terça-feira, 19 de maio de 2015

SERENIDADE


Serenidade rima com muitas coisas: suavidade brandura doçura, quietude, mansidão, fleuma, calma, tranqüilidade, equilíbrio emocional, mente não perturbada, sangue frio, domínio de si... Mas, o seu principal significado é a paz... Paz em todos os sentidos... Paz de Espírito... Paz de um sorriso... Paz de palavras amenas... Paz de uma música suave e consoladora da alma.

Serenidade não combina com agitação. Um espírito agitado só confunde o ambiente e precipita as falas e decisões, que causam mais tarde tristezas, frustrações e arrependimentos.

Serenidade é fonte, de maturidade, de passos, ainda que lentos, firmes e seguros. Lembra o sereno, que à noite, mansamente molha a terra e alimenta as folhas e flores, fortalecendo a vida da natureza, que tranquilamente espera o brilhar do sol... Assim é a vida de quem é maduramente sereno: fortalece-se espiritualmente para as duras batalhas da vida.

A cólera, a intempestividade, a fúria, a precipitação, o agir como estivesse com o “sangue no olho” (falsa coragem) passam longe de quem tem serenidade. Quantas situações constrangedoras são vividas nos relacionamentos pela falta de serenidade!

Não poderíamos deixar de citar a importante “Oração da Serenidade”, composta pelo teólogo Reinhold Niebuhr:
“Concedei-nos Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não podemos modificar, coragem para modificar aquelas que podemos e sabedoria para distinguir um das outras”.

Esta não é uma oração que leva à passividade, à indiferença ou à zona de conforto. É uma oração que remete aos ensinamentos do Pe. Zezinho, quando ele insiste na “paz inquieta”, a paz que impulsiona, a paz que rompe barreiras. Nada de comodismo...

Sim modificar as coisas que são possíveis modificá-las, e aceitar a irreversibilidade daquelas impossíveis, sem que essa aceitação seja imobilizadora. A vida segue apesar dos defeitos que se tem ou das dificuldades criadas pela vida e suas circunstâncias.

Quantas pessoas que sofreram revezes, com acidentes, perdas de entes queridos, de emprego, e tantas outras histórias, que munidas da serenidade e aceitação, puderam encontrar novas janelas, pelas quais vislumbraram novas maneiras de viver e de superar as dificuldades. Nada disso é possível sem serenidade, sem aceitação, sem discernimento, sem “paz inquieta”...

Por fim o depoimento de São Paulo, Apóstolo, que no final de sua vida de tantas lutas, reviravoltas, guinadas de 180 graus, sofrimentos, angustias, abandonos, mas de firmeza e fidelidade ao seu propósito maior, do qual se saiu muito bem, pode dizer para todos os credos, serenamente: “...Combati o bom combate...”

Combater o bom combate, só com serenidade e sabedoria para separar as coisas possíveis das impossíveis.



Imagem: Google

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