Certamente você já
esteve com alguém e a conversa foi mais ou menos assim:
O outro
- Seu carro é de que ano?
Você
- Meu carro é 2010, versão 2011
O outro
- Deve ter pago por uns 30 mil... O meu é 2014, custou 150
mil e tem todos os acessórios que estão em uso dos Estados Unidos e na Europa.
E continua...
- Há! Tenho amigos que só andam de carro do ano e os deles
custam em média 200 mil. E a gente se encontra pelo menos uma vez por mês para
trocarmos idéias a respeito dos últimos lançamentos e as tendências para os
próximos anos. Aliás, o seu tem “Seguro”, não é? Sabe como são as coisas hoje
em dia... Um perigo! Eu não tenho problema... Se roubarem, compro outro. Depois
o “Seguro” me paga.
E a conversa termina,
pois você não tem “cacife” para suportá-la. (Quis dizer “saco”!)
Pessoas assim aparecem
em todos os lugares. São aquelas que se “acham”. São os que têm dinheiro... Os que são donos
da verdade... Os que têm amigos ricos, políticos e influentes. Possuem casas
nas praias e nas montanhas. Entendem e se arrogam de gostos específicos
(geralmente o contrário do seu) em relação a comida, música, teatro, cinema...
Quer dizer, de tudo.
Pessoas com essas
características... Sem chance, não dá para dialogar com elas. E muitas delas
não são nada daquilo que demonstram, são frustradas e querem chamar a atenção
de qualquer jeito.
As pessoas precisam
perceber o momento em se tornam chatas e indesejáveis. Na linguagem popular, as
pessoas precisam “se tocarem”...
Como deve ser um bom
diálogo requer algumas qualidades importantes, como tranquilidade, saber ouvir,
boa argumentação, conhecimento, humildade... O diálogo precisa cooperativo. Você
fala e depois ouve. Se não concordar, discorde, sem ofender, nem impor suas
idéias... Se você não tem essas virtudes, corre um grande risco de ser
classificado na categoria daquelas que “se acham” e precisam ser evitadas.
Palavras de Carl Jung:
“O maior problema de um terço de meus
pacientes não é clinicamente diagnosticado como neurose, mas resulta da falta
de sentido de suas vidas vazias. Isto é a neurose geral de nossa época”(*).
Pois é, a falta de
sentido na vida tem sérias conseqüências, tornado as pessoas infantilizadas e
despreparadas para viver em sociedade. A solução? Comece a prestar a atenção nas
suas relações sociais. Se você fica mais tempo só, ou só você fala e depois
fica um silêncio e as pessoas tentam disfarçar o “mal-estar”... Está na hora de
você mudar...
Para concluir, um
excerto do texto “Um bom diálogo como se faz?” (Abraham Shapiro – www.profissaoatitude.blogspot.com.br):
“...Um homem saiu para uma caminhada
na floresta e se perdeu. Andou horas e horas tentando vários caminhos, porém
nenhum o levava à saída. De repente, encontrou um outro homem: ‘Graças a Deus –
disse ele, ansioso. Você pode me mostrar o caminho de volta à cidade?’ O outro
homem respondeu: 'Infelizmente não posso. Eu também estou perdido. Mas podemos
nos ajudar. Cada um pode dizer ao outro os rumos que já tentou e não deram
certo. Isto nos ajudará a encontrar o caminho de saída’.
É exatamente assim que se constrói
uma boa conversa”.
E então, você que “se acha
o rei da cocada”... Está na hora de acordar. O caminho é longo, tem de começar
a mudar já... Talvez ainda dê tempo.
(*) Citado no blog www.profissaoatitude.blogspot.com.br
Imagem: Google
Sensacional, parabéns ao autor da mesma publicação.
ResponderExcluirGeorge