“...A vida do ser humano não se reduz ao bem material
(...)”.
Carlos Alberto
Contieri, sj (Portal Paulinas).
É uma afirmação, não
uma possibilidade. Faz pensar no verdadeiro sentido da vida. Qual seria
realmente a grande motivação para viver? Por que se nasce? E, se nasce, porque
se morre? E depois? Então, qual a razão dos bens materiais?
Mas o que é
materialismo? Para que serve? Bem, materialismo tem seus aspectos filosóficos,
ideológicos e políticos... Isso interessa aos acadêmicos, isto é, aqueles que
atuam nos meios acadêmicos, as universidades. Interessa-nos a definição
prática.
Materialismo é a
postura de alguém se interessa unicamente pelos prazeres gerados pela posse dos
bens materiais. As pessoas materialistas entendem que no universo existe apenas
matéria, sem nada de espiritual e pautam sua vida por esse caminho. Aí é que
mora o perigo.
Os materialistas não
consideram as pessoas... E se não as consideram, também não lhes valorizam os
seus valores, os seus sentimentos, seus sonhos, suas esperanças, a sua cultura,
a sua religiosidade...
São vazios,
arrogantes, rudes, consumistas, não entendem de arte, de história, de música, a
não ser como objetos de negociação, de geração de lucros que, por sua vez
permite acesso a mais bens materiais.
Não há diálogo entre
espírito (síntese de todas as culturas, fonte de todos os sentimentos) e
matéria. O espírito valoriza a matéria. Deveria ser sempre assim... Mas não é!
O materialismo também
não conversa com humanismo. Este eleva, busca as coisas superiores, dá à vida
um sentido maior, uma qualidade superior. Aquele mantém o ser humano no chão,
incapaz de levantar a cabeça e perceber que existe vida para além do simples
TER.
Os bens materiais
móveis são efêmeros, duram pouco, logo precisam ser substituídos. Ninguém está
contente com o que tem ou consegue ter. É um ciclo vicioso, que faz muito mal a
todos.
Lógico que ninguém
vive (ou sobrevive) sem o material. É preciso alimentar-se, morar, ter
segurança, saúde, estudos, e “gozar” dos benefícios da modernidade. Mas nunca o
TER deve ser prevalente entre as prioridades.
O SER é mais
importante. Ser humano... Ser pessoa (que é indivisível)... Ser gente que ama,
que sabe apreciar uma obra de arte, que compreende cada pessoa é um universo
único, dotada de sentimentos e valores únicos, diferentes...
Portanto, o ser humano
é muito mais que os simples bens materiais.
Imagem: Google
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