Este assunto já foi
tratado aqui. Vamos complementá-lo.
Desapegar-se das coisas
materiais é um belo caminho para uma vida mais simples, mais leve e, o que é
mais importante, feliz.
A vida ensina
constantemente. E com o tempo vamos aprendendo que acumular coisas, sonhar de
forma grandiosa, muito além da realidade é no mínimo desnecessário.
Chega um momento na
vida que não dá mais para sonhar, por exemplo, em adquirir um imóvel
financiado, sendo que os prazos de financiamento vão muito além da nossa expectativa
de vida. E ainda deixar como a dívida herança. É um desperdício de energia, de
dinheiro, de preocupações e de paz.
Outro exemplo é
comprar um carro. Este significa despesas equivalentes a uma nova família. Há
uma gama enorme de itens que são complementares ao veículo (e absolutamente
necessários): seguro, manutenção periódica, eventuais multas, pneus, IPVA,
Seguro obrigatório... E gente para dirigi-lo...
Mais um: viagem ao
exterior. Basta um orçamento preliminar. Na ponta do lápis os valores são para
assustar e fazer desistir de imediato. A viagem não pode ser planejada para
poucos dias, pois, de fato, há muito o que ver e fazer lá. É preciso dinheiro
para as passagens, para hospedagens, traslados, alimentação e as tradicionais
lembrancinhas do tipo “estive lá e lembrei-me de você”. Além disso, ficam as
despesas normais de casa para as quais deve haver as reservas financeiras.
Ainda a respeito da
viagem ao exterior: o nosso país é grande, continental, e com certeza numa vida
inteira não será possível conhecê-lo inteiramente. Então, a opção mais sensata,
caso haja realmente possibilidade, é fazer o turismo interno, que apresenta
todas as chances de ser mais barato, pois poderá ser realizado em períodos
menores.
Desapegar-se dessas
coisas não é desistir da vida. É simplesmente colocar os pés no chão. No
entardecer da vida, na terceira idade ou na “melhor idade”, novas situações vão
surgindo na vida, entre elas, a diminuição da renda, o aumento das despesas com
planos de saúde, com medicamentos, com auxiliares domésticos.
Com o tempo, os
valores da vida vão se alterando e até invertendo. Passam a ser mais
importantes coisas simples, como um cantinho tranquilo para morar, o sossego de
uma casa ou apartamento seguros, a possibilidade de viver fazendo aquilo que
gosta, como leitura, TV, internet, pratica da religiosidade, enfim, coisas mais
simples, mais cultural, mais espiritual,
menos material.
Assim será viver em
desapego... E sem sobressaltos!
Imagem: Google
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