Dois
termos quase semelhantes. Nas definições literais são mesmo muito próximos.
O
Dicionário Aurélio nos informa que “cotidiano
é aquilo que se faz ou ocorre todos os dias”; e “rotina, sequência de atos ou procedimentos que se observa pela força
do hábito, rotineira”.
Pois é,
as semelhanças terminam aí. Rotina e cotidiano numa análise mais profunda do
dia-a-dia têm significados bem distintos e se distanciam cada vez mais, quando
a pessoa toma consciência do que é um e outro e
decide trilhar caminhos que leva à realização pessoal e profissional, ou
se dar bem naquilo que optou em fazer ou viver.
Rotina
é a repetição de atos de forma sistemática e que acabam perdendo o sentido e se
transformando em algo negativo, quando não de tristezas.
O
cotidiano é a sucessão de passos no dia-a-dia, mas de forma prazerosa,
fonte
de alegrias e de realização pessoal.
Há quem
goste da vida rotineira e no decorrer da vida transforma essa rotina em atos do
cotidiano. São pessoas, por exemplo, que se realizam no trabalho doméstico, no
cuidado com os filhos, no trato com o esposo(a). Alias, se tornando uma base
sólida para que o cônjuge tenha sucesso no seu cotidiano.
O
trabalho como exercício profissional,
como realização de uma vocação, também é feito de rotina e cotidiano. Fonte de
felicidade.
Difícil
é a rotina de um encarcerado... Ou de quem não estudou e tem que se contentar
com o trabalho braçal. Nada contra, pois todo trabalho digno exatamente
dignifica o ser humano.
E aquela dona de casa, aquele ou aquela
aposentado(a), pode transformar sua rotina em cotidiano, através de um dia
cheio de novidades, portanto, atrativo, tenso, emocionante, fora da rotina.
Como? Os noticiosos do rádio ou da TV, os programas televisivos, o livro, a
revista, a internet, a academia de ginástica, o culto religioso, o trabalho voluntário,
as visitas a hospitais, asilos, comunidades de recuperação de dependentes
químicos.
Frequentar
clubes, formar grupos para viagens pequenas ou longas, participar de equipes de
amizade via internet. E dosar tudo isso
para que não transforme em fanatismo e venha a ter prejuízos em relação à saúde
física e/ou psicológica.
O
cotidiano é fonte de prazer, pois a pessoa tem o controle de suas atividades e
procura exercê-las de maneira a lhe fazer o bem. Eleva e enleva. É um círculo
virtuoso.
A
rotina domina a pessoa e a escraviza, puxando-a para baixo. É um círculo
vicioso.
Mensagem
final: não sejamos escravos da rotina. Vamos transformá-la em algo bom para a
nossa saúde física e mental, em felicidade.
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