustiosa busca, deparei-me com ele...
- E aí, meu caro, gostou do jornal?
- Que jornal?
- Aquele sobre a origem do homem que você pegou no ônibus... Levou para sua casa e que medisse que o traria no dia seguinte. Estou precisando dele para preparar minhas aulas...
- Ah! Sim... Lembro-me dele. Sabe o que aconteceu? Naquele fim de semana eu mudei de residência e minha esposa acabou embrulhando louças com ele. Acho que o seu jornal... Já era!

Moral da história: Certas coisas são realmente Imprestáveis...



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quinta-feira, 28 de maio de 2015

VIRAR A PÁGINA


Viver é constantemente aprender... O processo educacional só cessa no ocaso da vida.

Viver é defrontar-se cotidianamente com desafios. Vencê-los é uma forma de aprender, de educar-se, pois dessa experiência (ou experiovivência) é inesquecível, pois imprime caráter na alma, que amadurece, cresce e se consolida.

Não é possível prever o que a vida nos prepara. É possível, sim, um planejamento; estabelecer uma ou várias metas a serem atingidas em etapas.

Porém, uma série de circunstâncias condiciona a execução dos planos de vida. Fatos reais, acidentes, oportunidades, passos errados, escolhas mal feitas, determinam, adiam, ou simplesmente cancelam do horizonte da vida as metas originalmente estabelecidas.

Num determinado momento a vida bate com tamanha força que vai ensinar a resistir e nos proporcionar a descobderta de que no nosso “tanque reserva de combustível é maior que o original” (Prof. Marins), e  que é preciso prosseguir, apesar de tudo.

Noutros momentos, perceberemos que a dor da alma, reveladora de decepções, frustrações e desânimo, provém de mentiras clássicas, engodos e dissimulações do sistema sócio-político no qual estamos inseridos., e isso nos conduzirá ao aprendizado de que a única coisa que valerá a pena é preservar a verdade, a nossa verdade...

Muitos encontrarão a felicidade amorosa, com relacionamento sólidos, respeitosos, duradouros, famílias felizes, estruturadas, garantindo proles equilibradas, cidadãs e benfeitoras do bem comum. Alguns, nem tanto. Estes compreenderão a importância das promessas cumpridas e dos atos assumidos, pois sentimentos feridos são aspectos graves de uma grande tragédia: o desrespeito às identidades e realidades humanas.

A vida é assim: a felicidade está intimamente vinculada ao que se semeia. Os erros, se são fatais para a concretização dos projetos de vida, são, em contrapartida, oportunidades para o recomeço, uma página virada, para uma nova jornada,

Com certeza isso vai doer... Causar insônia... Temor e tremores... Um salto para o desconhecido. Virar a página, sim!... E retomar a luta...

Grandes guerreiros são os que vencem as lutas... E também aqueles que estrategicamente recuam, fortalecem-se e retornam sem medo ao campo de batalha.



Imagem: Google

terça-feira, 26 de maio de 2015

COM "M" DE MACHO


Este texto foi escrito por José Gonçalves dos Santos, em homenagem  a Mauro (*). Falecido em 1991, vítima de acidente de trânsito. Muito forte, brigão,  sua morte impactou seus amigos e princ9paçmente os colegas de trabalho.

“Ei Mauro, que história é essa de passar para o andar de cima, assim, sem mais nem menos. O que ouve dessa vez? Espera aí... Assustar tanta gente, por quê? Não acredito... Houve uma recaída com o grande Mauro, com “M” de mau?

Não, não,  não pode ser! Um acidente, Mauro! Você vivia perigosamente.  Seu “M” de macho lhe dava muitos álibis, não é mesmo? Acontece que acidente é acidente. Não há muito que fazer. Foi um acidente. Você queria isso, seu halterofilista de uma figa!

Pois é, chegou o descanso para o guerreiro, o inconformista, o irreverente, o alérgico à fumaça. Daquele que não levava desaforo p’ra casa, daquele que não tolerava injustiças, do masoquista, às vezes.

Agora, em paz, pode tirar essa máscara sisuda que sempre insistiu em usar. Mostre sua verdadeira face, seu verdadeiro coração, sua capacidade de ser criança, o que você, aliás, ensaiou no dia do acidente.

Lembra-se das brincadeiras e das gozações com os colegas, demonstrando, antes de tudo, uma felicidade jamais visa em seu rosto? Lembra-se dos planos para uma vida mais pacata junto da moça que lhe deu um filho?

Vamos cara, mostre a sua face humana, pois as coisas boas da vida logo vão exorcizar a sisudez de uma revolta íntima que tem embrutecido a sua alma.

Decepção, hein, halterofilista de uma figa! Estávamos ávidos para ver muito mais vezes o Mauro que sabia amar, chorar, brincar... Que sabia cativar as pessoas com respeito e admiração.

Talvez não queira lágrimas. Descanse em paz Mauro. ‘A vida continua...’ diz o velho ditado, ainda empobrecida sem você.

 Junte-se a outros atletas da eternidade e curta as olimpíadas dos escolhidos.

Quanto a nós, buscaremos consolo nos jogos da saudade”.


(*) Nome alterado pelo autor.



Ilustração: Laurindo Cid

segunda-feira, 25 de maio de 2015

MUDANÇA


Duas realidades são palpáveis e definitivas na nossa vida: a mudança e a morte. A respeito desta última, líquida e certa, nem há o que discutir, embora quase todo mundo não gosta de comentar. E a ciência faz de tudo, das tripas coração, para prolongá-la, inclusive buscando encontrar o sempre desejado (e nunca encontrado) elixir da juventude.

A outra realidade, e que é, objeto de nossas observações hoje, é a questão da mudança. Incrivelmente, no mundo atual a única coisa que não muda é a mudança. O que é realidade agora, no minuto seguinte já não mais pode ser...

E o grande desafio, tal qual é o de nos prepararmos para uma vida longeva e uma morte tranqüila, sem muitos dissabores para os que ficam, é mantermos atentos às mudanças que ocorrem a todo instante em todas as áreas das atividades humanas.

E haja mudança... Comportamento, utilidades, leis, religião, moral, ética, corrupção, partidos políticos, relacionamentos, violência... E por aí vai...

Aceitar as mudanças, e vivenciá-las, não significa enunciar os princípios básicos, fundamentais, norteadores da vida em sociedade... Muita gente pensa assim e manda às favas valores essenciais do ser humano, como o respeito à vida, à moral religiosa e os valores.

E não é difícil perceber isso: basta ver os comportamentos no trânsito, na escola, na corrupção de pequeno e grande porte...  A exploração capitalista, sexual (incluindo a pedofilia), a mão de obra escrava e infantil... A lista é longa...

Compreender, aceitar, selecionar e incorporar as mudanças na vida pessoal requer, sobretudo maturidade, controle e formação intelectual e espiritual... Porém algumas posturas são absolutamente necessárias....

Vivenciando novos tempos, é preciso fortalecer o autoconhecimento, tomando consciência dos limites e potencialidades para valorizar-se mais e sobrepor àquilo que não lhe convém.

A maturidade não vai permitir que qualquer palavra dita ao vento vá lhe atingir e lhe causar ferimentos na alma.

Não se deve chorar pelo que não vale a pena, pois a dinâmica da vida pode lhe oferecer muito mais do que aquilo que está perdendo.

O amor não deve ser implorado, pois quem entra por baixo numa relação assim permanecerá sempre, com grandes possibilidades de ser infeliz. O amor resulta de uma aproximação em sentido duplo e depois do caminhar  lado a lado,visualizando um horizonte único

Deve-se ter consciência do perigo da falsidade e descartá-la de pronto. E principalmente afastar ou afastar-se das pessoas que não querem você por perto.

Com essas posturas, possivelmente, obtém-se uma blindagem que só permitirá a ação da mudança quando ela, ainda que irreversível, virá em nosso benefício.




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domingo, 24 de maio de 2015

SOLIDÃO, A MÁ CONSELHEIRA...



A sol9dão é uma má conselheira. Faz sofrer... Causa angústia... Para o solitário o tempo não passa... Os dias são longos... As noites intermináveis... Mais solidão, mais sofrimento... Mais sofrimento mais solidão... Estresse... Depressão... Triste fim... Depressão, circulo vicioso...

Sim, a solidão pode ser um bem, quando é um tempo para se recuperar de períodos de intensas atividades, ou de conflitos, ou de doenças...

Mas a solidão dói... Principalmente quando seu principal aliado não está presente: a fé.

Quem tem fé não corre o risco de sofrer com a solidão. Fé religiosa, é fundamental. Crer no Deus Criador, na sua doutrina, na sua presença na história da humanidade e das pessoas. Crer na sua tradição e dos personagens que levaram suas crenças até as últimas conseqüências. No caso da religião católica, os santos.

Dá pra imaginar solitárias pessoas como Tereza de Calcutá, Teresa de Lisieux (Terezinha de Jesus), Vicente de Paulo, tantos outros?

Se a fé religiosa (madura) é fundamental, essencial é a fé na vida. A maior fonte de fé é o sol que todos os dias dá o seu espetáculo independentemente se há platéia ou não. E mais, a todo instante ele está brilhando algum lugar do planeta... Raras vezes ele é aplaudido ou reconhecido.

O sol brilha, natureza pulsa, a vida está presente... E o solitário recolhido! Que coisa! É preciso desenvolver a capacidade de acreditar... É lógico, natural, claro e cristalino, que essa crença tem de ser parcimoniosa, cuidadosa, com critérios, de forma madura, sem excessos.

Acreditar nos amigos sabiamente escolhidos... Acreditar na pessoa certa para o convívio conjugal... Confiar nos líderes de suas equipes... Confiar assim é fazer a parte que lhe cabe no processo da convivência.

A pessoa confiante sai à rua, tem o sorriso no rosto, é fonte de luz para as demais pessoas. Tem amor para oferecer... E logo percebe que o amor é maravilhoso, pois quanto mais dividido mais se multiplica, sendo a grande beneficiaria aquela que primeiro ama.

Como uma pessoa assim pode ser solitária?

Quem ama é confiante, antes de tudo em si mesma... Ninguém dá o que não tem... Portanto, a pessoa solitária é vazia de si mesma... Assim, o primeiro passo para vencer a solidão é encher-se de valores humanos, de religiosidade, de alegria, de fé na vida. A começar por acolher o sol nas primeiras horas do dia e fazer companhia aos pássaros que voam alegremente e das pessoas que saem “confiantes” para o trabalho, para as caminhadas, para rezarem, enfim...

É bom lembrar que assim que os primeiros raios de sol começam a iluminar os picos das montanhas as águias levantam vôo, ganham as alturas, louvam o criador e só depois se voltam para o chão em busca de comida.

As águias acreditam e não se sentem solitárias...



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sexta-feira, 22 de maio de 2015

MIA COUTO E O "REENCANTAMENTO"

“Mia Couto, escritor moçambicano, foi o convidado de evento realizado por Fronteiras do Pensamento e Companhia das letras, em agosto de 2013. Nesta parte da entrevista concedida a Eliane Brum e Raquel cozer, Mia Couto argumenta que o modelo de sociedade e o pensamento atual impedem que vejamos o encantamento e o sagrado das coisas. Formatados e condicionados pela razão hegemônica, excluímos a poesia da maneira de percebermos o mundo (...)”. Informação YouTube



Vídeo: YouTube

quinta-feira, 21 de maio de 2015

AO ENTARDECER...


Ao entardecer...
As aves brincam no arrebol, fazendo aqueles movimentos lindos que nos extasiam os observadores, até os menos atentos às maravilhas da natureza...

Ao entardecer...
Os pintainhos, um a um, buscam o aconchego sob as asas da mamãe, que pacientemente os acolhe...

Ao entardecer...
O arco-íris, emoldurando o céu ainda salpicado de nuvens,  anuncia o fim da tempestade e o inicio de uma noite de céu estrelado e de paz...

Ao entardecer...
O sino da capelinha anuncia a hora da Ave-Maria e os trabalhadores do campo já de banho tomado e roupa trocada, com o chapéu entre os braços, se recolhem em oração, agradecendo ao criador mais um dia de vida, de trabalho e cuidado para com a natureza...

Ao entardecer...
As aves em algazarra procuram abrigo nos galhos e sob as folhas... Daqui a pouco tudo é silêncio, na tranqüila espera pelo iluminado amanhecer...

Ao entardecer...
Uns voltam para casa apressados, com saudade da família e necessitados de um banho repousante e, no calor humano do lar, se prepararem para a labuta que continuará no dia seguinte...

Ao entardecer...
Outros, saem para o trabalho, descansados e na esperança de um período produtivo e realizador de seus sonhos...

Ao entardecer...
Já é sexta-feira e muitos estão prontos para o aguardado happy-hour, momento em que os amigos serão abraçados, os petiscos saboreados e as bebidas, todas, tomadas, pois há um sábado inteiro para dormir e descansar...

Ao entardecer...
Chegou a noite de sábado... Está na hora da balada, curtir o amor da sua vida, ou encontrar um, pois já é tempo de se ajeitar na vida... Ainda resta o domingo para o descanso...

Ao entardecer...
Do domingo... e aquela angústia da segunda-feira que se aproxima. Mas ainda dá tempo de ver a mamãe idosa ou um conhecido doente, ou mesmo matar a saudade de um amigo que faz tempo que não vê.

Ao entardecer...
Tudo é simbólico... Tudo é cíclico... Como o outono que derruba frutos e folhas para a renovação da vida na natureza...

Ao entardecer...
O lusco-fusco sinaliza a reflexão necessária para a desconstrução e reconstrução do mundo, das relações humanas, o alfa e o ômega, os extremos, início e fim...

Ao entardecer...
Como a vida no seu ocaso, a evocação de Juan de La Cruz: “... No entardecer na vida, seremos julgados pelo amor...”

Ao entardecer...
Mais que um momento lindo do dia, é o momento do nosso encontro com nós mesmos!



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quarta-feira, 20 de maio de 2015

A FÁBULA DOS TRÊS CAÇADORES (OU A RELATIVIDADE DO CONHECIMENTO)


Conta-se que três pessoas, um psicólogo, um engenheiro e um teólogo, foram fazer uma caçada numa floresta canadense... Ao aproximarem-se da floresta depararam com uma casa, possivelmente de um caçador ermitão. Como não havia ninguém no seu interior naquele momento, passaram a explorá-la. Havia escasso mobiliário, mas o que chamou a atenção deles foi o fogão que estava pendurado por arames, amarrado nas vigas da casa... Passaram a conjecturar a respeito do motivo que levou o solitário caçador a posicionar o fogão daquela maneira pouco usual.

- Fascinante! Exclamou o psicólogo. Certamente ele fez isso para aconchegar-se sob ele como se estivesse voltando para o seio de sua mãe. É a sua memória afetiva dos tempos da gestação...

- Bobagem! Retrucou o engenheiro. É uma questão prática. Ele fez isso para que o calor do fogo se espalhe uniformemente pelos demais cômodos da casa...

- Com todo o respeito, retorquiu o teólogo. Essa gente da floresgta ainda guarda os resquícios de suas práticas religiosas primitivas. O fogão esgá assim como se o caçador fizesse um culto ao fogo, fonte de tantas coisas boas para sua vida...

E continuaram essa discussão até que o caçador chegou. Imediatamente, quase num côro uníssono, fizeram a esperada pergunta:

- Qual o motivo do fogão estar assim pendurado nas vigas da casa? O caçador de pronto respondeu:

- É que naquele momento eu tinha mais arame que chaminé...

As aparências enganam... Temos imaginação fértil, fundamentada naquilo que estudamos, naquilo que faz parte do nosso interesse maior. Isso justifica as digressões de cada um dos personagens envolvidos na historieta narrada acima.

O psicólogo, interessado em desvendar a alma, com seus sentimentos, seus vínculos afetivos, sendo que a saudade do ventre materno é uma presença constante na vida das pessoas, ainda que incrustada no subconsciente.

O engenheiro com sua praticidade, tentando compreender os propósitos da criatividade das pessoas e seus reflexos no seu cotidiano.

O teólogo desejando desvendar os mistérios do misticismo humano... /as pessoas se relacionam com o sobrenatural a partir das incompreensões das leis físicas que fregem a natureza, divinizando os elementos que são fontes de malefício ou de benefícios em sua vida.
  
Pois é, de que adiantam os estudos mais profundos, se eles não nos fazem ver as coisas de forma mais prática, mais empírica? O quê nos impede de ver as coisas para além da simples aparência?

O conhecimento deve nos ajudar a evitar pré-julgamentos, juízos preconceituosos, idéias precipitadas...

Enfim, deve acentuar em nós a humildade para não querermos o senhorio do saber, da cultura, da verdade. Esta não existe, pois é relativa e sofre as contingências da cultura, do meio, da realidade e do próprio processo de construção da nossa maturidade mental.



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terça-feira, 19 de maio de 2015

SERENIDADE


Serenidade rima com muitas coisas: suavidade brandura doçura, quietude, mansidão, fleuma, calma, tranqüilidade, equilíbrio emocional, mente não perturbada, sangue frio, domínio de si... Mas, o seu principal significado é a paz... Paz em todos os sentidos... Paz de Espírito... Paz de um sorriso... Paz de palavras amenas... Paz de uma música suave e consoladora da alma.

Serenidade não combina com agitação. Um espírito agitado só confunde o ambiente e precipita as falas e decisões, que causam mais tarde tristezas, frustrações e arrependimentos.

Serenidade é fonte, de maturidade, de passos, ainda que lentos, firmes e seguros. Lembra o sereno, que à noite, mansamente molha a terra e alimenta as folhas e flores, fortalecendo a vida da natureza, que tranquilamente espera o brilhar do sol... Assim é a vida de quem é maduramente sereno: fortalece-se espiritualmente para as duras batalhas da vida.

A cólera, a intempestividade, a fúria, a precipitação, o agir como estivesse com o “sangue no olho” (falsa coragem) passam longe de quem tem serenidade. Quantas situações constrangedoras são vividas nos relacionamentos pela falta de serenidade!

Não poderíamos deixar de citar a importante “Oração da Serenidade”, composta pelo teólogo Reinhold Niebuhr:
“Concedei-nos Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não podemos modificar, coragem para modificar aquelas que podemos e sabedoria para distinguir um das outras”.

Esta não é uma oração que leva à passividade, à indiferença ou à zona de conforto. É uma oração que remete aos ensinamentos do Pe. Zezinho, quando ele insiste na “paz inquieta”, a paz que impulsiona, a paz que rompe barreiras. Nada de comodismo...

Sim modificar as coisas que são possíveis modificá-las, e aceitar a irreversibilidade daquelas impossíveis, sem que essa aceitação seja imobilizadora. A vida segue apesar dos defeitos que se tem ou das dificuldades criadas pela vida e suas circunstâncias.

Quantas pessoas que sofreram revezes, com acidentes, perdas de entes queridos, de emprego, e tantas outras histórias, que munidas da serenidade e aceitação, puderam encontrar novas janelas, pelas quais vislumbraram novas maneiras de viver e de superar as dificuldades. Nada disso é possível sem serenidade, sem aceitação, sem discernimento, sem “paz inquieta”...

Por fim o depoimento de São Paulo, Apóstolo, que no final de sua vida de tantas lutas, reviravoltas, guinadas de 180 graus, sofrimentos, angustias, abandonos, mas de firmeza e fidelidade ao seu propósito maior, do qual se saiu muito bem, pode dizer para todos os credos, serenamente: “...Combati o bom combate...”

Combater o bom combate, só com serenidade e sabedoria para separar as coisas possíveis das impossíveis.



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segunda-feira, 18 de maio de 2015

AH! MEU PAIS...


Ah! Meu país...
Hoje acordei com o espírito cívico aguçado... Esse espírito estava adormecido em mim desde os tempos escolares... E lá se vão  algumas décadas. Não é saudosismo não!

Ah! Meu país...
Parece estranho falar dessas coisas justamente agora que parece que civismo é algo retrógrado, ultrapassado, fora de moda... Mas acho que não é, não...

Ah! Meu país...
Como você está mal cuidado! Despedaçado! Destruído! Quanta corrupção! Quanto desperdício!

Ah! Meu país...
Vejo os professores nas ruas, tentando reivindicar coisas melhores para a educação... Que menosprezo para com essas pessoas tão importantes para a formação do cidadão, do ser humano, da consciência política...

Ah! Meu país...
Pobre país da ética relativa... Da ética dos “bons” em detrimento da ética natural e aplicável a todos indistintamente, ricos e pobres...

Ah! Meu pais...
Consciência política é algo que você não quer que o povo tenha, não é mesmo? Coisa feia, meu país... É com consciência política que o país cresce, avança e cuida de seu povo...

Ah! Meu país...
Desde algum tempo o povo estava melhorando, tinha algum dinheiro para comprar o básico e se dizia que a pobreza estava radicada... Parece que é tudo mentida, meu país! Hoje se fala que o país está quebrado, justamente devido àqueles benefícios... então foi tudo enganação?

Ah! Meu pais...
Pobre país... Pleno de políticos ricos, empresários poderosos que usurpam na surdina a sua riqueza... Isso enquanto o povo se diverte e se distrai com TV, futebol, carnaval, violência e notícias sensacionalistas...

Ah! Meu pais...
Pobre país... De tecnologia avançada, de ingernet de primeiro mundo, mas de justiça medieval que é motivo de escárnio pelos grandes criminosos, que têm a certeza da impunidade, enquanto famílias choram a perda de entes queridos, trabalhadores que lutam muito para sustentá-las.

Ah! Meu pais...
Pobres mulheres de meu país... Ainda que seus direitos existam,  Ada vez mais violentadas e mortas pelo machismo cada vez mais forte e latente. É fala de educação mesmo!

Ah! Meu país...
Suas crianças têm escola, sim... Mas simplesmente passam de ano sem nada aprender... O que será dessas crianças, meu país? De celulares nas mãos, graças ao “bolsa família” e presenças, apenas presenças em sala de aula? O que será? Simples marionetes nas mãos das elites que continuarão no poder... Por quanto tempo?

Ah! Meu país...
Que saudade do meu país que ainda não conheci... Devo recolher meu espírito cívico?



Imagem: Google

domingo, 17 de maio de 2015

MAL-ENTENDIDO


Um diálogo verdadeiro, profícuo, esclarecedor, se dá quando as partes estão com as mentes e espíritos abertos, desarmados, desprovidos de premissas, sentimentos de superioridade, arrogância e de outros ingredientes nocivos.

Premissas são todas informações advindas do processo educativo, da cultura vigente e da formação familiar, religiosa e escolar. Elas sempre condicionam os comportamentos, atuando nos subconscientes e portanto, muitas vezes, as pessoas delas não se dão conta.

As premissas são inapagáveis, indeléveis... Elas são para sempre. Porém, é possível, a partir do autoconhecimento, controlá-las, colocando-as na perspectiva correta (pois elas têm sua função na formação da pessoa) e não mais interferir nos diálogos...

Quando não se tem o domínio sobre as premissas e não se está com o espírito desarmado, não haverá diálogo  e um enorme risco de estabelecer não um mas vários mal-entendidos...

Mal-entendido é quando acontece julgamento errôneo ou compreensão indevida de um ou vários argumentos. Não raras vezes são proferidas ofensas, ou mesmo, consideradas ofensas expressões de outras pessoas, não assimiladas pelo interlocutor.

Quando um diálogo caminha nesse sentido se transforma em discussão, em desentendimento, brigas e a até violências. O subproduto do mal-entendido é a mágoa, o desprezo,  a indiferença, que aliás é terrível e mata qualquer tipo de relacionamento.

Para que o mal-entendido não aconteça, os diálogos devem ser, além de abertos, com muito respeito e educação, isto é, esperar que o outro complete sula fala, sua exposição,  não emitir um pré-julgamento, não precipitar, não ser intempestivo na resposta e não atribuir antecipadamente ao outro idéias e opiniões das quais não se tem certeza que o  outro as possua.

Outra postura importante é em relação à verdade. A verdade absoluta não existe.  Existe, sim, consenso, pontos de convergências e de interesses... Portanto, um aviso aos navegantes (especialmente aos arrogantes e autoritários): é impossível ser dono totalmente da verdade e tentar impingir essa verdade a alguém. Em algum lugar outra pessoa vai ter uma opinião ou uma versão diferente da sua.

Cuidado, ainda, com afirmações incisivas, violentas e carregadas de raiva e pessimismo. É bem melhor a suavidade, a calma e palavras positivamente pensadas.

Levando-se em conta que a verdade é sempre relativa, um diálogo maduro, respeitoso, democrático e aberto sempre pressupõe conhecimento de causa. Não só o autoconhecimento (de si mesmo) mas dos assuntos que estão em pauta.

“Mal-entendido é a maior distância que há entre suas pessoas...” (desconhecemos a autoria), foi a frase que  circulou nas redes sociais recentemente e que inspirou essa reflexão, pois oferece a dimensão (ou do estrago) que esse fato pode gerar

Para finalizar um conselho de Gandhi: ”Três quartos das misérias e mal-entendidos do mundo desaparecerão se nos colocarmos no lugar de nossos adversários e entendermos o ponto de visa deles”.

Pensemos no assunto...



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"O AMOR E O PODER" (OU "A FORÇA DO AMOR") COM IVETE SANGALO


Esta música foi composta por Gunther Mende, Mary Susan Applegate, Candy DeRouge e Jennifer Rush.

Versão brasileira de Claudio Rabello

Gravada originalmente por Rosana


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sexta-feira, 15 de maio de 2015

''CAMPANHA ELEITORAL" CORDEL DE MAVIAEL MELO, APRESENTADO NO PROGRAMA "SR BRASIL", DA TV CULTURA-SP


Vídeo: YouTube

A ALEGRIA SEMPRE CONTAGIA


Uma consideração a respeito do amor, fugindo das definições clássicas desse sentimento que é universal e absolutamente necessário para o ser humano e para a vida em sociedade.

Todos sabemos que nenhuma pessoa vive só, ninguém é uma ilha e por isso há total interdependência entre as pessoas. E sem amor essa interdependência não é possível.

Esse amor chama-se “dom que se oferece ao outro” e significa a amizade verdadeira que gera interesse, cuidado, assistência, abnegação, altruísmo, caridade, enfim... É um sentimento muito próximo do amor-ágape, aquele amor-entrega dos grandes líderes religiosos, como Jesus Cristo.

Entretanto é um amor que exige maturidade, consciência do compromisso primeiro para consigo mesmo e que depois se projeta  socialmente. Levando-se em conta que ninguém sai para uma viagem deixando a casa desarrumada, também é necessário arrumar a casa interna para depois se lançar à rua.

Essa arrumação interna tem um nome: amor próprio, amor a si mesmo. É impossível dar o que não se tem. Portanto, a partir do autoconhecimento, adquirido com a maturidade é que se conseguirá amar o outro, ser realmente “dom” de serviço ao próximo.

Quem está pleno de amor a si mesmo é feliz, não é recalcado, não tem amarras com o passado, está satisfeito com o que é, com quem é e com o que tem na vida... E por isso todos os dias, todas as manhãs, o primeiro gesto é dar “Graças ao Criador” pelos dons com que foi premiado, principalmente o de continuar vivo e feliz.

Isto posto se levanta, toma o seu banho, arruma a casa, beija os filhos, a esposa, o marido, cumpre os compromissos familiares  e profissionais e, se não puder ir à rua, à praça, à igreja, ao clube, à associação de caridade, vai para as redes sociais distribuir palavras de carinho, incentivo, conforto aos parentes, pessoas amigas e quem quer que acesse sua página... Sim, em tempos de tecnologia da informação, esta também deve ser usada para amar as pessoas...

Pessoas assim estampam no rosto e no olhar a alegria de viver, a felicidade de “ser” e a gratidão ao Criador. Não é preciso sair de casa para espalhar amor, otimismo, alegria e esperança e paz pelo mundo afora.

O teólogo católico Johan Konigns escreveu no seu livro “Evangelho segundo João” (Edições Loyola): “... Há muitas maneiras de dar a vida pelos irmãos: morrendo por eles ou vivendo por eles...”.

 Isso é amor-ágape, o amor maior. Para nós, simples mortais, bastam o sorriso e a alegria de viver, que são altamente contagiosos e muito necessários para a harmonia social, especialmente em tempos conturbados como os de agora. E o amor é assim: quando mais se divide, mais ele se multiplica.



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quinta-feira, 14 de maio de 2015

XÔ TRISTEZA!


Os grandes estrategistas, quer militares ou não, sempre consideraram a possibilidade de um recuo, de uma parada para reorganizar as forças, repensar as táticas, realinhar as fileiras, enfim, pensar no futuro, com base na situação presente. Vale muito uma perda provisória para garantir a vitória final.

Nos esportes isso tem tudo a ver. Os técnicos mudam as táticas. No futebol, de acordo com as circunstâncias da partida, alteram a forma de marcação da defesa, a estrutura do meio do campo ou a conformação dos atacantes.

Um corredor maratonista sabe que em determinados momentos precisa dosar um pouco a marcha, pois sabe que à frente tem uma subida que lhe exigirá esforço extra ou uma decida que lhe demandará esforços físicos específicos, bem como precisará de energia suficiente para o sprinter final.

No vôlei os técnicos pedem tempo para mexerem nos jogadores de rede, quando precisam bloquear os ataques do adversário, ou no levantador, quando a intenção é melhorar a recepção e distribu9ção das jogadas. No basquete alternam marcação por zona ou individual, sempre com o mesmo objetivo: a vitória final.

Se tudo isso vai dar certo ou não, vai depender da reação dos atores desses palcos, pois, humanos que são, estão sujeitos a outros fatores, como emoção, ansiedade, expectativa acima do normal, nervos à flor da pele e tudo o mais, que certamente vão interferir nos seus desempenhos.

Em tantas outras situações na vida acontecerão momentos e situações que necessitarão de recuo, parada e replanejamento. Vida pessoal e profissional.

Na vida pessoal, os momentos de tristeza, de frustração, de desalento, de desânimo, que podem ser considerados como de derrotas (E muitas vezes são mesmo!), de dificuldades, são, na verdade, grandes oportunidades para que se precisa a reavaliação das estratégias de vida.

É a força na tristeza. Só olhar para as portas que foram fechadas, os amores e empregos perdidos, as oportunidades que escaparam por entre os dedos, é um grande desperdício de energia... É chorar o leite derramado. Depois de passado o impacto inicial, o bom mesmo é voltar-se para as janelas que estão abertas ou que poderão se abrir.

Porém, esta revisão de estratégias e metas, precisa ser feita de forma madura, consciente, paciente, segura, sabendo o que se quer, onde se quer chegar e que caminhos percorrer. Um novo curso profissionalizante... A mudança de bairro ou de cidade... Outro emprego... Novos ambientes... Novos livros para ler... Nova rede de relacionamento.... Nova atividade física... Novo visual, mais modesto, mais recatado...

Tudo no tempo certo, medido e um passo de cada vez... E, xô tristeza...



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terça-feira, 12 de maio de 2015

PAPEL AMASSADO... CORAÇÃO FERIDO


Um exercício interessante: uma folha de papel, pode ser um sulfite A4, e amassá-la até formar uma bola bem consistente. Em seguida, desfazer essa bola e desamassar o papel até torná-lo como era no início.

Quem  já o fez esse exercício sabe o resultado... Para quem ainda não,  podemos adiantar o resultado: é impossível o papel ficar totalmente liso, intacto...

Pode-se alisá-lo à exaustão, ou mesmo passá-lo a ferro quente... Missão inglória...

Até aqui tudo bem... Porém, podemos fazer uma correlação com o coração e a alma humanas.   Ao como o papel: uma vez espezinhados, maltratados, magoados, jamais voltará a ser como antes... Principalmente em relação à pessoa que provou tais ferimentos.

O perdão poderá (ou deverá) existir, mas as marcas, que são indeléveis, permanecerão para sempre.

“...Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas...”, disse Antoine de Saint-Exupéry, no livro O Pequeno Príncipe. Isso quer dizer que não se deve brincar com uma verdadeira amizade. Não podemos ferir os sentimentos de quem quer que seja... Nós também mão podemos ter nossos sentimentos feridos, nossa alma magoada, nosso coração machucado. É, mesmo, uma grande responsabilidade.

Pensamos na amizade... Porém tudo isso se estende para todos os ramos da atividade humana. No ambiente familiar, nas relações e redes sociais, nos clubes de serviço, nas igrejas, no ambiente de trabalho.

Muitas vezes, quando somos intempestivos e tomamos para nós o direito e a liberdade de falarmos o que pensamos de forma abrupta, poderemos, ainda que sem a intenção precípua, tornar infeliz uma pessoa que espera de nós posturas mais serenas, conciliadoras, amigas, ainda que verdadeiras. Essa frustração pode ser um divisor de águas no nosso relacionamento com essa pessoa. Isso pode acontecer, por exemplo, quando somos professores, líderes, sacerdotes, pastores ou autoridades civis, entre tantas profissões, cuja essência é a relação interpessoal.

Pais autoritários, chefes ditatoriais, maridos machistas, esposas arrogantes, amigos intolerantes, pessoas dissimuladas...  Compõem o grupo de risco daqueles que podem ferir pessoas. Filhos irreverentes e rebeldes conscientes também fazem os seus pais chorarem, como alunos deseducados desanimam seus professores.

Como seria bom que o exercício do papel amassado fizesse parte da rotina das pessoas, como o café da manhã. O objetivo? Manutenção do alerta, do “setocômetro” para que acidentes como o de ferir o coração das outras pessoas não mais aconteçam...

A sociedade em paz, com certeza, em muito agradeceria...



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segunda-feira, 11 de maio de 2015

FILHOS COM ASAS E RAIZES


O que é mais importante para um filho? Amor? Brinquedos? Equipamentos Eletrônicos? Herança Material? Conhecimento? Viagens?
Tudo isso e muito mais?

Sim... Tudo isso é extremamente importante. Mas o mais importante é o Equilíbrio Emocional...

Equilíbrio Emocional combina com maturidade, inicialmente dos pais. Se é certo que a família, hoje em dia não é mais a mesma, nada mudou em relação à responsabilidade dos pais para o crescimento tranquilo, seguro e equilibrado dos filhos. Esse crescimento é, especialmente em direção à maturidade deles, como seres humanos completos, cidadãos e realizados pessoal e profissionalmente.

Os pais podem estar separados e terem constituídos novos relacionamentos. Entretanto não devem fugir do fato da existência dos filhos e de que eles necessitam mais do que nunca da presença dos pais em suas vidas.

A relação equilibrada entre pais separados e filhos não significa amor demais ou amor de menos, mas, sim, exatamente o equilíbrio, o diálogo verdadeiro, franco, aberto e seguro.

O amor de menos é prejudicial pelo sentimento de abandono, de ser colocado em segundo plano, em detrimento dos novos filhos que advirão. O amor demais sufoca e infantiliza, não permitindo a evolução natural de sua vi9da.

Os filhos freqüentam a casa dos pais conforme o acordado judicialmente e devem ser orientados a nada comentarem numa casa o que está acontecendo na outra. Isso evita mal entendidos que tanto mal fazem aos relacionamentos sociais e principalmente aos ex-cônjuges. E nem os pais interrogarem os filhos sobre o que está “rolando” na outra casa. Uma vez separados, páginas viradas.

O equilíbrio emocional dos filhos se fundamenta na maturidade da relação entre seus pais... Respeito, moderação no falar, seriedade, verdade, que também valem para os pais não separados. Aqui há um ingrediente ainda melhor: o amor entre os pais.

Filhos tratados assim, com autoridade, não com autoritarismo, adquirem no tempo certo asas para voarem em busca de seu futuro... Porém, são dotados de raízes, que os matem os pés no chão, os vínculos familiares e por isso jamais abandonam seus pais, onde quer que eles estejam.

E mais, vão reproduzir na vida estudantil, social e profissional, o equilíbrio que herdaram na experiovivência familiar. Só assim tudo aquilo que eles merecem ou têm direito de herdar valerá a pena.



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