quinta-feira, 14 de maio de 2015

XÔ TRISTEZA!


Os grandes estrategistas, quer militares ou não, sempre consideraram a possibilidade de um recuo, de uma parada para reorganizar as forças, repensar as táticas, realinhar as fileiras, enfim, pensar no futuro, com base na situação presente. Vale muito uma perda provisória para garantir a vitória final.

Nos esportes isso tem tudo a ver. Os técnicos mudam as táticas. No futebol, de acordo com as circunstâncias da partida, alteram a forma de marcação da defesa, a estrutura do meio do campo ou a conformação dos atacantes.

Um corredor maratonista sabe que em determinados momentos precisa dosar um pouco a marcha, pois sabe que à frente tem uma subida que lhe exigirá esforço extra ou uma decida que lhe demandará esforços físicos específicos, bem como precisará de energia suficiente para o sprinter final.

No vôlei os técnicos pedem tempo para mexerem nos jogadores de rede, quando precisam bloquear os ataques do adversário, ou no levantador, quando a intenção é melhorar a recepção e distribu9ção das jogadas. No basquete alternam marcação por zona ou individual, sempre com o mesmo objetivo: a vitória final.

Se tudo isso vai dar certo ou não, vai depender da reação dos atores desses palcos, pois, humanos que são, estão sujeitos a outros fatores, como emoção, ansiedade, expectativa acima do normal, nervos à flor da pele e tudo o mais, que certamente vão interferir nos seus desempenhos.

Em tantas outras situações na vida acontecerão momentos e situações que necessitarão de recuo, parada e replanejamento. Vida pessoal e profissional.

Na vida pessoal, os momentos de tristeza, de frustração, de desalento, de desânimo, que podem ser considerados como de derrotas (E muitas vezes são mesmo!), de dificuldades, são, na verdade, grandes oportunidades para que se precisa a reavaliação das estratégias de vida.

É a força na tristeza. Só olhar para as portas que foram fechadas, os amores e empregos perdidos, as oportunidades que escaparam por entre os dedos, é um grande desperdício de energia... É chorar o leite derramado. Depois de passado o impacto inicial, o bom mesmo é voltar-se para as janelas que estão abertas ou que poderão se abrir.

Porém, esta revisão de estratégias e metas, precisa ser feita de forma madura, consciente, paciente, segura, sabendo o que se quer, onde se quer chegar e que caminhos percorrer. Um novo curso profissionalizante... A mudança de bairro ou de cidade... Outro emprego... Novos ambientes... Novos livros para ler... Nova rede de relacionamento.... Nova atividade física... Novo visual, mais modesto, mais recatado...

Tudo no tempo certo, medido e um passo de cada vez... E, xô tristeza...



Imagem: Google

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