Todos
os nossos atos têm um ingrediente comum e extremamente importante: a vontade.
Vontade
é um atributo humano (exclusivamente humano), com algumas definições
diferenciadas de acordo com os entendidos, portanto, não está livre da
polêmica.
Uns
dizem que é a “capacidade de querer ou de
manifestar desejos”... Outros, que está ligada “ao querer, ao ter desejos, aspirações, cobiça, pretensões”...
Outros, ainda, que, tem a ver com “as
necessidades humanas, como comer, beber, dormir, descansar, divertir-se”.
Tem gente, também, que defende que vontade é “a força interior que impulsiona o indivíduo a realizar algo, atingir
seus fins”.
A
vontade é imanente, pois está presente em tudo o que os seres humanos fazem. Como
disposição interior é o motor que lança o indivíduo para a realização das suas
atividades, boas ou ruins; nas belas virtudes que levam às grandes vitórias, ou
nos erros homéricos que conduzem às catastróficas derrotas, em algum momento o ingrediente
vontade esteve presente e foi determinante para os resultados. Vejamos as
tragédias naturais... Alguém falhou... Alguém não teve a vontade suficiente para realizar algo para evitá-las.
Ela é
hierárquica, pois a vontade do comandante determina as atitudes de seus comandados;
a vontade do chefe tem reflexo nas posturas de seus subordinados e assim por
diante.
Assim
também, no campo político, a vontade dos governantes determina o destino do seu
país de seu povo. Algo que acontece de cima para baixo. Pena que ela é manipulada,
pois nem sempre o processo inverso é verdadeiro (não deveria): a vontade do
povo nunca se coaduna com a vontade dos políticos.
Vontade
e decisão
“A vontade visa ao fim; a decisão, porém,
visa aquilo que conduz ao fim”, escreveu
Santo Tomás de Aquino.
A vontade
é um atributo, um querer, algo motivador,
o motor da vida. Mas ela nada significa, nada faz acontecer, sem a “decisão”
(atitude racional) de transformá-la em verdade. A vontade sem a decisão corre o
risco de ser apenas utopia, sonho irrealizável ou muito distante. A utopia faz
caminhar, se existe a decisão de partir.
Então é
assim: a vontade unida à decisão, realização do possível.
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