sexta-feira, 15 de maio de 2015

A ALEGRIA SEMPRE CONTAGIA


Uma consideração a respeito do amor, fugindo das definições clássicas desse sentimento que é universal e absolutamente necessário para o ser humano e para a vida em sociedade.

Todos sabemos que nenhuma pessoa vive só, ninguém é uma ilha e por isso há total interdependência entre as pessoas. E sem amor essa interdependência não é possível.

Esse amor chama-se “dom que se oferece ao outro” e significa a amizade verdadeira que gera interesse, cuidado, assistência, abnegação, altruísmo, caridade, enfim... É um sentimento muito próximo do amor-ágape, aquele amor-entrega dos grandes líderes religiosos, como Jesus Cristo.

Entretanto é um amor que exige maturidade, consciência do compromisso primeiro para consigo mesmo e que depois se projeta  socialmente. Levando-se em conta que ninguém sai para uma viagem deixando a casa desarrumada, também é necessário arrumar a casa interna para depois se lançar à rua.

Essa arrumação interna tem um nome: amor próprio, amor a si mesmo. É impossível dar o que não se tem. Portanto, a partir do autoconhecimento, adquirido com a maturidade é que se conseguirá amar o outro, ser realmente “dom” de serviço ao próximo.

Quem está pleno de amor a si mesmo é feliz, não é recalcado, não tem amarras com o passado, está satisfeito com o que é, com quem é e com o que tem na vida... E por isso todos os dias, todas as manhãs, o primeiro gesto é dar “Graças ao Criador” pelos dons com que foi premiado, principalmente o de continuar vivo e feliz.

Isto posto se levanta, toma o seu banho, arruma a casa, beija os filhos, a esposa, o marido, cumpre os compromissos familiares  e profissionais e, se não puder ir à rua, à praça, à igreja, ao clube, à associação de caridade, vai para as redes sociais distribuir palavras de carinho, incentivo, conforto aos parentes, pessoas amigas e quem quer que acesse sua página... Sim, em tempos de tecnologia da informação, esta também deve ser usada para amar as pessoas...

Pessoas assim estampam no rosto e no olhar a alegria de viver, a felicidade de “ser” e a gratidão ao Criador. Não é preciso sair de casa para espalhar amor, otimismo, alegria e esperança e paz pelo mundo afora.

O teólogo católico Johan Konigns escreveu no seu livro “Evangelho segundo João” (Edições Loyola): “... Há muitas maneiras de dar a vida pelos irmãos: morrendo por eles ou vivendo por eles...”.

 Isso é amor-ágape, o amor maior. Para nós, simples mortais, bastam o sorriso e a alegria de viver, que são altamente contagiosos e muito necessários para a harmonia social, especialmente em tempos conturbados como os de agora. E o amor é assim: quando mais se divide, mais ele se multiplica.



Imagem: Google

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