Doação, dedicação, cuidado, estruturas de uma grande
felicidade. Estamos nos referindo, é claro, à relação a dois.
Lembro-me de uma cerimônia de casamento em que, num
determinado momento o celebrante olhando para a noiva disse: “...Não se preocupe com sua felicidade. Ela
está nas mãos dele”. E, voltando-se para o noivo, repetiu: “... Não se preocupe com sua felicidade,
pois sua felicidade está nas mãos dela”. E discorreu sobre os compromissos
de cada um no sentido de garantirem a felicidade mútua. Os fundamentos desse
projeto estão na doação de vida, na entrega total, na dedicação de um para o
outro, no cuidado para que a alegria, a saúde, o bem-estar do outro seja
completo.
Nesse sentido os detalhes são muito importantes. A
observação dos movimentos, do olhar, das falas do corpo. O olhar triste traduz
uma preocupação, uma saudade, uma solidão.
O corpo somatiza sentimentos, frustrações, decepções,
manifestando-se através de reações dolorosas, sudoreses, alergias, gastrites,
cefaléia, vontade do silêncio.
É preciso aprender para cuidar. É preciso aprender a cuidar.
Cuidar também é sinônimo de gentilezas, de pequenas
surpresas, de inovações, de fugir à mesmice. A rotina é má conselheira. Ficar
na defensiva e na zona de conforto também é perigoso. A melhor saída é a
inquietude em relação ao outro. Inquietude, não paranóia. Maturidade para poder
fazer as leituras necessárias e atitudes concretas. É um jogo virtuoso de
ganha-ganha.
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